Ministério Grão De Trigo

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Sinais Do Fim

OS QUATRO SELOS

Capítulo 2

Sinais Do Fim, livro por David W. Dyer

Publicacao Grao de Trigo

Escrito por David W. Dyer

ÍNDICE

Capítulo 1: AS DUAS TESTEMUNHAS

Capítulo 2: OS QUATRO SELOS (Capítulo Atual)

Capítulo 3: O FILHO VARÃO

Capítulo 4: A GRANDE APOSTASIA

Capítulo 5: DESTRUIÇÃO REPENTINA






Capítulo 2: OS QUATRO SELOS


A seguinte mensagem foi tirada do livro de Apocalipse capítulo 5 e 6. Aqui, vamos falar sobre a quebra dos primeiros quatro selos. Você deve se lembrar que enquanto João, o apóstolo, estava tendo essa visão, ele viu um pergaminho escrito nos dois lados, selado com sete selos. Enquanto olhava, ele começou a chorar, pois não se achou ninguém no céu ou na terra que fosse digno de olhar para o pergaminho nem abrir aqueles sete selos.

Então, o Cordeiro que foi morto antes da fundação do mundo, surgiu. Ele é Aquele que foi achado digno de romper os selos e abrir o pergaminho.

À medida que a visão continua, Jesus o Cordeiro de Deus, começa a abrir esses selos um por um. Quando cada um desses quatro primeiros selos é rompido, um cavaleiro misterioso aparece em sua montaria para cumprir algo sobre a terra. Leiamos juntos em Apocalipse capítulo 6 o que se diz a respeito desses cavaleiros, começando pelo versículo 1. “Então vi quando o Cordeiro abriu um dos selos; e ouvi uma das quatro criaturas viventes falando com uma voz como trovão, ‘Venha e veja.’ E olhei, e contemplei, um cavalo branco. Aquele que sentava sobre ele tinha um arco, e uma coroa foi lhe dada, e ele saiu conquistando e a conquistar.”

Quando ele abriu o segundo selo, ouvi a segunda criatura vivente dizendo, ‘Venha e veja.’ Outro cavalo, vermelho flamejante, surgiu. E foi concedido ao que sentava sobre ele que tirasse a paz da terra, e que povos deveriam matar uns aos outros; e a ele foi dada uma grande espada.

Quando ele abriu o terceiro selo, ouvi a terceira criatura vivente dizer, ‘Venha e veja’. Então, olhei, e contemplei, uma cavalo preto, e aquele que sentava nele tinha uma balança em sua mão. E ouvi uma voz no meio das quatro criaturas viventes dizendo, ‘Uma medida de trigo por um denário, e três medidas de cevada por um denário; e não prejudiquem o azeite e o vinho.’

Quando ele abriu o quarto selo, ouvi a voz das quatro criaturas viventes dizendo, ‘Venha e veja’, Então olhei, e contemplei, um cavalo pálido. E o nome daquele que se assentava sobre ele era Morte, e o Hades seguia com ele. E poder foi dado a eles sobre um quarto da terra, para matar com a espada, com fome, com morte e pelas feras da terra.” (Ap 6:1-8 VDP).

Essa é realmente uma visão terrível. Nela temos retratadas algumas das coisas que Deus diz que acontecerão no cumprimento dessa era. Já que a quebra desses primeiros quatro selos sinalizam o início do fim desse período de tempo, é válido se averiguar qual o sentido de cada um.

EXPLICAÇÕES FREQUENTES

Desde que me tornei cristão tenho ouvido e lido estudiosos da Bíblia exporem suas interpretações sobre essa passagem. Muitos dos expositores atuais, parece que compartilham interpretações similares. Esses ensinamentos, que alguns de vocês já devem ter ouvido, dizem que o primeiro cavaleiro sobre o cavalo branco representa Jesus e/ou o evangelho. O Segundo representa guerra. O terceiro fala da fome e o quarto cavaleiro simboliza a morte.

