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O Novo Testamento: Vida do Pai

A Carta de Paulo aos Romanos

Novo Testamento Vida do Pai, Bíblia Grátis, Traduzida por David W. Dyer

Publicação Grão de Trigo

Traduzido por David W. Dyer

ÍNDICE

Os Atos dos Primeiros Discípulos

A Primeira Carta de Paulo aos Coríntios


A Carta de Paulo aos Romanos


CAPÍTULO 1

1:1Paulo, um servo de Jesus, o Ungido, escolhido para ser um enviado, tendo sido separado para as boas notícias de Deus, 1:2que as prometeu previamente, através de seus profetas, nas Sagradas Escrituras. 1:3Estas boas notícias são sobre o Filho, Jesus o Ungido, nosso Senhor, que nasceu da descendência de Davi, de acordo com a linhagem terrena. 1:4Ele é aquele que foi confirmado ser o Filho de Deus pela ressurreição dentre os mortos, por meio do poder fornecido pelo Espírito de santidade.

1:5Foi por meio dele que recebemos graça e uma missão de trazer para a obediência a Deus, através da fé, pessoas de todas as nações por causa do seu nome. 1:6Vocês também foram escolhidos dentre elas para pertencerem a Jesus o Ungido. 1:7A todos os que estão em Roma – amados por Deus, chamados para serem santos: Graça e paz de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus o Ungido.

1:8Primeiramente, agradeço ao meu Deus através de Jesus o Ungido por todos vocês, porque as notícias da sua fé são proclamadas no mundo inteiro. 1:9Pois Deus, a quem sirvo no meu espírito, nas boas notícias de seu Filho, é minha testemunha de como menciono continuamente vocês em todos os tempos nas minhas orações, 1:10pedindo-lhe que, de alguma maneira, agora, após tão longo tempo, eu possa conseguir ir até vocês, pela vontade de Deus.

1:11Porque anseio vê-los, de modo que eu possa dar-lhes algum benefício espiritual, com a finalidade de que vocês possam ser fortalecidos, isto é, 1:12que eu possa ser confortado juntamente com vocês, cada um de nós pela fé uns dos outros, tanto a sua quanto a minha.

1:13E eu não quero que fiquem sem saber, irmãos, que eu, muitas vezes me determinei a ir até vocês (mas fui impedido até agora) para que eu pudesse obter algum fruto também entre vocês, assim como entre os demais gentios.

1:14Estou comprometido com a minha obrigação tanto com os gregos como com os estrangeiros, tanto com os sábios como com os ignorantes. 1:15Consequentemente, de minha parte, há uma ânsia em proclamar as boas notícias também a vocês que estão em Roma.

1:16Porque não me envergonho das boas notícias; pois elas são o poder de Deus que resulta em completa salvação para todo aquele que está crendo, para o judeu primeiro e também para o grego {gentio}. 1:17Porque por meio delas a retidão de Deus é revelada em nós, à medida que nossa fé cresce, como está escrito: “Aquele que exibe um caráter justo é o que conduz sua vida pela fé” (Hc 2:4).

1:18Porque a ira de Deus é revelada do céu contra qualquer forma de impiedade e atos imorais dos homens que têm a verdade, mas praticam imoralidade. 1:19Porque o que faz Deus ser conhecido é evidente a eles, pois Deus lhes mostrou. 1:20Pois os seus atributos invisíveis, mesmo o seu eterno poder e a sua divindade, foram claramente revelados desde a criação do mundo, sendo entendidos por meio da obra excelente que ele fez, de modo que eles não têm desculpa.

1:21Embora tenham percebido Deus, não o glorificaram como Deus, nem foram gratos, porém seus pensamentos se tornaram ignorantes e seus corações insensíveis foram obscurecidos. 1:22Proclamando a si mesmos como sábios, tornaram-se tolos 1:23e trocaram a glória do Deus imortal por imagens que se assemelham a homens mortais, a aves, a animais de quatro patas e a répteis. 1:24Por isso, Deus os entregou àquilo que seus corações cobiçavam, resultando em um comportamento impuro, ou seja, tratando seus corpos vergonhosamente através daquilo que fazem uns aos outros.

1:25Isto acontece com aqueles que trocaram a verdade de Deus por uma mentira e têm adorado e servido às coisas que foram criadas, em vez Daquele que os criou, que é bendito para sempre. Amém.

1:26Por esta razão Deus os entregou a paixões vergonhosas. Não só suas mulheres trocaram a prática natural da relação sexual [ou seja, com homens] por aquilo que se opõe à natureza, 1:27e os homens também, deixando a prática natural de relações sexuais com mulheres, inflamaram-se em seus desejos carnais uns pelos outros – homens com homens, realizando atos indecentes e recebendo dentro de si mesmos os merecidos resultados de seu erro.

1:28Então, uma vez que a humanidade se recusou a reconhecer e se apegar a Deus conscientemente, ele lhes permitiu terem uma mente degenerada, fazendo coisas que não são corretas, 1:29sendo cheios de todos os tipos de injustiça: imoralidade sexual, ódio, desejo de riqueza, malícia; cheios de inveja, homicídio, contendas, trapaças e depravação moral.

Eles são fofoqueiros, 1:30caluniadores, detestadores de Deus, violentos, orgulhosos, fanfarrões, inventores de atos maus, desobedientes aos pais, 1:31sem entendimento, rompedores de alianças, sem afeto normal, implacáveis, sem misericórdia; 1:32os quais, sabendo da sentença de Deus, de que aqueles que praticam tais coisas são dignos de morte, não só as fazem, mas também aprovam aqueles que as praticam.

CAPÍTULO 2

2:1Portanto, você não tem desculpa, ó homem, quando julga todos os outros. Pois em qualquer coisa que você julgar o outro, você se condena, porque você, que julga os outros, pratica as mesmas coisas. 2:2Mas sabemos que o julgamento de Deus, que está de acordo com a verdade, é contra aqueles que praticam tais coisas.

2:3Então você acha, ó homem – que julga aqueles que praticam tais coisas, porém faz as mesmas coisas –, que você vai escapar do julgamento de Deus? 2:4Ou você não valoriza adequadamente a riqueza da sua bondade – que é revelada através da sua tolerância e paciência para conosco –, não entendendo que o propósito da bondade de Deus é guiá-lo ao arrependimento?

2:5Mas seguindo o seu coração obstinado e sem arrependimento, você armazena ira para si mesmo, para o dia em que Deus vai revelar sua ira e seu justo julgamento, 2:6e recompensará a todos segundo as suas obras.

2:7Àqueles que, por meio de sua constância, fazem o que é bom, à procura de glória e honra e do que é incorruptível, ele vai retribuir com a plenitude da vida eterna dele. 2:8Porém, àqueles que, por um lado encontram desculpas e se recusam a obedecer a verdade, sendo persuadidos pelo pecado, ele, por outro lado, retribuirá com ira feroz 2:9causando aflição e angústia, para cada alma humana que pratica o mal – para o judeu primeiro e também para o grego.

2:10Mas glória, honra e paz serão para todo aquele que pratica o que é excelente – para o judeu primeiro e também para o grego. 2:11Pois Deus não discrimina as pessoas. 2:12Porque todos os que pecaram desconhecendo a lei também serão destruídos sem a lei, e todos os que pecaram sob a lei serão julgados pela lei.

2:13Sem dúvida, não são aqueles que apenas ouvem a lei que Deus considera justos, mas aqueles que cumprem a lei são os que serão considerados justos. 2:14Pois quando os gentios que não têm a lei praticam as coisas da lei por sua disposição natural, eles mostram que têm uma lei dentro deles, mesmo não tendo eles a lei escrita.

2:15Desta maneira, eles demonstram que o que a lei pretende produzir está escrito em seus corações e concorda com o testemunho das suas consciências que pesam os seus pensamentos, aprovando-os ou condenando-os. 2:16Segundo a mensagem das boas notícias que proclamo, tudo isso será claramente visto no dia em que Deus julgará os pensamentos secretos dos homens, por meio de Jesus, o Ungido.

2:17Olhe, você que é chamado de judeu, você se apoia na lei, orgulha-se em Deus, 2:18conhece a vontade dele e aprova as coisas que são excelentes, sendo instruído pela lei. 2:19Você está confiante de que você mesmo é um guia dos cegos, uma luz para aqueles que estão nas trevas, 2:20um corregedor de tolos, um professor de bebês. Você tem uma aparência de entendimento da verdade que você obtém a partir da lei.

