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BABILÔNIA

A IGREJA CATÓLICA ROMANA

Capítulo 6

Babilonia, livro por David W. Dyer

Publicacao Grao de Trigo

Escrito por David W. Dyer

ÍNDICE

Capítulo 1: A PROSTITUTA

Capítulo 2: O SANGUE DOS MÁRTIRES

Capítulo 3: A BABILÔNIA DE HOJE

Capítulo 4: A DESTRUIÇÃO DE BABILÔNIA

Capítulo 5: SAÍ DA BABILÔNIA!

Capítulo 6: A IGREJA CATÓLICA ROMANA (Capítulo Atual)




Capítulo 6: A IGREJA CATÓLICA ROMANA


É com muita relutância que entro na discussão seguinte, mas é que me sinto forçado a fazê-lo devido às opiniões equivocadas que prevalecem. Há muitos, muitos cristãos que têm sido ensinados e que estão convencidos que a Babilônia de Apocalipse é a Igreja Católica Romana. E, a partir dessa conclusão, eles então começam a fabricar uma escatologia bastante fantasiosa.

Alguns têm o Papa como sendo o Anticristo. Outros pensam que a Igreja Romana domina o mundo secretamente. E ainda outros veem o movimento ecumênico, com a Igreja Católica à frente, levantando-se para dominar o mundo. Essas e inúmeras outras conclusões como essas são fruto de uma má compreensão de alguns simples versículos bíblicos.

Um dos mais proeminentes desses versículos é encontrado em Apocalipse 17:9, onde lemos que a prostituta está assentada sobre “sete montes”. Muitos professores da Bíblia têm olhado para esse versículo e pensado, “Ah, sete montes! Isso deve ser uma referência secreta a Roma”, uma vez que a antiga literatura secular se refere a ela como uma cidade sobre sete montes.

Eles, então, passam a concluir, a partir disso, que a Igreja Católica Romana é a “Babilônia” de hoje.

Tenho até ouvido dizer que João usou essa frase como uma espécie de código, para se referir a Roma. Alguns dizem que, uma vez que ele era prisioneiro dos romanos, ele não ousaria escrever o verdadeiro nome, mas teve que usar um tipo de cifra. À medida que prosseguir em sua caminhada cristã, você também, sem dúvida alguma, irá ouvir todo tipo de explanações, tais como essa. Mas a verdade é que João escreveu exatamente aquilo que o anjo mostrou a ele.

Vamos lembrar de que, nos dias de João, não mais havia sete montes proféticos! Como já vimos, cinco deles já tinham caídos! Isso nos deixa com apenas dois. Portanto, isso não pode e não é uma referência secreta a Roma. Consequentemente, a Igreja Católica Romana não está em vista.

Também, não podemos nos inspirar na literatura secular tal como a história de Rômulo e Remo, mas somente na palavra de Deus. Em nenhum lugar na Bíblia é Roma referida como a “cidade sobre sete montes”, ou qualquer coisa desse tipo.

Infelizmente, a versão bíblica King James, em inglês (e a New King James também), é responsável por grande parte dessa confusão. Já que muita doutrina atual tem origem na teologia que vem da Inglaterra e dos Estados Unidos, esse erro de tradução adquiriu uma aceitação bem ampla na igreja mundial hoje. Essa versão introduz uma palavra extra no texto que não está em nenhum manuscrito grego sequer, incluindo o Textus Receptus, de onde foi tirado o KJV. E é essa palavra extra que tem produzido tanto erro ao longo dos anos.

Esta palavra “ofensora” é a palavra “existe”. No texto de Apocalipse 17:9,10, na versão NKJV, lemos: “As sete cabeças são sete montes... existem também sete reis”.

Colocando a palavra “existem” nesse verso desassocia-se as montanhas dos reis, gramaticalmente. Agora, em vez de serem iguais, eles são adicionais. Assim, então, quando você lê: “Cinco já caíram”, isso pode se referir apenas aos reis, deixando as sete montanhas intactas.