De alguma forma, nenhuma dessas explicações me deixavam realmente satisfeito. Nunca me senti levado a crer que essas ideias expressavam realmente uma revelação ou tinham algum sentido. Elas não me ofereciam nada novo, diferente ou significativo.Por exemplo, vamos olhar ao pensamento que o primeiro cavaleiro deveria significar

Jesus e/ou o evangelho. A base principal dessa afirmação parecia ser que o cavalo era branco e que o cavaleiro tinha uma coroa. Talvez essa interpretação seja adotada porque depois, no mesmo Apocalipse, Jesus também aparece num cavalo branco. (Ap 19:11-16). Lá Ele é visto com muitas coroas, e em vez de um arco, uma espada sai de Sua boca.

Mas será que o simples fato do cavalo ser branco e o cavaleiro possuir uma coroa deva ser visto como uma revelação? Como pode ser que “o evangelho” seja revelado apenas no final desta era? O evangelho já tem sido revelado por quase dois mil anos. Será que a identificação desse cavaleiro como Jesus ou como o “evangelho” realmente nos mostra algo novo, importante ou revelador? Essa explicação parece ser apenas uma repetição da história antiga. Como essa pode ser realmente a interpretação de uma visão tão importante?

Em seguida, todos parecem afirmar que o cavalo vermelho e o cavaleiro significam guerra. Que tipo de revelação é essa? Guerras ocorrem o tempo todo, em uma parte do mundo ou em outra, por milhares de anos, tanto antes quanto depois da vinda de Cristo. Por que então o surgimento de guerras no fim dessa era seria algo novo ou diferente? Existe algum entendimento valioso ou novo apresentado nessa explicação? Parece que não.

Daí chegamos ao terceiro selo. As explicações mais populares desse cavaleiro parecem especialmente incorretas. Como mencionado, a maioria afirma que esse selo representa fome, ainda assim as outras partes dessa passagem não parecem bater com essa ideia.

Podemos raciocinar dessa forma: uma fome normalmente é causada por uma seca, guerra ou qualquer interrupção na produção ou transporte de alimentos. Porém, esses fatores não causariam apenas a redução do trigo ou da cevada mencionadas na profecia, mas também produtos como o azeite e o vinho, que vêm das oliveiras e das parreiras.

No entanto, ouvimos uma voz que diz, “...e não prejudiquem” o óleo nem o vinho. “Prejudicar” significa redução do suprimento, ou da produção de óleo e vinho. Certamente uma fome, ou qualquer outra causa, fariam exatamente isso: prejudicar o óleo e o vinho. Não existe cenário no qual possa imaginar onde ocorreria uma falta do suprimento de trigo e cevada e, ainda assim, a população teria um suprimento normal de óleo e vinho.

Assim, insatisfeito com a explicações que foram dadas, comecei a procurar a face do Senhor para ter o entendimento a respeito dessas coisas. O que estou prestes a compartilhar com você é o resultado de oração e da busca diligente pelo verdadeiro significado dessas passagens em Apocalipse.

As ideias que você está prestes a ler não me vieram através de uma visão ou por qualquer outro tipo de revelação fantástica. Todavia, acredito que elas sejam do Senhor. Se elas são absolutamente corretas ou não, essa mensagem ainda contém verdades muito importantes que se aplicam a vida de cada crente. Então vamos abrir a Bíblia juntos, abrir os nossos corações ao Senhor, e buscá-Lo sobre o que Ele está falando a nós através dessas coisas.

OS CAVALOS DE ZACARIAS

Você deve lembrar-se que algo muito similar a esses cavaleiros também é retratado no livro de Zacarias. No entanto, naquele trecho eles aparecem de forma ligeiramente diferente.

Em Zacarias capítulo 6, versos 1 a 8, nós lemos sobre quatro carruagens levadas por quatro grupos de cavalos coloridos diferentes, vindo de trás de uma montanha de bronze. Nas escrituras o metal bronze geralmente representa julgamento. Esses cavaleiros vêm imediatamente antes do iminente, grande e terrível dia do Senhor.

