Ministério Grão De Trigo

É POSSÍVEL A PERFEIÇÃO?

Frequentemente os pensamentos na igreja atual acerca deste assunto não combinam com aquilo que Deus esta revelando por meio da sua palavra.

Este panfleto também é um capítulo no livro “Sementes 2” o livro completo pode ser baixado em formato eletrônico aqui.
É possivel um Cristão se tornar verdadeiramente santo? escrito por David W. Dyer

SEMENTES 2 ÍNDICE

Capítulo 1: ACIMA DE TODAS AS COISAS

Capítulo 2: CRIAÇÃO DE FILHOS

Capítulo 3: O DINHEIRO DE DEUS

Capítulo 4: PENSAMENTOS A RESPEITO DA LEI

Capítulo 5: UMA GAIOLA CHEIA DE PÁSSAROS

Capítulo 6: ANCIÃOS (PRESBÍTEROS) E DIÁCONOS

Capítulo 7: É POSSÍVEL A PERFEIÇÃO? (Capítulo Atual)

Capítulo 8: DIVIDINDO A ALMA E O ESPÍRITO

Capítulo 9: COMO SE REUNIR

Capítulo 10: DOIS TIPOS DE DISCIPULADO


Há alguns dias eu tive uma conversa com um homem com a qual eu estava trabalhando num projeto de construção. Ele é cristão e frequenta uma congregação carismática bem conhecida. Enquanto trabalhávamos na execução de uma determinada tarefa, eu fiz uma brincadeira e disse que se a gente errasse naquele ponto seria um pecado.

Esse meu comentário o fez iniciar uma conversa sobre o que ele acreditava a respeito do assunto “pecado”. Disse algo assim: “Bem, todos os cristãos pecam. Nós pecamos todos os dias. Sempre pecamos e não parece existir a possibilidade de não pecarmos, logo, a pessoa tem que aceitar que as coisas são assim e pedir perdão à todo momento.”

No dia seguinte, enquanto meditava sobre essa conversa que tivemos, percebi que esse irmão está preso. Ele está preso ao pecado e não tem qualquer esperança de se livrar dele. Ele crê que vai continuar pecando até que Jesus volte ou que ele morra e finalmente fique livre desse mal que vem da sua natureza humana. Tenho certeza que ele pensa que não deveria pecar ou que Deus pode até ajudá-lo a não cometer pecados “muito ruins”, mas definitivamente, ser livre do pecado parece impossível para ele. Esse pobre homem é um escravo do pecado e não tem esperanças de tornar-se livre.

Muitos, senão a maioria dos cristãos, parecem pensar da mesma maneira. Eles não acreditam que alguém possa ser perfeito. Pensam que perfeição nesta vida é impossível. Eles estão fadados a uma vida presa ao pecado. Talvez pensem que alguns que têm uma força de vontade muito grande ou que sejam “especialmente devotos” possam até pecar menos, mas uma vida contínua sem pecado, parece ser impossível.

A grande maioria dos Cristãos parece ter nenhuma esperança numa vitória completa sobre o pecado. Em vez de buscarem o que Jesus nos disse e o que as escrituras nos ensinam, baseiam suas conclusões nas vidas daqueles com quem convivem e em suas próprias falhas, na tentativa de se livrarem do pecado.

Eles formam suas próprias conclusões pelas pregações que ouvem, pelos livros que leem, suas próprias experiências e das atitudes da maioria esmagadora dos cristãos com os quais se relacionam. Parecem aceitar estarem presos ao pecado neste mundo e simplesmente esperar por algo melhor no futuro.

Sim, há cristãos que continuam tentando. Alguns creem que se fizerem o melhor que puderem para serem bons e esmerarem-se ao máximo para não pecar, Deus vai ser compreensivo com suas fraquezas quando pecarem e que terá graça para com eles e os perdoará. Já ouvi gente dizer exatamente essas palavras.

Outros têm lutado por anos e anos tentando vencer o pecado, mas sem sucesso. Eles ficam desencorajados com a ideia de tornarem-se realmente livres. Sua tendência, é após um longo período é apenas conformar suas mentes e aceitar alguns pecados em suas próprias vidas. Para tais indivíduos, o perdão de Deus, torna-se o foco da sua fé e sua esperança de uma libertação completa se esvai.