Mas, de fato, nos textos originais gregos, a palavra “existem” não aparece. Todos os textos dizem: “As sete cabeças são sete montes... e são sete reis”. As cabeças, montes e reis são iguais. Sendo assim, quando lermos que “cinco já caíram”, isso não apenas se refere aos reis, mas também se refere aos montes e às cabeças. Consequentemente, não existem hoje, nem nos dias de João existiam, sete montes. Então, isso não é uma referência secreta a Roma e, portanto, não nos aponta para a igreja católica romana.

Tal sugestão, que faz referência a Roma, foi dada pela primeira vez séculos atrás, quando a igreja romana era influente e poderosa. Naquele tempo ela parecia excessivamente rica e dominava muito o cenário político da Europa. Contudo, os tempos mudaram.

De fato, Roma não cabe bem nos versículos que já examinamos. Por exemplo, Roma não é conhecida como uma cidade portuária. Ela está localizada às margens do Rio Tiber, que fica a certa distância do mar. O porto mais próximo de Roma, que poderia atender suas necessidades marítimas, não pode ser considerado como um dos principais do mundo.

Além do mais, não poderia ser dito hoje, ou até imaginado, que a igreja católica está deixando rico todos os donos de navios. Simplesmente não é verdade que todos os mercadores do mundo estão fazendo fortunas, vendendo as suas mercadorias ao Vaticano. Também já temos estudado sobre a dificuldade de uma única cidade ser a fonte de tanto comércio e de tanta riqueza.

E ainda, a influência do Vaticano sobre os governantes do mundo está diminuindo mais e mais a cada ano. Por exemplo, no Brasil, que é considerado o maior país católico do mundo, o percentual de católicos está decrescendo dramaticamente.

Embora a igreja católica ainda tenha influência em muitas partes do mundo, não poderíamos dizer que ela está “reinando” sobre as nações. Embora a igreja católica tenha perseguido e martirizado muitos crentes no passado, isso não é algo que está prevalecendo em nossos dias.

Tentar encaixar a igreja católica de hoje na profecia do apocalipse, é como tentar forçar algo que realmente não cabe.

Outra dificuldade lógica que encontramos em “Babilônia ser a igreja católica” é que Babilônia é destruída “em uma hora” (Ap 18:17,19). Embora isso possa não se referir a uma “hora” literal, porém indica um período de tempo muito curto.

Assim, como poderia alguém destruir a igreja católica em uma hora? Colocariam bombas sincronizadas em cada catedral, para que explodissem ao mesmo tempo? Isso é simplesmente ridículo.

Explodiriam eles apenas o Vaticano? Eliminar o Vaticano não acabaria com o catolicismo. Provavelmente isso ainda teria um efeito contrário. Muitas das religiões perseguidas acabaram apenas aumentando, em vez de desaparecerem.

Não há uma maneira lógica de alguém destruir a igreja católica com fogo em “uma hora”. Quando pensamos sobre isso calma e racionalmente, a igreja católica realmente não se encaixa em muitos dos detalhes claros que vemos nas escrituras.

AS DUAS “BABILÔNIAS”

Outra fonte desse ensino, onde se tem Roma como Babilônia, é o livro escrito por Alexandre Hislop, intitulado As Duas Babilônias, que foi primeiramente publicado em 1916. Nesse livro, Hislop pretende traçar muitos paralelos entre os rituais, vestimentas, práticas e símbolos da igreja católica com aqueles da Babilônia antiga.

Ler essa obra é uma tarefa árida. Embora o autor consiga demonstrar que a igreja Romana possui alguns símbolos e vestimentas semelhantes aos de Babilônia, isso não prova que ela é a Babilônia do Apocalipse.

O fato óbvio é que a igreja romana, e até mesmo muitas igrejas “evangélicas” de hoje, estão cheias de símbolos e práticas mundanos. Porém, muito mais do que isso é necessário (por exemplo, algumas escrituras concretas) para se concluir que a igreja católica é a Babilônia.