2:21Você, portanto, que ensina a outro, não ensina também a si mesmo? Você, que prega que um homem não deve roubar, rouba? 2:22Você, que diz que um homem não deve cometer adultério, comete adultério? Você, que abomina ídolos, furta coisas oferecidas nos santuários deles?

2:23Você, que se orgulha na lei, desonra a Deus através de sua violação da lei? 2:24Isto está de acordo com o que foi escrito: “...o nome de Deus é difamado entre os não judeus por causa de vocês” (Is 52.5). 2:25Por um lado, a circuncisão tem valor se você praticar a lei, mas, por outro lado, se você for um violador da lei, sua circuncisão se torna incircuncisão. 2:26Se, então, o incircunciso observa as ordenanças da lei, sua incircuncisão não será considerada circuncisão?

2:27E aquele que é incircunciso fisicamente e cumpre a lei não formaria uma opinião negativa de você, que, com o documento escrito e circuncisão física, é um violador da lei?

2:28Porque não é judeu aquele que o é superficialmente, nem é circuncisão verdadeira algo meramente externo no corpo. 2:29Mas um verdadeiro judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão genuína é algo que acontece não pela letra da lei, mas no coração, pela operação do Espírito; cuja aprovação não provém de homens, mas de Deus.

CAPÍTULO 3

3:1O que é, então, especial no judeu? Ou qual é a utilidade de ser da “circuncisão”? 3:2Muita, sob todos os aspectos. Em primeiro lugar, os oráculos de Deus foram confiados a eles. 3:3O que importa se alguns eram incrédulos? A incredulidade deles torna a fidelidade de Deus ineficaz?

3:4De maneira nenhuma! Mas Deus será revelado como sempre falando a verdade, e cada homem será exposto como um mentiroso. Isso vai acontecer de acordo com o que está escrito: “Você (Deus) será reconhecido como justo por suas palavras e será irrepreensível quando for julgar o mundo” (Sl 51:4).

3:5Mas se nossa pecaminosidade serve para destacar a retidão de Deus, o que podemos dizer? Deus é injusto quando traz castigo? (Digo isso do ponto de vista humano.) 3:6De modo nenhum! Pois como, então, Deus julgará o mundo? 3:7Mas se a verdade de Deus fez a sua glória superabundar, através de minhas “mentiras”, por que eu ainda sou chamado de pecador?

3:8No entanto, nosso ensino não é como eles caluniosamente nos acusam e não é como alguns afirmam que dizemos: “Vamos fazer o mal para que venha o bem”. A punição deles é justa. 3:9No que, então, somos melhores do que eles? Absolutamente em nada! Pois já provamos que não só os judeus e gregos, mas todos estão debaixo do pecado, 3:10como está escrito: “Não há um justo, nem um sequer. 3:11Não há ninguém que entenda. Não há ninguém que busque a Deus. 3:12Todos se extraviaram. Todos eles juntos tornaram-se inúteis. Não há ninguém que faça o bem, nem sequer um. 3:13A sua garganta é como um túmulo descoberto; eles enganam os outros com suas línguas. Veneno de cobra vem de seus lábios” (Sl 5:9).

3:14“Suas bocas estão cheias de maldição e amargura” (Ps 10:7). 3:15“Os seus pés são rápidos para derramar sangue. 3:16Seu modo de vida produz destruição e miséria, 3:17e eles não conheceram o caminho da paz. 3:18Não há temor de Deus diante de seus olhos” (Sl 36:1).

3:19Agora sabemos que tudo o que a lei diz, ela fala não apenas para aqueles que estão sob a lei, mas fala para que toda boca possa ser fechada e todo o mundo esteja sujeito ao julgamento de Deus. 3:20A razão para isto é que ninguém será considerado justo diante de Deus por guardar a lei. Pois o que a lei traz é o pleno reconhecimento do pecado.

3:21Mas agora, independente da lei, a retidão de Deus foi manifestada, da qual testemunharam a lei e os profetas, 3:22mesmo a retidão do próprio Deus que, através da fé que vem de Jesus, o Ungido, é o resultado alcançado por todos que estão crendo. Aqui não há nenhuma distinção entre povos, 3:23pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus.

3:24Mas estes estão sendo feitos justos gratuitamente por meio da sua graça, sendo libertados através do resgate que foi pago pelo Ungido, Jesus, 3:25a quem Deus colocou como o sacrifício expiatório. Então, por meio da fé, através de seu sangue, nos tornamos uma exibição da sua retidão.

Mediante a sua auto-restrição, Deus deixou impunes os nossos pecados anteriores 3:26para demonstrar sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e para tornar justo aquele que tem a fé cuja fonte é Jesus.

3:27Onde, então, há espaço para o nosso orgulho? Ele foi excluído. Por qual tipo de lei? Pela lei das obras? Não, mas, pelo princípio da fé. 3:28Então, consideramos que o homem está sendo feito reto pela fé sem fazer quaisquer obras da lei.

3:29Ou Deus é o Deus somente dos judeus? Ele não é o Deus dos gentios também? Sim, dos gentios também!

3:30Vendo que há somente um Deus, é ele quem vai tornar os que são circuncidados justos pela fé e aqueles que são incircuncisos justos por meio da fé. 3:31Nós, então, tornamos a lei inútil por meio da fé? De maneira nenhuma. Em vez disso, nós a confirmamos.*

CAPÍTULO 4

4:1O que, então, podemos dizer que Abraão, nosso antepassado conseguiu através de esforço carnal? 4:2Pois se Abraão foi considerado justo por suas obras, ele tem algo para se vangloriar, mas não diante de Deus. 4:3O que, então, as Escrituras dizem? “E Abraão creu em Deus e foi considerado como justo”.

4:4Agora, para alguém que trabalha, o salário que recebe não é considerado uma gratificação, mas como algo que lhe é devido. 4:5Da mesma forma, se alguém não faz obras pela lei, mas crê em quem torna o ímpio justo, sua fé faz aquela pessoa ser considerada justa.

4:6Isso também está de acordo com o que disse Davi, quando pronunciou uma bênção sobre o homem a quem Deus considera justo, independentemente de suas obras, 4:7quando diz: “...bem-aventurado é o homem cuja iniquidade é perdoada, e cujos pecados são cobertos. 4:8Bem-aventurado é o homem a quem o Senhor não considera pecador” (Sl 32:1,2).

4:9Esta benção foi pronunciada apenas para aqueles que são circuncidados ou também para aqueles que são incircuncisos? Pois dizemos que Abraão foi considerado justo por causa de sua fé.

4:10Quando, então, isto foi decidido? Depois que ele foi circuncidado ou enquanto ele estava ainda incircunciso? Não quando foi circuncidado, mas enquanto ainda não era circuncidado.

4:11E ele recebeu o sinal da circuncisão como selo da justiça da fé que ele tinha quando era ainda incircunciso. Isso ocorreu para que ele pudesse ser o pai de todos aqueles que estão crendo, mesmo que não sejam circuncidados e para que também eles pudessem estar considerados justos.

*Nos confirmamos a lei por ser feitos um exibição viva da justiça de Deus pela sua graça. Desta forma, vivemos uma justiça que a lei foi criada produzir. Porém a lei não teve sucesso porque dependia do esforço e determinação humanos.

4:12Além do mais, isso ocorreu para que ele pudesse ser o pai dos da “carne cortada para fora” {circuncisão}, não apenas para aqueles que são fisicamente circuncidados, mas também para aqueles que andam nos passos de fé que nosso pai Abraão tinha quando ainda era incircunciso.

4:13Porque a promessa para Abraão e para a sua semente, que ele seria herdeiro do mundo, não foi dada por meio da lei, mas pela justiça produzida pela fé. 4:14Pois, se é por meio da lei que eles são feitos herdeiros, então a fé é inútil, e a promessa é anulada. 4:15Porque a lei revela {desmascara} nossas fortes paixões naturais. Mas onde não há lei, não pode haver nenhuma violação da lei.

4:16Por essa razão é que a promessa é obtida através da fé de acordo com a graça, para que a promessa esteja em vigor para toda a descendência. Essa verdade não era apenas para aqueles que são da lei, mas também para aqueles que são da fé de Abraão, que é o pai de todos nós, 4:17como está escrito: “Eu fiz de você o pai de muitas nações” (Is 5:2). Diante disto, ele creu em Deus, que dá vida aos mortos e chama as coisas que não existem à existência.