No entanto, o que a bíblia nos ensina? Pedro diz em sua primeira carta aos cristãos: “Mas assim como aquele que os está chamando é santo, vocês também sejam santos em cada aspecto de suas vidas porque está escrito: ‘Tornem-se santos, pois eu sou santo.’” (1 Pe 1:15,16).

Também lemos: “Dessa forma, ele pode estabelecer seus corações para serem irrepreensíveis em santidade quando vocês estiverem diante de nosso Deus e Pai na vinda do nosso Senhor Jesus com todos os seus santos.” (1 Ts 3:13).

Você vê que Deus espera genuinamente que nos tornemos santos. Este é um dos Seus objetivos quanto ao Seu trabalho em nossas vidas. Esta não é uma opção. Não é algo que podemos desconsiderar. Não é algo que existe apenas em Sua mente ou em Seu ponto de vista. O propósito é que nos tornemos à Sua própria imagem. Sem dúvida a Sua imagem é completa e absolutamente santa.

Não podemos nos esquivar. Tampouco podemos negar esse mandamento divino. Não podemos simplesmente esperar que Deus não note nossa condição impura ou que Ele vai apenas continuar nos perdoando. É necessário que cada filho de Deus se torne santo.

No entanto, estamos falando de um padrão muito alto. Tornar-se santo como Deus é, parece impossível! É claro, se depender de nossas habilidades, força, determinação ou auto-controle, seria realmente impossível. Porém, este não é o caso. Tornar-se santo é um trabalho que o próprio Deus fará em nós. Ele pode e nos fará santos. A nossa parte nisso é a de querermos, nos abrirmos, nos rendermos e sermos obedientes.

Ainda que esse trabalho não seja feito por nós, Ele requer sim, a nossa cooperação. Deus nunca nos forçará à Sua vontade. Ele nunca fará algo dentro de nós a não ser que nós estejamos completamente desejosos que Ele o faça. Se nós formos medrosos, resistentes ou relutantes em abrirmos mão de algum pecado ou hábito que se interpõe em Seu caminho, Ele não passará dali. Seu trabalho em nós naquela área ficará parado até que nos curvemos à Sua vontade e nos tornemos desejosos Dele.

Enquanto nos amarmos, e quisermos manter quem e o que somos, nunca seremos transformados em Sua imagem. Isso é muito importante. Nós temos a nossa parte no trabalho de Deus. Devemos apenas querer que Ele nos transforme.

Mas como essa santidade pode ser obtida? Se isso não depende da nossa determinação, “consagração” ou esforço, como podemos obtê-la? O segredo é que a santidade é o resultado da vida do próprio Deus vivendo em nós e crescendo dentro de nós. Isso é muito importante! Santidade de verdade é alcançada através da vida do próprio Deus nos enchendo e expressando Sua natureza santa através de nós.

Veja que Deus é absolutamente santo. Ele nunca peca. O pecado é repugnante para Ele. Ele sequer pode ser tentado pelo pecado (Tg 1:13). Quando nós “nascemos do alto” (Jo 3:3), a vida do próprio Deus nasce dentro de nós. O plano de Deus é que essa vida santa e sem pecado cresça em maturidade em nós e nos preencha completamente. A ideia Dele é a de que Sua vida substitua nossa própria vida pecaminosa.

Nós lemos em 1 João 3:9, “Aquilo que é nascido de Deus [isto é, o novo homem espiritual] não peca pois é a Sua semente [sobrenatural de Deus] que passou a viver dentro dele. Assim, ele [o novo homem espiritual] não pode pecar porque ele é algo que foi gerado por Deus que é perfeitamente justo.” (VDP).

Mesmo que a “casca” exterior do nosso corpo humano não seja transformada até a vinda do Senhor Jesus, nós podemos e devemos passar por uma mudança interior radical, agora mesmo. Nós lemos que devemos ser continuamente transformados “de glória em glória nesta mesma imagem.” (2 Co 3:18). Além disso, no fim deste versículo aprendemos que esse trabalho está sendo feito pelo “Senhor, o Espírito.”