Quando essas carruagens, com seus cavalos de cores diferentes, são vistos pelo profeta Zacarias, a seguinte explicação é dada a ele. O anjo diz: “Estes são os quatro espíritos dos céus que acabam de sair da presença do

Soberano de toda a terra.” (Zc 6:5 NVI). Aqui temos uma chave importante para entendermos a profecia do

Apocalipse. Esses quatro cavalos representam quatro espíritos que saiam da presença do Senhor

Um espírito possui poderes sobrenaturais. Espíritos tem a habilidade de influenciar as mentes dos homens e até mesmo o curso do mundo. Parece que esses quatro espíritos estão vindo da presença do Senhor para influenciar situações e eventos na preparação para o fim dessa era.

Para exemplificar como a influência de tais espíritos funciona, adiante no livro de Apocalipse, lemos sobre três espíritos imundos na forma de sapos que saem da boca da besta, do falso profeta e do dragão, e avançam em juntar todas as nações para guerrearem contra o Cordeiro. (Ap 16:13-16). Esses espíritos têm o poder de influenciarem os pensamentos e ações dos homens e nações, causando que se juntem para batalharem.

Assim podemos deduzir que esses quatro cavaleiros em Apocalipse são também espíritos que vêm, neste caso de Deus, para cumprir algum propósito sobre a terra. Esse propósito, creio eu, é o de preparar o cenário para o “fim” dos tempos. Cada um deles está cumprindo uma tarefa distinta para preparar as condições da terra para o que virá a acontecer. Eles estão preparando as coisas para o fim.

Antes de examinarmos esses versículos precisamos compreender que esses quatro selos não representam necessariamente julgamentos e/ou catástrofes. Ainda que muitos pareçam presumir que esses selos devem significar calamidades, isso jamais é indicado nas escrituras. Na verdade, esses são seres espirituais que vêm de

Deus para cumprirem o Seu propósito sobre a terra. Esses propósitos podem ou não significar catástrofes.

Outro fato importante a se considerar é que esses eventos descritos em Apocalipse são mencionados como “dores de parto”. (1 Ts 5:3). Quando as dores de parto começam a ocorrer em uma mulher grávida, a princípio elas são brandas e as vezes têm um intervalo muito longo entre uma e outra.

No entanto, à medida que o processo de parto segue as dores se tornam mais fortes e mais frequentes. Essa rotina continua até que as dores se tornam uma só e o bebê nasce.

Essa é uma analogia muito viva e precisa de como os eventos do fim dos tempos se desdobram. Muitos dos primeiros eventos podem ter muitos e muitos anos separando um do outro, ao passo que os mais recentes estão se tornando cada vez mais frequentes e mais “fortes”.

O PRIMEIRO SELO É ROMPIDO

O primeiro selo é o cavaleiro que segue em frente “conquistando e a conquistar”. A minha opinião é que o primeiro selo já foi quebrado. Esse espírito provavelmente veio mais ou menos 500 anos atrás. Naquele tempo, grandes mudanças jamais vistas começaram a ocorrer na terra.

A civilização “ocidental”, como é conhecida hoje, começou a se espalhar de seu local na Europa conquistando e a conquistar. Segue-se então um período de vários séculos durante os quais esse espírito de “conquista” fervilhava entre muitas das nações europeias.

Exploradores, “conquistadores” e aventureiros de todo tipo saíram em busca da conquista de novas terras. Era como se alguma força invisível ou espírito os levassem a ir cada vez mais longe atrás de aventuras e riquezas. Num curto período de tempo, que durou apenas algumas centenas de anos, toda a terra estava colonizada e “conquistada”, pelos países europeus, principalmente a Espanha, França, Itália, Portugal, Holanda e Inglaterra.