4:18O qual, mesmo que a promessa parecesse sem esperança, ainda acreditava com esperança, de modo que pôde se tornar o pai de muitas nações, segundo a palavra que tinha sido falada: “Assim será com seus filhos” (Gn 15:5).

4:19E não sendo enfraquecido na fé, ele não fixou a sua mente no seu próprio corpo, que já estava quase “morto” (já que ele tinha cerca de cem anos de idade) ou na esterilidade do ventre de Sara.

4:20Em vez de vacilar com incredulidade, ele olhou para a promessa de Deus e foi fortalecido por meio da fé, dando glória a Deus, 4:21estando totalmente seguro de que aquilo que ele, Deus, prometeu, também era capaz de cumprir.

4:22Por isso ele, Abraão, foi considerado justo. 4:23Agora está escrito que ele foi considerado justo não só por sua causa, 4:24mas também por nossa causa, nós que também estamos considerados justos, ou seja, aqueles que estão crendo Naquele que ressuscitou a Jesus, nosso Senhor, dos mortos.

4:25É ele quem foi entregue à morte por nossos pecados e foi ressuscitado para nos fazer aceitáveis a Deus.

CAPÍTULO 5

5:1Portanto, sendo feitos justos através da nossa fé, tenhamos paz com Deus mediante o nosso Senhor Jesus, o Ungido, 5:2por meio de quem também temos acesso pela fé a essa graça, através da qual estamos firmados. Por isso, nos regozijamos na esperança de receber a glória de Deus.

5:3E não somente isso, mas também nos regozijamos em nossas aflições, sabendo que a aflição produz persistência; 5:4e a persistência, o caráter comprovado; e o caráter comprovado produz esperança: 5:5e a esperança não nos decepciona, porque o amor de Deus tem sido derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que foi dado a nós.

5:6Porque, enquanto estávamos ainda sem força para viver sem pecar, no momento certo, o Ungido morreu pelos ímpios. 5:7É uma coisa rara que alguém morra por um justo. É ainda menos provável que alguém tenha a coragem de morrer por um homem meramente bom. 5:8Mas Deus demonstra o seu próprio amor para conosco nisso, em que, quando ainda éramos pecadores, o Ungido morreu por nós. 5:9Muito mais agora, sendo feitos justos pelo seu sangue, nós estaremos sendo salvos da ira de Deus por meio dele.

5:10Porque, se quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus através da morte de seu Filho, muito mais tendo sido reconciliados, estaremos sendo salvos por sua vida crescendo em nós. 5:11E não somente isso, mas também nos alegramos em Deus por meio de nosso Senhor Jesus, o Ungido, por meio de quem agora recebemos a restauração ao divino favor.

5:12Por meio de um homem, o pecado entrou no mundo, e a morte, através do pecado. E desta forma, a morte passou para todos os homens porque todos pecaram. 5:13Porque mesmo antes da lei, o pecado estava no mundo, mas o pecado não é contabilizado quando não existe lei.

5:14Mesmo assim, reinou a morte desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram da mesma forma que Adão pecou – o qual é uma espécie de exemplo daquele que havia de vir.

5:15Mas o dom da graça de Deus não deve funcionar de forma semelhante ao pecado? Pois, se por causa do pecado de um, muitos morreram, quanto mais a graça de Deus e o dom que vem através da graça desse único homem, Jesus, o Ungido, transbordam para muitos!

5:16E, uma vez que o pecado entrou por meio de um homem, não deveria o dom vir através de um homem também? Pois, por um lado, o julgamento que veio por causa de um era de condenação, mas, por outro lado, o dom gratuito que veio sobre muitos que pecaram foi o de estarem considerados justos. 5:17Porque, se pelo um pecado, a morte reinou sobre todos por causa de uma pessoa, quanto mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão pela vida de Deus por meio de Um, o próprio Jesus, o Ungido.

5:18Pois, assim como por um pecado veio o juízo sobre todos os homens, da mesma forma, através de um ato justo, tornar-se justo diante de Deus através da operação de sua vida ficou disponível a todos os homens. 5:19Logo, como muitos foram feitos pecadores pela desobediência de um homem, muitos serão feitos justos por meio da obediência de Um.

5:20A lei interveio para que o pecado fosse mostrado como sendo abundante. Mas onde o pecado era abundante, a graça foi mais abundante ainda. 5:21Isso é para que, como o pecado reinou produzindo a morte, mais ainda a graça pudesse reinar, produzindo retidão – o resultado da vida eterna de Deus por meio de Jesus, o Ungido, nosso Mestre.

CAPÍTULO 6

6:1O que vamos dizer então? Vamos continuar em pecado para que a graça possa ser abundante? 6:2Não! Nós, que estamos morrendo para o pecado, como podemos continuar a viver nele? 6:3Ou vocês não percebem que todos os que estão sendo imersos no Ungido Jesus são imersos na sua morte? 6:4Portanto nós estamos sendo sepultados com ele na morte pela imersão na pessoa do Ungido para que, assim como o Ungido foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, também nós devamos andar na novidade da vida do Pai.

6:5Pois, por meio de nos tornarmos unidos com ele na forma de sua morte, na mesma medida também seremos como ele em sua ressurreição. 6:6Sabemos isto: que o nosso “velho homem” está sendo crucificado com ele, para que o pecado, em sua totalidade, possa ficar inoperante; para que não estejamos mais na escravidão do pecado. 6:7Porque quem morre está livre do pecado.

6:8E se morremos juntamente com o Ungido,* cremos que também estaremos compartilhando sua vida, 6:9sabendo que o Ungido, tendo sido levantado dentre os mortos, já não morre mais, uma vez que a morte não tem mais nenhum domínio sobre ele.

6:10Pois, quando ele morreu, o princípio do pecado morreu naquele momento. Agora ele está vivendo pela vida do Pai. 6:11Por conseguinte, vocês realmente devem se considerar como cadáveres em relação ao pecado, mas vivendo pela vida de Deus no Ungido Jesus.

6:12Portanto não deixem que o pecado reine no seus corpos mortais, obedecendo aos seus desejos. 6:13E não permitam que os seus membros sejam armas de pecado, fazendo o mal. Mas, em vez disso, apresentem-se a Deus como vivos dentre os mortos e ofereçam os seus membros a Deus como instrumentos de retidão. 6:14Porque o pecado não pode dominá-los, porque vocês não estão sob o regime da lei, mas sob o suprimento da graça.

6:15E agora? Devemos pecar porque não estamos sob a lei, mas sob a graça? De modo nenhum! 6:16Vocês não sabem que, a quem vocês se apresentam como servos em obediência, vocês se tornam escravos daquele a quem vocês obedecem? Caso você se renda ao pecado, o resultado é morte ou, caso se renda à obediência a Deus, o resultado é retidão.

6:17Mas, mesmo que vocês tenham sido escravos do pecado, através do favor de Deus, vocês se tornaram obedientes de coração ao padrão de instrução que lhes foi dado. 6:18E sendo libertados do pecado, estão se tornando escravos da justiça.

6:19Eu falo em termos humanos, por causa da fraqueza da sua carne. Pois, da mesma forma que vocês apresentaram os seus corpos como escravos da impureza – ou seja, do pecado, resultando em ainda mais pecado –, apresentem agora os seus corpos como escravos da retidão, resultando em serem feitos puros. 6:20Porque quando vocês eram escravos do pecado, eram livres em relação à retidão. 6:21Porém, que benefício vocês tiveram naquela época, por meio de coisas das quais agora vocês sentem vergonha? Pois o resultado dessas coisas é a morte.

*Se realmente experimentamos sua morte.

6:22Mas agora, sendo libertados do pecado e se tornando escravos de Deus, vocês possuem o “fruto” de santidade como resultado da vida eterna de Deus. 6:23Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna dele, através do Ungido, Jesus, nosso Senhor.

CAPÍTULO 7

7:1Ou vocês são ignorantes, irmãos (pois falo aos homens que conhecem a lei), de que a lei tem domínio sobre um homem enquanto ele está vivo? 7:2Por exemplo, a mulher que tem um marido está vinculada por lei ao marido enquanto ele está vivo, mas se o marido morrer, ela se liberta do vínculo da lei para com o marido.

7:3Mas, se enquanto o marido estiver vivo, ela fica íntima de outro homem, ela será chamada de adúltera. Mas se o marido morrer, ela estará livre da lei, de modo que não será uma adúltera, mesmo que se torne esposa de outro homem.