No entanto, muitos ainda acreditam que a perfeição por completo não é possível. Eles parecem pensar que, mesmo livres de alguns dos nossos pecados “mais grosseiros”, uma santidade total e genuína não é possível nesta vida.

Quando pensamos desta forma, negamos o poder da morte e ressurreição de Jesus. Estamos realmente dizendo é que o trabalho de Jesus na cruz e a ressurreição de seu túmulo foi inadequada. Em outras palavras dizemos: não foi poderosa o bastante para fazer o trabalho completo. Assim, deve ter sido apenas um tipo de obra “meia-boca” que não chegou a alcançar o objetivo de Deus.

Por favor, pense sobre isso um momento. Será que o trabalho de Jesus foi incompleto? Será possível que tudo que Ele fez foi na verdade parcialmente efetivo? Será que a realidade é essa, de sermos melhorados apenas um pouco, mas nunca seremos verdadeiramente perfeitos? Será que o poder de Deus em nós é limitado ou restrito? Se chega a ser limitado, certamente não é por causa de Deus!

Será que Jesus na verdade não morreu completamente, ou talvez Ele não estava totalmente morto quando foi sepultado? Ou ainda será que na Sua ressurreição Ele tenha deixado para trás parte de si mesmo na Sua tumba? Seria possível que a nossa coparticipação na morte e ressurreição Dele foi apenas parcial e não chegou a fazer o trabalho completo? É óbvio que pensar essas coisas nada mais é do que pura tolice.

A verdade é que o trabalho de Jesus por nós foi completo. Ele disse, “Está consumado {ou completado}” (Jo 19:30). Nada ficou para trás ou foi apenas parcialmente terminado. Isso significa que uma salvação completa – uma libertação total de quem e do que nós somos – está disponível para todo cristão. Hebreus 7:25 nos ensina: “Assim, ele é capaz de salvar por completo {absoluta e inteiramente} aqueles que estão continuamente se aproximando de Deus através dele.” (VDP).

Paulo, o apóstolo, tinha completa e intensa expectativa por ser perfeito. Ele escreve: “Não que eu já o tenha alcançado de maneira completa ou que eu já tenha me tornado perfeito, mas eu persisto para que eu possa tomar posse daquilo pelo qual o Ungido, Jesus, também tomou posse de mim.” (Fp 3:13-14 VDP).

Essa também deveria ser a nossa esperança. Não somos diferentes de Paulo. Nós temos o mesmo Deus. Ele tem dado a todos a mesma Vida divina e é esta Vida que pode crescer em nós até que sejamos como Ele é.

Adicionando ainda mais à essa ideia, vamos ler juntos Efésios 1:7, “É nele que temos nossa libertação pelo resgate através de seu sangue, a libertação da escravidão dos nossos pecados, de acordo com a liberalidade de sua graça…” (VDP). Também em Colossenses 1:14 está escrito, “E é através de seu Filho que temos a libertação por resgate – a libertação dos nossos pecados – pelo derramamento de seu sangue.” (VDP).

Essa palavra traduzida aqui como “libertação por resgate” na língua grega é APOLUTRÔSIS , que significa “pagar um resgate por completo.” Quando alguém é mantido preso em cativeiro (que no nosso caso significa ser mantidos cativos ao pecado) e o resgate completo é pago, essa pessoa é então liberta. Ela não mais será mantida em cativeiro.

Assim, já que Jesus pagou o preço completo por nossos pecados, significa que nós podemos ser libertos. Também podemos ser completamente livres da escravidão de praticarmos continuamente o pecado.

Por favor, note que o preço do resgate não foi pago de modo parcial. Mas foi pago por completo. Sendo assim, nós podemos e, de fato, devemos ser continuamente libertos da nossa escravidão do pecado.