Como exemplo, esse “espírito”, de sair e conquistar, trabalhou muito poderosamente, dentro dos perímetros do continente norte americano. Muitos homens e mulheres, durante a expansão ocidental naquele continente, fizeram coisas que pareciam absurdas e até tolas.

Muitos deles deixaram casas, segurança, família, sociedade e tudo mais para iniciarem uma trilha extremamente perigosa pelo interior hostil do país, em direção ao completo desconhecido. Muitos deles sabiam pouco a respeito do lugar que perseguiam, apenas por ouvir dizer. Tais ações dos homens, desafiando a lógica e a razão, podem ser facilmente explicadas por ações de forças espirituais.

O resultado dessa expansão e colonização mundial foi espalhar a civilização europeia por todo o globo. Nunca antes na história do mundo houve um movimento tão grande de propagação do ser humano, exceto talvez depois do dilúvio. Verdadeiramente houve uma dispersão tremenda e prolongada, “conquistando e a conquistar”. Por alguma razão parece nos que isso foi necessário para os eventos que haveriam de seguir. Nos planos de Deus era Seu desejo distribuir a humanidade dessa forma.

É claro que sei que já havia homens nesses continentes quando os conquistadores chegaram; ainda assim, a questão é que os Europeus saíram para todas as partes do globo para conquistar e expandir seus impérios. Esse foi um momento na história de “conquista” e expansão sem precedentes, como nunca se havia visto ou se repetiu desde então.

Essas nações não apenas expandiram seus territórios como também, ainda mais importante, abriu-se caminho para que o evangelho de Jesus Cristo fosse levado aos confins da terra. As conquistas e explorações que foram feitas tonaram-se uma porta aberta para muitos adentrarem. Logo após essa “conquista”, muitos missionários começaram a seguir esses mesmos passos.

Esse seria então o propósito do primeiro espírito ou cavaleiro. Seu trabalho foi de instigar os europeus a saírem e conquistarem o resto do globo para que o evangelho, que era praticamente confinado a Europa naquela época, pudesse seguir adiante por todo o mundo.

Ainda que boa parte da conquista tenha sido feita por países católicos romanos, nos passos de seus padres, muitos missionários protestantes seguiram essa conquista tão distante. Desde aquele tempo, que se iniciou há mais de quinhentos anos, a igreja cristã também se espalhou amplamente por essas regiões conquistadas. Sem dúvida alguma tudo isso foi essencial para o que ocorrerá durante o fim dos tempos.

O SEGUNDO SELO

O cavaleiro do segundo selo talvez seja mais facilmente reconhecível. Ele cavalga um cavalo vermelho e tem uma grande espada que lhe foi dada. O seu poder é o de tirar a paz da terra, fazendo que os homens matem uns aos outros. Alguns de vocês, leitores, talvez se lembrem da primeira e da segunda guerra mundial.

Ainda que guerras tenham ocorrido por milhares de anos, e de fato foram, muitas guerras diferentes sobre a terra, nunca antes houve um tempo como aquele – quando o mundo inteiro estava em guerra.

Nós lemos: “E poder lhe foi dado para tirar a paz da terra.” Quase todas as nações no mundo estavam envolvidas de alguma forma nessas duas disputas: a I e II Guerra Mundial. Sem sombra de dúvida, havia um poder espiritual atuando na Alemanha e em outros países naqueles dias.

Obviamente, um poder espiritual estava atuando na vida e nas ações de Adolf Hitler e dos homens que estavam com ele. Nos tempos de Hitler, toda a nação alemã era influenciada de tal forma que causou guerra no mundo inteiro. Milhões foram mortos. “E a ele foi dada uma grande espada.”

O resultado final, segundo um ponto de vista profético, depois de duas guerras mundiais e das atrocidades que foram cometidas pela Alemanha contra os judeus, é bastante surpreendente. Foi algo completamente imprevisto.