7:4Portanto, meus irmãos, vocês também morreram para a lei (seu “marido” anterior), através do corpo morto do Ungido, para que vocês pudessem ser legalmente casados com outro; com aquele mesmo que ressuscitou dentre os mortos, para que venhamos a dar frutos para Deus.

7:5Porque, quando estávamos na carne, as paixões pecaminosas que são expostas por meio da lei, trabalhavam em nossos membros para trazer frutos para a morte. 7:6Mas agora somos libertados da lei – morrendo para aquilo a que estávamos sujeitos –, para que pudéssemos servir na novidade do Espírito e não na velhice da letra da lei.

7:7O que dizer então? A lei produz pecado? De maneira nenhuma! No entanto, eu não teria conhecido o pecado a não ser por meio da lei. Pois eu não teria compreendido que o desejo impuro era errado, a menos que a lei tivesse dito “Você não deve ter desejos impuros”. 7:8Mas o pecado, aproveitando a situação através do mandamento, trouxe para fora {expôs} todos os tipos de desejo impuro em mim. Pois, sem a lei, o pecado parece “inativo”.

7:9E antes, eu estava “vivo” sem lei, mas, quando veio o mandamento, “reviveu” o pecado e eu morri. 7:10E encontrei o mandamento, que era para a vida, sendo morte. 7:11Porque o pecado, encontrando sua oportunidade através do mandamento, me enganou, e por meio dele, matou-me. 7:12Portanto a lei é verdadeiramente santa e o mandamento santo, justo e bom.

7:13O que é bom tornou-se, então, morte para mim? De modo nenhum! Mas o pecado, para que pudesse ser exposto como pecado, produziu morte em mim por meio do que é bom, pois, por causa do mandamento, o pecado será revelado como sendo excessivamente pecaminoso.

7:14Pois sabemos que a lei é espiritual. Mas eu sou carnal,* vendido como escravo ao pecado. 7:15Pois aquilo que eu faço, eu não aprovo. E o que eu não quero fazer, eu pratico. Pois eu mesmo faço as coisas que detesto.

7:16Mas se pratico essas coisas, mesmo não concordando com elas, reconheço que a lei é boa. 7:17Portanto agora não sou mais “eu” que faço isso, mas é a natureza pecaminosa que vive em mim.

7:18Agora sei que em mim, isto é, na minha carne, vive uma natureza que não é boa. A vontade de fazer o bem está presente em mim, porém fazer o que é bom não está. 7:19E o bem que quero fazer, não faço. Mas o mal que não quero fazer, pratico. 7:20Mas se pratico o que não quero fazer, não sou mais “eu” que faço, mas a natureza pecaminosa, que vive em mim.

7:21Descubro, então, esta lei: que quando eu quero fazer o bem, o mal está presente. 7:22Pois tenho prazer na lei de Deus com meu homem interior [o novo homem espiritual], 7:23mas vejo uma lei diferente trabalhando nos meus membros, guerreando contra a lei de Deus que está na minha mente, trazendo-me em cativeiro sob o princípio do pecado (a natureza pecaminosa), que está nos meus membros.

7:24Oh, que homem miserável eu sou! Quem me livrará da totalidade desta morte? 7:25Dou graças a Deus porque minha libertação é por meio de Jesus, o Ungido, nosso Senhor! Então, por um lado, eu sirvo a lei de Deus em minha mente, mas, por outro lado, a carne é sujeita à lei do pecado.

*Aqui, neste trecho (vs 13-24) Paulo está se referindo ao velho homem natural, não ao novo homem espiritual. Esse velho homem, mesmo querendo, não consegue viver em retidão. Paulo está dizendo, neste capítulo, que só a experiência da crucificação de Jesus operando em nós, nos liberta do homem velho com sua tendência a pecar.

CAPÍTULO 8

8:1Porém agora não há nenhuma condenação para aqueles que estão no Ungido Jesus. 8:2Isto porque a lei do Espírito da vida de Deus operando através do Ungido, Jesus, nos liberta da lei do pecado e da morte!

8:3Pois a lei era ineficaz, sendo fraca, porque ela só trabalhava através dos esforços da carne [ou seja, força de vontade, determinação, raciocínios humanos, etc.].

Mas Deus, enviando seu próprio Filho sob a forma de carne pecaminosa, a fim de tratar o problema do pecado, trouxe a sentença judicial para colocar fim ao pecado na natureza humana. 8:4Isso é para que as ordenanças da lei pudessem ser cumpridas em quem não conduz suas vidas segundo a natureza humana caída, mas segundo o Espírito.*

8:5Porque os que estão andando de acordo com a carne pensam nas coisas da carne, mas aqueles que estão andando de acordo com o Espírito têm suas mentes cheias de pensamentos do Espírito. 8:6Pois a mente da carne produz a morte, mas a mente em sintonia com o Espírito traz paz e vida de Deus. 8:7Isto porque a mente carnal é hostil a Deus, pois ela não se submete à lei de Deus. Na verdade, ela não é capaz disto.

8:8Consequentemente, aqueles que estão na carne não podem agradar a Deus. 8:9Mas vocês não estão controlados pela carne, mas pelo Espírito se, na verdade, o Espírito de Deus vive em vocês. Mas se alguém não tem o Espírito do Ungido, esse não pertence a ele.

8:10E, se o Ungido está em vocês, por um lado, o corpo de vocês está sem o poder para fazer o que é certo por causa do pecado, por outro lado, o espírito de vocês está cheio da vida de Deus, por meio da justiça dele.

8:11Mais ainda, se o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos vive em vocês, aquele que ressuscitou o Ungido, Jesus, dentre os mortos, também capacita os seus corpos perecíveis para viver uma vida justa através do seu Espírito, que vive em vocês. 8:12Então, irmãos, não devemos nada à carne, que nos obrigaria a viver segundo a carne.

*Por favor perceba que há uma grande diferença entre “cumprir a lei” e guardá-la. Por meio do Espírito, os que estão crendo verdadeiramente cumprem a lei, vivendo uma justiça muito além do que a lei poderia produzir em nós.

8:13Porque se vocês viverem segundo a carne, a expectativa de vocês é apenas a morte. Mas, se, pelo Espírito, vocês mortificam as práticas pecaminosas do corpo, estarão cheios da vida de Deus. 8:14Pois tantos quantos são guiados pelo Espírito de Deus, estes são os filhos maduros de Deus.

8:15Porque vocês não receberam um espírito de escravidão, retornando novamente ao pecado, que produz medo. Mas receberam o Espírito de filiação, através do qual podemos clamar “Abba, Pai”.

8:16O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. 8:17E, se somos filhos, então somos também herdeiros; verdadeiramente herdeiros de Deus, mesmo co-herdeiros com o Ungido, se de fato sofremos com ele, de modo que nós também possamos ser glorificados com ele.

8:18Pois considero que os sofrimentos deste tempo presente não são dignos de ser comparados com a glória que será revelada em nós. 8:19Pois com intensa expectativa a criação está esperando que os filhos maduros de Deus sejam revelados.

8:20Agora a criação foi submetida à degradação, não voluntariamente, mas por causa Daquele que a sujeitou, na esperança 8:21de que até mesmo a própria criação será também libertada da escravidão da decadência para a liberdade dos filhos maduros de Deus, quando eles serão glorificados.

8:22Porque sabemos que toda a criação geme, sofrendo dores de parto até hoje. 8:23E não só isso, mas nós também, que temos os primeiros frutos {as primícias} do Espírito, gememos dentro de nós mesmos, esperando sermos colocados como filhos maduros, ou seja, a libertação plena pelo pagamento do resgate: a glorificação do nosso corpo.

8:24Porque nós estamos salvos com esta esperança. Mas a esperança que é vista não é esperança, pois quem espera por algo que vê? 8:25Mas se esperamos por algo que ainda não vemos, então com paciência aguardamos.

8:26E da mesma forma, o Espírito também nos ajuda nas nossas fraquezas. Pois não sabemos nem como orar como deveríamos, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos que não podem ser expressos em palavras. 8:27E aquele que sonda os corações também entende os pensamentos do Espírito; portanto ele intercede pelos que foram separados para Deus de acordo com a vontade de Deus.