Então, se é verdade que nós podemos ser perfeitos, porque poucos, ou sequer algum cristão realmente é santo. Onde estão os verdadeiros “santos?” Porque há tão poucos cristãos se libertando da escravidão do pecado? Uma triste razão é que poucos acreditam nisso e, por isso, não estão buscando chegar à estatura Cristo. Sua descrença os impede de um dia chegarem a esse objetivo. Eles não tem a menor expectativa de serem libertos de seus pecados e assim não podem ser livres, jamais.

Outra razão de não vermos muitos cristãos perfeitos, é que a verdade está oculta para eles. Não entendem como essa perfeição pode acontecer. Eles não veem que a chave para a perfeição é a Vida santa de Deus se desenvolvendo dentro deles através de Cristo.

Então eles continuam tentando com suas próprias forças a chegar a perfeição e inevitavelmente falham. A falta de luz os impede de perseguirem a maturidade. Além disso (como veremos posteriormente neste capítulo) às vezes o custo parece ser muito alto para eles.

Ainda outra porque não encontramos muitos cristãos perfeitos é a de que Deus não permite que um “fruto” apodreça na videira. Por exemplo, quando você vai até a sua horta no Verão e lá você vê o primeiro tomate todo vistoso e vermelho, você não o deixa lá. Você o colhe e o leva para casa. Os poucos cristãos que têm a fé e o desejo de perseguirem a perfeição não são deixados aqui na terra.

DE ONDE VEM O PECADO?

O pecado é um produto espontâneo da vida adâmica que herdamos de nossos ancestrais. As escrituras no Novo Testamento chamam isso de “vida da alma” ou PSUCHÊ no grego. Essa vida possui uma natureza pecadora que significa que ela produz pecado natural e espontâneo.

Sejamos muito claros a respeito disso: O pecado é o produto da natureza caída. É uma parte integral do desenvolvimento de todo ser humano. Nós pecamos, não porque escorregamos de vez em quando, mas porque é parte da nossa natureza de quem somos por nascença.

Assim sendo, de forma alguma isso mudará. Não há fórmula para alterar a natureza dessa vida PSUCHÊ. Da mesma maneira que um leopardo não pode mudar as pintas de sua pele, nós não podemos mudar a natureza da nossa vida decaída.

Por favor, atente para esse fato. A natureza de qualquer vida está implícita nela. Não pode ser mudada. Não há, absolutamente, a menor possibilidade de alteração da nossa natureza adâmica, da nossa vida da alma.

Mesmo que alguns cristãos pensem que podem tornar-se melhores através de estudos bíblicos, seguirem certas práticas ou ensinamentos religiosos, por obedecerem a um líder ou ainda que sejam muito duros consigo mesmos, nada disso funciona.

Por favor, preste muita atenção ao seguinte fato: a única forma de se libertar do pecado é morrer. Somente os mortos não pecam! Isso mesmo, a única esperança para nossa vida da alma ser liberta do pecado é a morte. Mesmo que através de Jesus possamos ser perdoados pelos nossos pecados, o único jeito de de sermos libertos da nossa inclinação humana para o pecado, é a morte. Isto pode parecer muito duro, mas é a verdade. Simplesmente não existe outra solução.

Mas, glórias a Deus, Ele providenciou uma forma para que passemos pela morte e ainda assim não sejamos completamente eliminados. Veja, quando Jesus morreu na cruz, nós morremos com Ele. De alguma forma divina, que nós não compreendemos por completo, fomos incluídos nesta morte (Gl 2:20).

Isso significa que existe uma morte real disponível para os cristãos. Nós podemos experimentar de maneira genuína a morte da nossa velha vida, junto com sua natureza pecaminosa. Através do Espírito Santo, nossa coparticipação na morte de Jesus, pode se fazer real em nossas vidas. A morte Dele pode ser verdadeiramente aplicada a nossa vida da alma para que ela pare de viver e produzir o pecado que tão frequentemente nos assedia e entristece.

No entanto, essa morte requer a nossa cooperação voluntária. Nós devemos querer que essa morte ocorra. Deus não vai nos forçar a passar por isso. Ele nunca vai nos pressionar para que isso ocorra. Ele sempre respeita completamente o nosso livre arbítrio. Até que, ou melhor dizendo, a não ser que nós estejamos completamente desejosos em experimentar a perda da nossa vida da alma, nada acontecerá.