O ESPÍRITO DESTE MUNDO

Pode ser que muitas igrejas de hoje pareçam ser parte da Babilônia. Isso significa que elas têm o sabor e a característica deste mundo. Por exemplo, muitas usam meios e métodos cada vez mais mundanos para atrair e segurar os membros.

Frequentemente, igrejas atuais empregam um estilo mundano de estrutura de governo. Às vezes os “pastores” são escolhidos por causa de sua posição social ou econômica na comunidade. É comum que o conteúdo de suas reuniões e atividades seja muito mais mundano do que espiritual.

Muitas igrejas hoje dão ênfase à riqueza, ao luxo e à prosperidade. Algumas vezes, seus membros parecem estar mais interessados em perseguir as atividades do mundo do que as do Reino de Deus. Por isso, essas igrejas parecem Babilônia.

O que devemos entender disso: exatamente como no Velho Testamento, assim também é hoje, muitos filhos de Deus têm sido levados cativos para Babilônia. Eles têm sido seduzidos pelo espírito deste século. Eles estão rolando na cama com a prostituta do diabo. Eles estão presos ao luxo e aos caminhos dela. Eles estão cativos “em Babilônia”.

Porém, isso não significa que essas igrejas são a Babilônia, mas sim que elas estão em Babilônia, espiritualmente falando. Isso só revela que elas têm sido influenciadas e contaminadas pela prostituta. A antiga Babilônia também tinha algumas pessoas de Deus vivendo dentro dela. Lá, elas foram seduzidas por seus ídolos e práticas. Mas elas não eram Babilônia.

Claro que o adultério da igreja atual com o mundo é repugnante a qualquer crente que ama Deus. Porém, não podemos deixar esse sentimento forte governar nossa interpretação das escrituras.

BABILÔNIA RELIGIOSA?

Frequentemente tem sido ensinado que o capítulo 17 de Apocalipse fala da “Babilônia religiosa”, que muitas pessoas pensam que é a igreja católica, juntamente com outras instituições de igrejas. Então, essas pessoas ensinam que o capítulo 18 é uma descrição da “Babilônia econômica”, a qual é aquela que tenho descrito no início do livro.

Contudo, quando analisamos o capítulo 17, nós não conseguimos encontrar nenhuma evidência que claramente apoie tais afirmações. Nada religioso é encontrado aqui. Nenhum item religioso é mencionado! Não há ídolos, sacerdotes, ofertas, templos, vestimentas sacras, rituais, sacrifícios, nada que indique algo de religioso é achado. De fato, a “Babilônia religiosa” está notavelmente ausente do capítulo 17.

O texto original grego não estava dividido em dois capítulos. Não há uma razão que obrigue separar o texto e essa visão em duas partes. Verdadeiramente, existe apenas uma Babilônia, e não duas, descrita nesses dois capítulos.

Interessante é que tudo isso contrasta diretamente com as profecias do Velho Testamento, a respeito de Babilônia. Naqueles versículos nós realmente encontramos artigos religiosos tais como sacerdotes, ídolos, etc. Assim, você vê que a última Babilônia, que está revelada em Apocalipse, é realmente notável por sua falta de religião.

Em vez de ser uma entidade religiosa, parece ser bastante secular. O que realmente deve nos impressionar é a ausência de qualquer menção clara de algo religioso. Este autor é forçado a concluir que nenhuma “Babilônia religiosa” é encontrada no livro de Apocalipse.

BABILÔNIA NUNCA FOI A CIDADE DE DEUS

Muitos crentes imaginam que Babilônia é a igreja mundana de hoje. Eles baseiam suas opiniões no fato de que ela é chamada de “prostituta”. Por isso, acham que ela deve ter pertencido a Deus algum dia, mas que então se prostituiu, da mesma forma que a mulher do profeta Oséias (Os 1:2). Contudo, quando olhamos para as escrituras, de forma serena e racional, nenhuma indicação nesse sentido é encontrada.

A “mulher” de Deus é revelada em Apocalipse 12. Ela é santa, brilhante e gloriosa. Ela é perseguida pelo dragão e não se acha assentada sobre a besta. Ela é protegida por Deus, em vez de ser julgada por Ele. O “filho” dela é arrebatado aos céus, para governar as nações (v. 5). E seus outros filhos são os que “guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo” (v. 17).