8:28Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, especificamente daqueles que são chamados segundo o seu propósito. 8:29Pois os que Deus de antemão conheceu, ele também predeterminou que eles iriam ser conformados à imagem de seu Filho para que ele fosse o primogênito entre muitos irmãos. 8:30E a quem ele predeterminou, a esses ele também chama. E a quem ele chama, a esses ele também torna justos. E a quem ele torna justo, a esses ele também glorifica.*

8:31O que, então, podemos dizer sobre estas coisas? Se Deus é por nós, quem pode ser contra nós? 8:32Ele, que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como ele também não nos dará, juntamente com ele, de graça, todas as coisas?

8:33Quem é que acusa os escolhidos de Deus? É Deus quem os considera inocentes. 8:34Quem os condena? Foi o Ungido, Jesus, que morreu, e ainda mais, que ressuscitou dos mortos, que está no lugar de suprema honra e autoridade de Deus, e é quem também intercede por nós.

8:35O que pode nos separar do amor do Ungido? Será a aflição, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada, capaz disto?

8:36Pois, como está escrito: “Por sua causa somos colocados para morrer o dia todo. Fomos considerados como ovelhas prontas para o abate” (Sl 44:22). 8:37Porém em todas estas coisas somos completamente vitoriosos por meio daquele que nos amou.

8:38Porque estou certo de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem governantes celestiais, nem poderes, nem as coisas que agora são, nem as coisas no futuro, 8:39nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra coisa criada será capaz de nos separar do amor de Deus, que está no Ungido, Jesus, nosso Senhor.

* Isso é algo que vai acontecer em sua vinda.

CAPÍTULO 9

9:1Falo a verdade no Ungido; não minto. Minha consciência testifica comigo no Espírito Santo 9:2que tenho grande tristeza e incessante dor no meu coração.

9:3Pois estaria disposto a fazer um pacto de ser banido* do Ungido se ajudasse meus irmãos, meus parentes de acordo com a linhagem humana, 9:4que são os israelitas. Porque a partir deles vem a colocação como filhos, a glória, as alianças, a entrega da lei, o serviço de Deus e as promessas.

9:5Deles também vieram os pais e deles veio o Ungido, de acordo com a linhagem humana: Aquele que é acima de tudo, Deus bendito por toda a eternidade. Amém.

9:6Mas isso não significa que o que Deus falou tenha falhado. Pois nem todos os que são de Israel são “Israel” 9:7e nem todos os que são filhos de Deus são da descendência física de Abraão”. Mas lemos: “...sua descendência vai receber o seu nome através de Isaque” (Gn 21:12).

9:8Isto quer dizer que não são os filhos da linhagem terrestre que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa é que são considerados a descendência {semente}. 9:9Por causa disso há a palavra da promessa: “Mais ou menos nesta época, no próximo ano, vou visitá-lo, e Sara terá um filho” (Gn 25:21).

9:10E não somente isto, mas à Rebeca, quando ela concebeu Esaú e Jacó (através de uma só relação íntima com nosso pai Isaque) 9:12foi dito: “...o mais velho servirá ao mais jovem.” 9:11Isso foi dito antes de as crianças nascerem, não tendo feito ainda nada de bom ou mau para que o propósito de Deus de acordo com sua escolha, prevalecesse, não por obras, mas por Aquele que chama. 9:13Como está escrito: “A Jacó eu amei, mas a Esaú eu detestei” (Ml 1:2,3).

9:14O que dizer então? Deus é injusto? De jeito nenhum! 9:15Pois ele disse a Moisés: “Eu mostro misericórdia a quem eu escolhi mostrar misericórdia e terei compaixão de quem eu escolhi ter compaixão” (Êx 33:19). 9:16Portanto o favor de Deus não é adquirido por autodeterminação ou por auto-esforço, mas por Deus mostrando misericórdia.

*Paulo não poderia fazer este pacto porque, diante de Deus, isso não existe. Foi apenas uma maneira de expressar a intensidade dos seus sentimentos.

9:17Pois a Escritura diz a Faraó: “Para isto mesmo o elevei, para demonstrar meu poder contra você, e para que meu nome pudesse ser amplamente anunciado em toda a terra” (Êx 9:16). 9:18Assim, ele tem misericórdia de quem ele deseja e quem ele escolhe endurecer, ele endurece.

9:19Então você vai me dizer: “Por que ele ainda nos culpa? Pois quem pode resistir à vontade dele?” (2 Cr 20:6). 9:20Isto, sem dúvida, é verdade. Mas quem é você, ó homem, para discutir com Deus? A coisa que é feita pode dizer ao que a fez: “Por que me fez assim?” 9:21Ou o oleiro não tem poder sobre o barro para, por um lado, fazer um vaso de grande valor e, por outro lado, fazer outro para uso sujo, a partir de uma mesma massa de barro?

9:22E se Deus, desejando demonstrar sua ira e fazer conhecido o seu poder, suportou com muita clemência vasos de ira preparados para destruição, 9:23de modo que, em contraste, ele pudesse fazer conhecida a abundância da sua glória através dos vasos de misericórdia que ele preparou previamente para o propósito de serem glorificados.

9:24Isto é o que ele tem preparado para nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios. 9:25Como disse também em Oseias: “Eu os chamarei meu povo, a quem não era meu povo, e de ‘amada’ a quem não era amada” (Os 2:23). 9:26“E acontecerá que no lugar onde foi dito a eles ‘Você não é meu povo’, eles serão chamados ‘filhos do Deus Vivo’” (Os 1:10).

9:27E Isaías clamou a respeito de Israel dizendo: “...mesmo que os filhos de Israel sejam tão numerosos como a areia do mar, apenas um remanescente será salvo. 9:28Porque o Senhor cumprirá a sua palavra de justiça sobre a terra, completa e rapidamente” (Is 10:23; 28:22). 9:29E, como Isaías disse antes: “A não ser que o Senhor dos exércitos celestiais tivesse deixado para trás uma semente para nós, teríamos nos tornado como Sodoma e como Gomorra” (Is 1:9; 13:19).

9:30O que dizer então? Que os gentios que não buscaram justiça alcançaram justiça: a justiça que é produzida pela fé. 9:31Porém Israel, buscando a justiça seguindo a lei, não chegou à justiça que está na lei. 9:32Por que não? Porque eles procuraram isso por meio de obras, em vez de por meio da fé. Eles tropeçaram na pedra de tropeço, 9:33assim como está escrito: “Olha, eu coloco uma pedra de tropeço e uma rocha de ofensa em Sião. Mas quem está crendo nele não cairá em desgraça” (Sl 118:22; Is 28:16).

CAPÍTULO 10

10:1Irmãos, o desejo do meu coração e minha oração a Deus é para que eles possam ser salvos. 10:2Pois eu testemunho acerca deles que eles têm zelo por Deus, mas não de acordo com um entendimento correto. 10:3Por serem ignorantes da justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria justiça, eles não se submetem à justiça de Deus.

10:4Pois o Ungido é o fim da lei resultando na retidão para todo aquele que está crendo. 10:5Como Moisés escreve sobre a justiça da lei dizendo: “Quem guarda essas coisas deve viver por elas” (Lv 18:5). 10:6Mas a justiça da fé diz o seguinte: “Não digas no seu coração, ‘Quem subirá ao céu?’ (isto é, para fazer descer o Ungido). 10:7Ou ‘Quem vai descer às profundezas imensuráveis?’ (isto é, para trazer o Ungido dos mortos)”.

10:8Mas o que ela diz? “A palavra* está perto de você, na sua boca e no seu coração” (Dt 30:12-14). Essa é a mensagem da fé que proclamamos. 10:9Porque, se com a sua boca você fizer um pacto para tomar Jesus como seu Senhor e estiver crendo no seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, você estará sendo salvo.

10:10Porque com o coração o homem crê para dentro da retidão e com a boca faz um pacto que resulta em salvação. 10:11Como a Escritura diz: “Quem estiver crendo nele não será envergonhado” (Is 28:16). 10:12Pois não há distinção entre judeu e grego {gentio}, pois o mesmo Senhor é Senhor de todos e é abundantemente disponível a todos os que o chamam. 10:13Porque todo aquele que está invocando o nome do Senhor estará sendo salvo.

10:14Então como eles podem invocar, aquele em quem não creram? E como podem acreditar nele, de quem nem ouviram falar? E como ouvirão sem que alguém o proclame a eles? 10:15E como podem proclamar se não forem enviados? Assim como está escrito: “Quão lindos são os pés daqueles que proclamam as boas novas de paz, que trazem boas notícias de coisas boas!” (Is 52:7).