Enquanto ainda nos amarmos, enquanto ainda pensarmos que somos basicamente pessoas boas, ou enquanto ainda gostarmos das coisas que estão em nós, jamais seremos livres. Sequer seremos libertos de quem e do que somos. Essa morte tem um custo. Ela vai custar a nossa própria vida natural, nossa vida adâmica. Isso é um “preço” que devemos calcular e estar prontos a pagar.

Nossa experiência de morte genuína na nossa vida da alma requer nossa obediência voluntária. Nós devemos nos submeter ao julgamento de Deus. Devemos reconhecer o nosso pecado e concordar com o julgamento Dele sobre esses pecados. Isso se chama “arrependimento.” Significa concordar que a nossa própria vida da alma deve morrer por causa dos nossos pecados.

Tal arrependimento profundo, que resulta da nossa vontade de morrer, é o resultado de uma luz sobrenatural. Quando Deus lança Sua luz sobre nós, passamos a ver da mesma forma como Ele nos vê. Entendemos nossa condição diante da luz da Sua natureza santa. Nós passamos a compreender quão feia a nossa natureza humana é, comparada com a retidão Dele. Quando, pela Sua misericórdia, Deus revela os nossos pecados, temos então o privilégio de nos livrarmos deles. Nós podemos concordar com Seu julgamento sobre a nossa velha vida. Isso então abre o caminho para que Ele aplique a morte de Cristo em nós. Essa é a forma, a única forma, pela qual podemos ser libertos do pecado.

Além de podermos participar da experiência da morte de Jesus, nós também podemos participar da Sua ressurreição. Isso mesmo. Nós podemos experimentar nossa co-ressurreição com Ele. Isso é algo que todo filho de Deus pode, e de fato deveria saber por si mesmo. Isso é algo maravilhoso. Participar da ressurreição de Cristo em nossas vidas é viver na vitória sobre o pecado. Significa conhecer o poder da operação de Deus em nós, no mais alto nível.

No entanto, há um pequeno obstáculo. Nenhuma pessoa viva pode ressuscitar. Isso só é possível para os mortos. Assim, para que se conheça essa grande libertação, para que experimentemos a maravilhosa liberdade, é necessário primeiro passarmos pela morte.

Paulo nos ensina em Romanos 6:5, “Pois à medida que nos unimos a ele na forma de sua morte, na mesma medida nós também seremos como ele na sua ressurreição.” (VDP). Também em Filipenses 3:10,11 vemos Paulo dizer, “Quero conhecê-lo e ao poder de sua ressurreição – que vem pela participação em seus sofrimentos e na ação de tornar integrado na sua morte – para que dessa forma eu possa estar experimentando a ressurreição dos mortos.” (VDP).

Aqui vemos que a nossa libertação do pecado e a nossa crescente santificação, são o resultado da morte e ressurreição de Jesus operando em nossas vidas. Nossa coparticipação na morte com Ele põe um fim na nossa vida adâmica e pecaminosa, e a nossa coparticipação na ressurreição com Ele nos enche cada vez mais com a Sua própria vida santa.

Essa deve ser a experiência de todo cristão. Se não é a sua experiência, você precisa buscar a Deus pela Sua graça e misericórdia para que a bênção Dele possa ser sua. Ninguém é tão fraco que não consiga. Nenhuma situação é difícil demais para Deus. Quando nos tornamos desejosos, clamando por Ele e para que seu trabalho de libertação seja feito em nossas vidas, Ele nos levará ao caminho da Sua cruz e libertação.

Isso será fácil? Não. Isso envolverá dor e sofrimento? Muito provavelmente. Mas não existe outra forma de tornar-se santo. Não há outro caminho para ser livre de quem e do que somos. Não há outra forma de sermos aperfeiçoados pela transformação em Sua gloriosa imagem. A santidade de Deus, que pode ser nossa pela caminhada neste caminho que temos descrito aqui, como a coisa mais valiosa, preciosa e bela. É a expressão da própria vida e natureza de Deus.