Ela pode não ser perfeita, uma vez que precisa ser “alimentada” (v. 6), talvez indicando uma necessidade de mais nutrição espiritual. Mas ela certamente não é descrita como uma prostituta, ou chamada de “Babilônia”.

A mulher encontrada em Apocalipse 17 e 18 é uma história completamente diferente. Ali não encontramos nenhuma indicação escriturística de que ela algum dia já pertenceu a Deus. Na verdade, no instante quando ela aparece, está já montada sobre uma besta de cor escarlate. Ela é a mulher de Satanás desde o princípio. Ele é a sua fonte. A dependência dela está, e sempre foi, nele.

Além do mais, ela não é chamada de “adúltera”, que no grego é MOICHOS (Tg 4:4), indicando que alguma vez ela já teve um compromisso de matrimônio, mas é chamada de prostituta, PORNE (Ap 17:1) Para que uma mulher seja prostituta, não há qualquer necessidade de que ela tenha algum dia sido casada. Nenhum versículo demonstra que ela alguma vez sequer ficou noiva do Senhor.

E ainda, a Babilônia do Velho Testamento também nunca foi cidade de Deus. Ela não era o lugar nem o povo a quem o Senhor escolheu para Si mesmo. Deus nunca usa o nome Babilônia para descrever Seu povo ou Sua terra. Assim, quando Deus escolhe a palavra “Babilônia” em Apocalipse, para descrever a prostituta, Ele claramente não está tentando indicar Seu próprio povo ou Sua igreja.

Embora alguns dentre o povo de Deus estejam vivendo em Babilônia e/ou cometendo adultério com ela, ela não é e nunca foi Dele.

Quando olhamos para isso de forma mais racional do que emocional, vemos que essa “Babilônia” de Apocalipse não parece ser uma referência ao povo de Deus. Portanto, a suposição de que ela seja a igreja, ou uma parte dela que se tornou pecadora, não possui qualquer base bíblica.

É triste, mas é verdade que as igrejas de nossos dias estão se tornando incrivelmente mundanas. Os templos estão cada vez mais opulentos. A ênfase sobre o pecado e sobre o arrependimento está sendo substituída por outra maneira que seja mais fácil e confortável, onde Deus seja o nosso servo, e a nossa obrigação seja a de meramente frequentar regularmente as reuniões e dar ofertas generosas.

Contudo, tudo isso não qualifica essas instituições para que sejam Babilônia, mas apenas uma parte dela. Elas têm se tornado babilônicas em seu caráter e natureza. Elas têm sido levadas cativas para Babilônia, sendo seduzidas pela prostituta.

UM ESPÍRITO ERRADO

Um outro problema sério com o ensino que diz que a “igreja católica e as denominações” são Babilônia, é que esse ensino parece gerar um espírito errado. Em quase todos os grupos que tenho encontrado, que defendem essa opinião, há um forte sentimento de “superioridade”. Eles empinam o nariz, em relação aos que pertencem a um “sistema religioso”. Eles se sentem superior a todos os outros cristãos, que estão “corrompidos”.

Muito de sua unidade e grande parte de sua “espiritualidade” vêm do pensamento de que eles “saíram” de Babilônia e que são uma espécie de elite espiritual. Essa atitude não reflete o coração de Deus.

Pior ainda, muitos que ficam criticando “os sistemas religiosos” e chamando-os de “babilônia”, estão envolvidos com o mundo. Seguindo o padrão mundano, estão apontando o dedo aos outros, enquanto eles mesmos estão traindo Deus, adulterando com a mulher de satanás.

Se nós estamos em contato com o coração do Pai, e vemos qualquer querido irmão envolvido em uma religião impotente e mundana, isso deveria gerar em nós uma reação diferente. Nós choraríamos e oraríamos por ele. Tentaríamos, com muito amor, ministrar a ele a verdade.