*Palavras faladas por meio do ou pelo Espírito Santo. RHEMA, na língua grega.

10:16Mas nem todos eles prestaram atenção às boas notícias. Pois Isaías diz: “Senhor, quem acreditou no nosso relato?” (Is 53:1). 10:17Então, a fé vem de ouvir, e o “ouvir” através da palavra que é falada por Deus {RHEMA, do grego}.

10:18Mas eu digo: “Eles não ouvem?” Certamente: “O som deles saiu por toda a terra e as suas palavras até aos confins do mundo” (Sl 19:4). 10:19Mas eu pergunto: “Israel não sabia?” Primeiro Moisés diz: “Vou provocar a vocês com ciúmes daquela que não é uma nação e vou irritá-los com uma nação desprovida de entendimento” (Dt 32:21).

10:20Depois Isaías é muito ousado e diz: “Eu fui encontrado por aqueles que não me procuravam. Fui revelado àqueles que não estavam a perguntar por mim” (Is 65:1). 10:21Porém a Israel ele diz: “O dia inteiro eu abri os meus braços para um povo resistente e argumentador” (Is 65:2).

CAPÍTULO 11

11:1Digo então: “Deus repudiou o seu povo?” De jeito nenhum! Pois eu também sou israelita da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. 11:2Deus não repudiou o seu povo, a quem de antemão conheceu. Ou você não sabe o que as Escrituras dizem sobre Elias, que conversava com Deus sobre Israel, dizendo: 11:3“Senhor, mataram os seus profetas; eles derrubaram os seus altares. Só eu sobrei, e eles exigem a minha vida”? 11:4Mas, qual é a resposta divina dada a ele? “Reservei para mim sete mil homens que não dobraram o joelho para Baal“ (1 Rs 19:10,14,18).

11:5Da mesma forma, então, neste momento presente, também existe um remanescente, ou seja, aqueles que foram escolhidos pela graça. 11:6Mas se é pela graça, já não é pelas obras; caso contrário, a graça já não é graça. 11:7E então? O que Israel busca ansiosamente, ele não obteve. Mas os escolhidos obtiveram, e os demais foram endurecidos.

11:8Isto está de acordo com o que está escrito: “Deus lhes deu um espírito de sonolência, olhos que não veem e ouvidos que não ouvem, até o dia de hoje” (Is 29:10, 13). 11:9E Davi diz: “Que as suas festas religiosas se tornem um laço, uma armadilha e um obstáculo, como uma retribuição para eles. 11:10Que os seus olhos sejam obscurecidos para que eles não vejam e que tenham as costas constantemente curvadas em servidão” (Sl 69:22, 23).

11:11Eu digo então: “Eles tropeçaram a fim de que caíssem sem chance de se recuperar?”. De jeito nenhum! Mas por meio de erros deles, a salvação chegou aos gentios, para provocar-lhes ciúmes.

11:12Agora, se o erro deles resultou em “riqueza” para o mundo e a sua perda em abundância para os gentios, quanto mais a sua plenitude produziria? 11:13Mas eu falo com vocês, que são gentios. Na medida em que sou verdadeiramente um enviado aos gentios, glorifico o meu serviço, 11:14se, por algum meio, eu possa provocar o ciúme daqueles que são o meu povo, e, por meio disto, possa salvar alguns deles.

11:15Porque, se a sua rejeição resulta na reconciliação do mundo, o que será o recebimento deles, senão vida dentre os mortos? 11:16E se o primeiro pedaço da massa oferecida {a primícia} é sagrada, a massa toda também é. E se a raiz é santa, também os ramos são.

11:17Mas, se alguns dos ramos foram quebrados, e você, sendo um ramo de oliveira selvagem, foi enxertado entre eles e tornou-se participante com eles da seiva da raiz da oliveira, 11:18não exulte sobre os outros ramos. Mas se você exultar, lembre-se de que não é você quem sustenta a raiz, mas é a raiz que sustenta você.

11:19Você pode dizer então: “Os ramos foram quebrados para que eu pudesse ser enxertado neles”. 11:20Eles foram quebrados por causa da incredulidade deles, e você permanece pela sua fé. Não seja orgulhoso, mas seja reverente. 11:21Porque se Deus não poupou os ramos naturais, pode ser que ele não vá poupar você também.

11:22Veja, então, ambas, a bondade e a severidade de Deus! Por um lado, para aqueles que caíram, Deus mostra severidade, mas, por outro lado, em direção a você, Deus demonstra sua bondade, se você continuar na bondade dele. Caso contrário, você também será cortado. 11:23E eles também, se não continuarem em sua incredulidade, serão enxertados. Pois Deus é capaz de enxertá-los novamente.

11:24Porque se vocês foram cortados daquela que é, por natureza, uma oliveira selvagem e foram enxertados em uma oliveira boa, contrariando a natureza, quanto mais facilmente serão enxertados esses, que são ramos naturais, em sua própria oliveira?

11:25Porque não quero que sejam ignorantes deste mistério, irmãos, para que vocês não se tornem insensatos, ou seja, aconteceu a Israel um endurecimento parcial até que o número completo dos gentios tenha entrado. 11:26E depois disto, todo o Israel será salvo, como está escrito: “Um libertador virá de Sião e ele removerá as impiedades de Jacó”. 11:27“E esta será a minha aliança com eles quando eu retirar os seus pecados” (Is 59:20,21; 27:9).

11:28Por um lado, com respeito às boas notícias, são inimigos por sua causa, mas, por outro lado, no que diz respeito a serem escolhidos, eles são amados por causa dos patriarcas. 11:29Pois as dádivas e a vocação de Deus são irrevogáveis.

11:30Porque, tal como no passado, vocês resistiram a ser persuadidos por Deus, mas agora têm sido demonstrada misericórdia, apesar de sua desobediência, 11:31da mesma forma esses também, que agora estão resistindo persuasão, também obterão misericórdia. 11:32Pois Deus encerrou todos na desobediência, para que ele pudesse ter misericórdia de todos.

11:33Ó quão profunda é a riqueza contida em ambas na sabedoria e no conhecimento de Deus! Como são inescrutáveis os seus julgamentos e como os seus caminhos são indetectáveis! 11:34“Quem compreendeu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?” 11:35”Ou quem primeiro deu a ele para que isto lhe seja retribuído novamente?” (Is 40:13; Jó 41:11). 11:36Porque dele, por meio dele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória por toda a eternidade! Amém.

CAPÍTULO 12

12:1Imploro a vocês, portanto, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresentem os seus corpos como sacrifícios vivos, santos, aceitáveis a Deus, que é o modo lógico de vocês o servirem. 12:2E não sejam amoldados aos padrões desta era, mas estejam sendo transformados por meio da renovação da sua mente, para que possam verificar por experiência qual é a boa, aceitável e perfeita vontade de Deus.

12:3Mediante a graça que me foi dada, agora digo a cada um que está entre vocês que não pense grandemente sobre si mesmo, em vez do que deve pensar. Mas, cada um deve pensar sobriamente, de acordo com a medida de fé que Deus distribuiu a cada um.

12:4Pois, assim como o nosso corpo físico tem muitos membros, mas todos os membros não têm a mesma função, 12:5assim também nós, que somos muitos, somos um só corpo no Ungido, e cada um é membro uns dos outros. 12:6Mas cada um tem diferentes dons, segundo a graça que nos foi dada.

Se nós temos o dom da profecia, vamos profetizar de acordo com a proporção de nossa fé; 12:7ou o dom do serviço, vamos nos empenhar no serviço; ou o dom do ensino, vamos nos dedicar ao ensino. 12:8Aquele que encoraja deveria estar envolvido no encorajamento. O que doa deve fazê-lo com generosidade. Se alguém lidera deve fazer isto com diligência. Aquele que mostra misericórdia deve fazer isto de boa vontade.

12:9Que o amor seja sem hipocrisia, aborrecendo o que é mau, porém aderindo ao que é bom. 12:10No que se refere ao amor pelos irmãos, mostrem afeição uns pelos outros, honrando os outros ao lhes dar a preferência. 12:11Não sejam preguiçosos, mas em vez disso, sejam fervorosos no seu espírito, servindo ao Senhor como um escravo. 12:12Estejam sempre se regozijando na esperança;* tenham paciência na aflição, continuem constantemente em oração, 12:13sejam parceiros nas necessidades daqueles separados para Deus, estejam prontos para demonstrar hospitalidade.