Por favor, não fuja dessa proposta. Ela vale tudo pelo qual você deve passar para obtê-la. Não se contente com nada menos que a busca dessa perfeição! Faça da santidade de Deus o seu alvo! Você terá toda a eternidade para gozar de seus benefícios. Lembre-se que toda coisa valiosa tem um custo.

Parece-me importante adicionar aqui que o nosso corpo humano também é cheio de pecado. Ele também possui apetites e desejos decaídos. O corpo tem desejos por comida, conforto, prazer, sexo e outras coisas. Essas coisas podem não ser pecado em si mesmas por serem necessidades naturais, mas ainda assim o corpo frequentemente deseja isso em excesso, ou em momentos ou situações que não são santos.

Por essa razão Paulo nos ensina que nosso novo homem espiritual deve subjugar nosso corpo físico. Nós não devemos deixar que nossos apetites físicos nos dominem. Ele diz: “Mas eu trato meu corpo severamente e o trago a submissão…” (1 Co 9:27 VDP).

Nós devemos estar constantemente vigilantes para que os nossos corpos decaídos não influenciem o nosso comportamento e nos levem ao pecado. Pelo contrário, nossa vida deve ser guiada pela Vida de Deus em nossos espíritos – nosso novo homem espiritual.

A solução de Deus para essa parte do nosso ser – nosso corpo – virá somente no momento da nossa ressurreição. É nesse momento que o nosso corpo será glorificado. Os efeitos da queda serão completamente eliminados e a vitória de Jesus sobre o pecado será gloriosamente revelada.

Nesse meio tempo, entretanto, nós nunca devemos imaginar que não pecaremos mais. Mesmo se a nossa vida da alma estiver sendo crucificada e o nosso novo homem espiritual estiver nos guiando diariamente, será sempre possível ao corpo decaído nos levar ao erro. Devemos ser constantemente vigilantes.

Incluímos aqui alguns versículos que nos falam sobre o quanto Deus deseja e o quanto Ele espera que sejamos santos. Esses versos foram retirados da Nova Versão Internacional.

“A todos os que em Roma são amados de Deus e chamados para serem santos: A vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.” (Rm 1:7).

“... à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus e chamados para serem santos, juntamente com todos os que, em toda parte, invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso.” (1 Co 1:2).

“... para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, e apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável.” (Ef 5:25,26).

“Que ele fortaleça os seus corações para serem irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus com todos os seus santos.” (1 Ts 3:13).

“Porque Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade.” (1 Ts 4:7).

“Se alguém se purificar dessas coisas, será vaso para honra, santificado, útil para o Senhor e preparado para toda boa obra.” (2 Tm 2:21).

“Ora, tanto o que santifica quanto os que são santificados provêm de um só. Por isso Jesus não se envergonha de chamá-los irmãos.” (Hb 2:11).

“Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor.” (Hb 12:14).

“Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, ...” (1 Pe 1:15).

“Visto que tudo será assim desfeito, que tipo de pessoas é necessário que vocês sejam? Vivam de maneira santa e piedosa, …” (2 Pe 3:11).

David W. Dyer

Final do Capítulo 7

A sigla “VDP” que se encontra frequentemente neste livro se refere ao tradução do Novo Testamento “Vida Do Pai” que esta para ser editado no futuro por este ministério.

SEMENTES 2 ÍNDICE

Capítulo 1: ACIMA DE TODAS AS COISAS

Capítulo 2: CRIAÇÃO DE FILHOS

Capítulo 3: O DINHEIRO DE DEUS

Capítulo 4: PENSAMENTOS A RESPEITO DA LEI

Capítulo 5: UMA GAIOLA CHEIA DE PÁSSAROS

Capítulo 6: ANCIÃOS (PRESBÍTEROS) E DIÁCONOS

Capítulo 7: É POSSÍVEL A PERFEIÇÃO? (Capítulo Atual)

Capítulo 8: DIVIDINDO A ALMA E O ESPÍRITO

Capítulo 9: COMO SE REUNIR

Capítulo 10: DOIS TIPOS DE DISCIPULADO


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