Desde que escrevi a primeira versão em inglês deste livro, tenho recebido respostas vindas de crentes que insistem que Babilônia é a igreja de hoje. Muitos dos argumentos que ouço são fortemente “emocionais”.

Frequentemente os argumentos são tingidos por uma antipatia, ou até mesmo ódio para com algumas igrejas. Talvez esses irmãos tenham sido feridos por alguns grupos religiosos e, por isso, têm dificuldade de se desprender de suas experiências e olhar claramente para a palavra de Deus.

Virtualmente todas as provas oferecidas por esses crentes, a fim de demonstrar que Babilônia é a igreja católica (juntamente com as denominações), são muito vagas ou devem ser entendidas “simbolicamente”.

O perigo que vejo aqui é que, enquanto muitos estão olhando para essas “revelações” sem qualquer base bíblica, os fatos patentes desses dois capítulos de Apocalipse estão sendo ignorados.

Talvez o sentimento que alguns têm contra o “sistema religioso” esteja cegando-os para quaisquer outras possibilidades. Enquanto eles estão tentando provar uma Babilônia religiosa, parecem ignorar versículos claros, os quais precisam de pouca ou nenhuma interpretação.

Esses versículos são aqueles que apontam para uma “Babilônia comercial”. Eles apontam para um lugar físico, que podemos provavelmente identificar hoje. É uma “cidade/nação” rica, orgulhosa e cheia de si, que está importando quase tudo o que os mercadores da terra têm para oferecer. É um lugar físico, o qual devemos urgentemente ser capazes de identificar. E é esse lugar comercial, opulento e secular que logo será destruído por fogo. Por isso, precisamos identificar essa entidade.

Talvez você ainda não tenha sido convencido pelos meus argumentos contra a Babilônia religiosa e ainda acredite que ela seja “o sistema religioso”.

Tudo bem. Não preciso convencer você. Mas, por favor, considere cuidadosamente duas coisas. Primeira: Está bem claro que será uma “Babilônia comercial” que vai ser destruída pelo fogo. Sua presença lá não vai impedir esse evento.

Segunda: Deus vai te cobrar a respeito da condição de seu coração. Se você está namorando com este mundo e adulterando contra Ele, mesmo que você não more em “Babilônia”, você receberá o julgamento que merece.

Por isso, colocando as ideias religiosas de lado por um momento, cada cristão precisa muito examinar seus motivos e coração e, então, preparar-se, arrepender-se e, se for necessário, fugir de um lugar físico, antes que os julgamentos sobre ele cheguem.

NOTA: MONTANHAS, CABEÇAS E REIS

Vamos reexaminar agora uma parte da passagem de Apocalipse que é um pouco difícil. Por favor, acompanhe-me cuidadosamente através de alguns passos de lógica. Essa visão não é tão difícil de entender como parece à primeira vista. Tudo o que é exigido é um pouco de sabedoria, a qual Deus alegremente dará a todos os que lhe pedirem.

Somos informados que a prostituta está montada sobre a besta. Essa besta tem sete cabeças e dez chifres. Em outro livro, Anticristo, já examinamos esse assunto da besta e dos dez chifres. Por ora, iremos nos concentrar apenas nas sete cabeças da besta. O anjo nos ajuda, explicando: “As sete cabeças são sete montes sobre os quais a mulher está assentada, e também são sete reis” (Ap 17:9,10 ).

Aqui temos uma fórmula bem simples. Cada cabeça representa um monte e um rei. Poderíamos pensar sobre isso da seguinte maneira:

1cabeça = 1 monte = 1 rei 1cabeça = 1 monte = 1 rei 1cabeça = 1 monte = 1 rei 1cabeça = 1 monte = 1 rei 1cabeça = 1 monte = 1 rei 1cabeça = 1 monte = 1 rei 1cabeça = 1 monte = 1 rei

Então lemos: “Cinco já caíram” (Ap 17:10). Assim, aprendemos que de sete entidades, cinco delas já caíram. Isso significa que elas já surgiram e já se foram da história. Isso, então, deixaria-nos um diagrama parecido com esse abaixo, estando riscados os que já caíram, deixa-nos apenas dois grupos:

1cabeça = 1 monte = 1 rei 1cabeça = 1 monte = 1 rei 1cabeça = 1 monte = 1 rei 1cabeça = 1 monte = 1 rei 1cabeça = 1 monte = 1 rei 1cabeça = 1 monte = 1 rei 1cabeça = 1 monte = 1 rei

Sobre as duas entidades que restaram, lemos: “uma é, e a outra ainda não chegou; e quando vier, deve permanecer por pouco tempo” (Ap 17:10). Não há dúvida de que, após quase 2000 anos de história, a entidade que “é”, ou melhor, que existia no tempo em que o Apocalipse foi escrito, também já tenha “caída” ou desaparecida. Assim, podemos também riscá-la. Isso, então, deixaria-nos com apenas aquela a qual é dito “ainda não chegou”.

1cabeça = 1 monte = 1 rei 1cabeça = 1 monte = 1 rei

O que tudo isso significa? Em profecia bíblica, geralmente, uma “cabeça” sobre algum tipo de besta significa um líder, ou um rei. Já temos visto isso em nossa fórmula,

1 cabeça = 1 monte = 1 rei.

Os montes provavelmente representam reinos. Encontramos apoio para esta interpretação no livro de Daniel. Enquanto o profeta está tendo a visão, ele viu “uma pedra que fora cortada sem a ajuda de mãos” que esmagou os pés da grande estátua e “se tornou uma grande montanha, e encheu toda a terra” (Dn 2:35).

Isso, então, significaria que, quando o Senhor Jesus voltar, Ele irá esmagar o Anticristo e que o Seu Reino se tornará grande (uma grande montanha) e encherá toda a terra. Portanto, podemos concluir que montes representam reinos.

SETE “BABILÔNIAS”

Assim, o que já discutimos é que o espírito de Babilônia, com tudo o que ele representa, irá se manifestar, em toda a sua expressão, sete vezes através da história mundial, em sete reinos (sete montes) e sob a autoridade de sete reis. Cinco deles já vieram e já se foram, no tempo em que João teve essa visão. Um deles existia no seu tempo, e um último estava vindo.

Isso significaria que nós poderíamos olhar para trás, na história mundial, e encontrar cinco instâncias de um império que se tornou bem sucedido, rico e, então, totalmente decadente.

Embora este escritor não seja capaz de identificar precisamente cada um dos cinco reis que já caíram, mesmo porque identificá-los não é importante para o nosso entendimento, certamente houve cinco reis e eles já caíram.

A manifestação da Babilônia que “é”, ou que existia nos dias do apóstolo João, é mais fácil de identificar. O Império Romano, o qual era então proeminente, encaixa-se exatamente em nossa descrição.

Esse reino poderia, então, representar a sexta [1 cabeça = 1 monte = 1 rei ] entidade, que no tempo presente já tem sido reduzida a simples sombra de seu poder inicial, fama e pecado.

Mas, ainda tem uma manifestação faltando. Uma ainda está por vir. Parece que, nestes últimos dias, este espírito de “excessos” (incluindo religião) seria manifesto em toda sua plenitude em um lugar físico e num tempo determinado.

O que procuramos hoje é a última manifestação de Babilônia. Podemos esperar ver em nossa geração uma “cidade” que está se tornando tudo aquilo que o Império Romano foi, e até mais.

É certo que, no final desta era, irá aparecer uma última grande “Babilônia” que, em termos de luxúria, excesso e pecado, irá se levantar até ser julgada e destruída por Deus.

Final do Capítulo 6

Ler outros capitulos online:

Capítulo 1: A PROSTITUTA

Capítulo 2: O SANGUE DOS MÁRTIRES

Capítulo 3: A BABILÔNIA DE HOJE

Capítulo 4: A DESTRUIÇÃO DE BABILÔNIA

Capítulo 5: SAÍ DA BABILÔNIA!

Capítulo 6: A IGREJA CATÓLICA ROMANA (Capítulo Atual)