12:14Abençoem aqueles que os perseguem. Abençoem-nos, e não os amaldiçoem. 12:15Alegrem-se com aqueles que se alegram e chorem com os que choram. 12:16Usem a sabedoria de Deus em relação uns aos outros, não tendo pensamentos orgulhosos, mas associando-se com aqueles que são humildes. Não sejam arrogantes. 12:17Não retribuam mal por mal. Considerem cuidadosamente como vocês devem se comportar honrosamente, à vista de todos os homens.

12:18Tanto quanto for possível, estejam em paz com todos. 12:19Não se vinguem, amados, mas cedam à ira de Deus, pois está escrito: “A vingança me pertence, eu retribuirei, diz o Senhor” (Lv 19:18). 12:20“Mas se o seu inimigo tem fome, alimenta-o; se ele está com sede, dê-lhe algo para beber. Ao fazer isso você irá acumular brasas de fogo sobre a cabeça dele” (Pv 25:21, 22). 12:21Não sejam vencidos pelo mal, mas vençam o mal com o bem.

*A esperança de ser glorificado.

CAPÍTULO 13

13:1Que cada alma fique submetida às autoridades civis. Não há nenhuma autoridade que não seja de Deus. E as autoridades civis que existem são colocadas por Deus. 13:2Portanto quem se rebela contra a autoridade civil opõe-se à disposição de Deus, e aqueles que se rebelam receberão o julgamento. 13:3Pois os governantes não são um terror para aqueles que praticam o bem, mas para aqueles que são maus.

Você quer evitar ter medo da autoridade? Faça o que é certo e ela vai te elogiar por isso. 13:4Pois ela é uma serva de Deus para o seu bem. Mas se você pratica o que é mau deveria ficar com medo, pois ela tem uma boa razão para estar armada {“carregar a espada”, do grego}, haja vista que ela é uma serva de Deus, punindo com a ira dele quem faz o mal.

13:5Portanto é necessário que você seja submisso, não só por causa da possível punição, mas também para ter uma boa consciência. 13:6Esta é a razão pela qual você também tem que pagar-lhes os impostos, pois elas (as autoridades seculares) são servas de Deus, continuamente fazendo o trabalho dele.

13:7Pague o que é devido a cada um: homenagem a quem a homenagem é devida; impostos a quem os impostos são devidos; respeito a quem o respeito é devido; honra a quem a honra é devida. 13:8Não devam nada a ninguém, exceto amar uns aos outros, pois quem ama o seu próximo cumpriu a lei.

13:9Pois tudo isso: “Não cometerás adultério, não matarás; não furtarás, não cobiçarás”, e se há qualquer outro mandamento, está resumido neste que diz: “Amarás o seu próximo como a si mesmo”. 13:10O amor não faz mal nenhum ao seu próximo. Portanto, o amor é o cumprimento da lei.

13:11E também digo isto: estejam reconhecendo o tempo, pois já é hora de vocês acordarem do sono, pois o passo final de nossa salvação [a glorificação do corpo] está mais perto agora do que quando primeiramente cremos. 13:12A noite já passou há muito, e o dia se aproxima. Vamos, portanto, jogar fora as obras das trevas e colocar a armadura da luz.

13:13Andemos decentemente, como as pessoas fazem durante o dia, não em embriaguez e festas libertinas; não em imoralidade sexual e em comportamento lascivo; tampouco em brigas e ciúme. 13:14Porém vistam-se do Senhor Jesus, o Ungido, e não façam qualquer provisão para a carne, de modo que venha a satisfazer os desejos impuros dela.

CAPÍTULO 14

14:1Recebam aqueles que são fracos na fé, mas não para disputas sobre detalhes. 14:2Um homem tem fé de comer tudo, mas quem é fraco na fé come somente vegetais. 14:3Quem come de tudo não deve tratar com desprezo quem come apenas vegetais, e quem come somente vegetais não deve julgar quem come de tudo, pois Deus o recebeu.

14:4Quem é você que julga o servo alheio? Ele vai ficar em pé ou cair diante do seu próprio Senhor. Mas ele vai ser mantido, porque o Senhor é poderoso para mantê-lo.

14:5Um homem acha que um dia é mais importante que outro. Outro acha que todo dia é igual. Que cada um seja plenamente convencido na sua própria mente.

14:6Aquele que dá mais valor a certo dia, honra-o para o Senhor, e quem come, come para o Senhor, pois é grato a Deus. E quem não come, não come para o Senhor, e também é grato a Deus. 14:7Pois nenhum de nós vive para si mesmo, e nenhum morre para si mesmo. 14:8Porque se vivemos, vivemos para o Senhor, ou se morremos, morremos para o Senhor. Portanto, quer vivamos ou morramos, somos do Senhor. 14:9Pois o Ungido morreu, levantou-se e tornou-se vivo novamente para ser o Senhor tanto dos mortos como dos vivos.

14:10Mas você, por que julga o seu irmão? Ou você também, por que você trata o seu irmão com desprezo? Porque nós todos estaremos diante do tribunal do Ungido. 14:11Porque está escrito: “Como eu sou vivo, diz o Senhor, todo joelho se dobrará para mim e toda língua vai reconhecer-me como Deus” (Is 45:23).

14:12Então, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. 14:13Portanto não julguemos mais uns aos outros, mas, em vez disso, determinemos isto: que ninguém coloque qualquer motivo para tropeço no caminho do seu irmão, ou qualquer armadilha. [Veja 1 Jo 2:9-11].

14:14Eu sei e estou persuadido no Senhor Jesus que nada é impuro por si mesmo,* exceto para aquele que acha que algo é impuro, para ele é impuro. 14:15Mas, se por causa de comida, o seu irmão fica ofendido, você já não está andando em amor. Não destrua a fé daquele por quem morreu o Ungido, por causa do que você come.

14:16Portanto não deixe que algo que é bom [ou seja, sua liberdade de comer qualquer coisa] torne-se algo que outros podem criticar. 14:17Porque a experiência do Reino de Deus não consiste de comida e bebida, mas de retidão, paz e alegria no Espírito Santo.

14:18Pois quem serve ao Ungido em todas estas considerações é aceitável a Deus e aprovado pelos homens também. 14:19Então, busquemos as coisas que levam à paz e as maneiras pelas quais nós podemos edificar uns aos outros.

14:20Não estrague a obra de Deus por causa de comida. Por um lado, todos os alimentos estão limpos; por outro, é errado ofender alguém com aquilo que você come. 14:21É melhor não comer carne ou beber vinho nem fazer qualquer coisa pela qual o seu irmão seja ofendido.

14:22A fé que você tem, tenha-a para si mesmo diante de Deus. Feliz é aquele cuja consciência não o condena por causa das coisas que ele se permite comer. 14:23Mas aquele que tem dúvidas é condenado pela sua consciência, se ele come algo sem estar seguro de que comer isto é certo, assim ele come sem fé. E qualquer coisa que não vem de fé é pecado.

CAPÍTULO 15

15:1Agora nós que somos fortes devemos suportar a consciência daqueles que são fracos e não meramente agradar a nós mesmos. 15:2Que cada um de nós procure agradar ao seu próximo para o bem dele e para edificá-lo.

15:3Pois o Ungido também não agradou a si mesmo, mas como está escrito: “O insulto daqueles que injuriaram você, Deus, caiu em cima de mim” (Sl 69:9). 15:4Porque tudo o que foi escrito anteriormente, foi escrito para nossa instrução, para que, através da paciência e do apoio das Escrituras, tenhamos esperança.

*Aqui Paulo está falando somente de comida. É claro que existe atos e palavras impuros diante de Deus.

15:5Agora que o Deus de paciência, Aquele mesmo que chega ao nosso lado para nos auxiliar, conceda-lhes que tenham esse mesmo entendimento com relação uns aos outros, de acordo com o Ungido, Jesus. 15:6Isso é para que, com uma só paixão e a uma só voz, vocês possam glorificar o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus, o Ungido.

15:7Portanto recebam uns aos outros assim como o Ungido também os recebeu, para a glória de Deus. 15:8Pois eu digo que o Ungido foi feito servo da circuncisão para a verdade de Deus, para cumprir as promessas dadas aos pais; 15:9e para que os gentios glorifiquem a Deus por sua misericórdia, como está escrito: “Então, eu louvarei você entre os gentios e cantarei ao seu nome”.

15:10E outra vez ele diz: “Alegrem-se, gentios, com esse povo”. 15:11E novamente: “Louvem o Senhor, todos vocês, os gentios, e deixe que todos os povos o louvem”. 15:12De novo Isaías diz: “Haverá a raiz de Jessé, aquele mesmo que se levanta para reinar sobre os gentios. Os gentios terão esperança por causa dele” (2 Sm 22:50; Sl 18:49; 117:1; Is 11:10).

15:13Que o Deus da esperança encha vocês de toda alegria e paz através da fé de vocês, para que possam abundar na esperança pelo poder do Espírito Santo. 15:14E eu mesmo estou convencido sobre vocês, meus irmãos, que também vocês são cheios de bondade, cheios de toda a sabedoria, sendo assim capazes de se admoestarem uns aos outros.

15:15Mas escrevo-lhes desta forma, com ainda mais ousadia, para lembrá-los dessas coisas por causa da graça que me foi dada por Deus. 15:16Que isto é assim para que eu fosse um servo do Ungido, Jesus, para os gentios, servindo as boas notícias de Deus a eles como um sacerdote, para que a oferta dos gentios possa ser aceitável, tendo sido feita santa pelo Espírito Santo.

15:17Tenho meus motivos, então, para me vangloriar no Ungido, Jesus – coisas referentes a Deus. 15:18Mas não ouso mencionar qualquer coisa, exceto aquelas que o Ungido tem feito por mim por palavra e trabalho, no poder de sinais e maravilhas, mesmo no poder do Espírito Santo, resultando na obediência dos gentios. 15:19Aconteceu que, desde Jerusalém e arredores tão longe quanto o Ilírico, tenho pregado as boas notícias do Ungido na sua plenitude.

15:20Mas, eu fiz a minha meta de proclamar as boas novas onde o nome do Ungido não tinha ainda sido ouvido, para que eu não construísse sobre a fundação de 15:21outro homem, assim como está escrito: “Aqueles a quem não veio nenhuma notícia, verão, e aqueles que não ouviram, entenderão” (Is 52:15).

15:22Por esta razão, também, fui impedido essas muitas vezes de chegar até vocês. 15:23Mas agora, não tendo mais quaisquer oportunidades para servir aqui nestas áreas e tendo por muitos anos um desejo de ir até vocês, 15:24quando eu for à Espanha espero, então, vê-los, estando de passagem, e espero ser encaminhado por vocês para lá, depois de, primeiramente, ser satisfeito pela comunhão com vocês.

15:25Mas agora vou a Jerusalém para servir aqueles separados para Deus. 15:26Pois os da Macedônia e os da Acaia quiseram fazer certa contribuição para os pobres entre os separados para Deus que estão em Jerusalém. 15:27Na verdade, eles tiveram prazer de fazer isto, porque estão em dívida para com eles, pois, desde que os gentios foram feitos participantes das coisas espirituais dos judeus, eles lhes devem isto: servi-los em coisas materiais.

15:28Então, depois de ter terminado este serviço e de ter confirmado esse “fruto” para eles, vou parar entre vocês no caminho para a Espanha. 15:29E eu sei que estarei indo até vocês na plena bênção das boas notícias do Ungido.

15:30Agora peço a vocês, irmãos, por nosso Senhor Jesus, o Ungido, e pelo amor que vocês têm no Espírito, que se esforcem comigo em suas orações a Deus, por mim, 15:31para que eu fique livre daqueles que são desobedientes na Judeia, e que o meu serviço, que eu tenho por Jerusalém, possa ser bem recebido pelos que são separados para Deus.

15:32Orem também para que possa ir até vocês com alegria, pela vontade de Deus, e seja renovado juntamente com vocês. 15:33Agora, que o Deus da paz esteja com todos vocês. Amém.

CAPÍTULO 16

16:1Recomendo favoravelmente a vocês, Febe, nossa irmã, que é uma serva da comunidade dos chamados para fora* que está em Cencreia, 16:2para que vocês possam recebê-la no Senhor de uma maneira que é apropriada àqueles separados para Deus, e que vocês possam ajudá-la em qualquer coisa que ela venha a precisar de vocês. Pois ela própria também tem ajudado a muitos outros, inclusive a mim.

16:3Cumprimentem Priscila e Áquila, meus colegas de trabalho no Ungido, Jesus, 16:4que arriscaram os seus próprios pescoços pela minha vida, por quem não só eu dou graças, mas também todas as comunidades dos chamados para fora dentre os gentios. 16:5E cumprimentem o grupo dos chamados para fora que está na casa deles. Cumprimentem Epêneto, meu amado, que é o primeiro fruto da Ásia para o Ungido.

16:6Cumprimentem Maria, que trabalhou muito duramente para vocês. 16:7Cumprimentem Andrônico e Júnia, meus parentes e meus co-prisioneiros, que são bem conhecidos entre os enviados e que também estavam no Ungido antes de mim. 16:8Cumprimentem Amplíato, meu amado no Senhor. 16:9Cumprimentem Urbano, nosso companheiro, trabalhador no Ungido e Estáquis, meu amado.

16:10Cumprimentem Apeles, que foi aprovado no Ungido. Cumprimentem aqueles que são da casa de Aristóbulo. 16:11Cumprimentem Herodião, meu parente. Cumprimentem aqueles da casa de Narciso que estão no Senhor.

16:12Cumprimentem Trifena e Trifosa que trabalham arduamente no Senhor. Cumprimentem Pérsida, a amada, que tem feito muito trabalho no Senhor. 16:13Cumprimentem Rufo, o escolhido no Senhor e a mãe dele e minha.

16:14Cumprimentem Asíncrito, Flegonte, Hermes, Pátrobas, Hermas e os irmãos que estão com eles. 16:15Cumprimentem Filólogo e Júlia, Nereu e sua irmã Olimpas, e todos os separados por Deus que estão com eles. 16:16Cumprimentem-se uns aos outros com um beijo santo. Todas as comunidades dos chamados para fora* que são do Ungido enviam saudações.

*Chamados para fora”: Tradução literal do vocábulo grego ἐκκλησίᾳ (ekklēsia) que é a junção de duas palavras: “fora” (ἐκ) e “chamar” (καλέω). Esta palavra é traduzida por “igreja” ou “assembleia” em outras versões do Novo Testamento.

16:17Agora lhes suplico irmãos, que desconfiem de quem está criando divisões e tentando capturar os outros para seus próprios grupos, o que contraria o ensinamento que vocês aprenderam, e afastem-se deles. 16:18Porque tais pessoas não servem ao nosso Senhor, o Ungido, mas às suas próprias ambições egoístas, e, através de seus argumentos plausíveis e palavras suaves, enganam os corações dos ingênuos.

16:19Porém, notícias sobre a sua obediência espalharam-se para todos, em toda parte. Portanto eu me regozijo acerca de vocês. Porém quero que sejam sábios com respeito ao que é bom, e puros com respeito ao que é mau. 16:20E o Deus de paz vai esmagar Satanás debaixo dos seus pés em breve. A graça de nosso Senhor Jesus, o Ungido, esteja com vocês.

16:21Timóteo, meu colega de trabalho, cumprimenta-os, juntamente com Lúcio, Jason e Sosípatro, meus parentes. 16:22Eu, Tércio, que escrevo esta carta para Paulo, cumprimento vocês no Senhor. 16:23Gaio, meu anfitrião e de toda a comunidade dos chamados para fora, cumprimenta vocês. Erasto, o tesoureiro da cidade, cumprimenta vocês, bem como o irmão Quarto.**

16:25Agora, Àquele que é capaz de estabelecê-los, segundo a minha mensagem de boas notícias: ou seja, a própria proclamação de Jesus, o Ungido por meio da revelação do mistério que foi mantido em silêncio desde os tempos eternos.

16:26Mas agora este mistério está sendo revelado e está sendo feito conhecido a todas as nações, para obediência da fé por meio das escrituras proféticas de acordo com o mandato do Deus eterno – 16:27ao único Deus, todo sábio, para ele seja a glória para sempre, por meio de Jesus, o Ungido. Amém.

*Chamados para fora”: Tradução literal do vocábulo grego ἐκκλησίᾳ (ekklēsia) que é a junção de duas palavras: “fora” (ἐκ) e “chamar” (καλέω). Esta palavra é traduzida por “igreja” ou “assembleia” em outras versões do Novo Testamento.

**Os manuscritos mais antigos e melhores não trazem o versículo 24.

Final da Carta de Paulo aos Romanos

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A Primeira Carta de Paulo aos Coríntios