Aconteceu que muitos judeus se ajuntaram novamente em sua própria terra. A simpatia de todo mundo e especialmente dos Estados Unidos e da Inglaterra aumentou tanto devido a esses eventos que algo aconteceu: algo que muitos estudiosos da bíblia, por vários séculos, achavam impossível – o restabelecimento da nação de Israel. Depois de ser dispersa pela face da terra por quase dois mil anos, hoje os judeus residem novamente em seu próprio país.

O cumprimento dessa profecia é absolutamente necessária para preparar o cenário da segunda vinda de Cristo. Quando Jesus voltar, é lá que Ele vai chegar: na terra de Israel. Seus pés serão postos sobre o Monte das Oliveiras. (Zc 14:4).

Ele está vindo para encontrar Seu povo do Velho Testamento novamente. Ainda que esse seja um resultado curioso e inesperado das duas guerras mundiais, é algo que Deus cumpriu para dar sequência aos Seus planos e propósitos. É um fato histórico. É também algo essencial para o cumprimento da obra de Deus no final dessa era.

O TERCEIRO SELO

Agora, o terceiro selo é algo que gostaria de dar uma explicação mais prolongada. Como mencionado anteriormente, muitos dos estudiosos da bíblia pensam que esse selo representa a fome. No entanto, gostaria de pontuar uma passagem paralela nas escrituras sobre o assunto similar, ou até igual. Compreender uma passagem das escrituras usando-se de outra passagem é uma das formas mais seguras para se chegar a verdade. Especulação ou imaginação não são o bastante.

Em Apocalipse nós lemos que uma medida de trigo era vendida por um centavo [denário] e três medidas de cevada por um centavo [denário].

Já no livro de 2 Reis, encontramos uma passagem que é impressionantemente similar a essa. Na verdade, a profecia em Apocalipse é quase que uma cópia, palavra por palavra, do livro de 2 Reis 6:24 a 7:20. Na passagem de 2 Reis lemos sobre uma verdadeira fome.

Naquele tempo, a cidade de Samaria foi cercada pelo exército Sírio e ficou sitiada por um longo período. Consequentemente, a comida estava ficando cada vez mais escassa. Vemos que a cabeça de um jumento era vendido por 80 peças de prata, e “uma caneca de esterco de pombo” era vendido por 5 peças de prata.

Bem, eu não sei que medida essa caneca seria, mas imagino que se você paga 5 peças de prata por qualquer quantia de esterco de pombo é porque você deve estar muito, mas muito faminto mesmo. Essa sim, meu caro amigo, é uma fome genuína, no seu ápice. Isso é o que “morrer de fome” significa.

Alguns tentaram contornar o fato desse povo estar tão faminto que comiam esterco, insistindo que na verdade eles usavam esse material como combustível para cozinharem. Mas, qual comida eles teriam para cozinhar?

É obvio que esse esterco não estava sendo comprado apenas por aqueles que estavam cozinhando53 OS

e comendo seus próprios filhos por conta da gravidade da fome que os assolava. (2 Rs 6:28,29).

Foram nessas condições absurdamente extremas que o profeta Eliseu pronunciou a seguinte mensagem: “Amanhã, por volta desta hora, na porta de Samaria, tanto uma medida de farinha como duas medidas de cevada serão vendidas por uma peça de prata.” (2 Rs 7:1 NVI).

Essa é uma passagem paralela aquela de Apocalipse. Aqui esse homem de Deus profetizava a abundância. Ele estava dizendo a eles que no próximo dia haveria uma abundância incrível. Haveria o suficiente, para todos, a um preço que eles poderiam pagar.

O auxiliar pessoal do rei não acreditou na profecia de Eliseu. Ele disse “... ainda que o Senhor abrisse as comportas do céu, será que isso poderia acontecer?” Eliseu estava falando de uma prosperidade tamanha, um excesso tão extravagante que esse homem não podia conceber tal coisa. Ele imaginou que isso só seria possível se comportas do céu fossem abertas, que jorrassem comida.

Você deve lembrar-se do resto da história. Naquela noite, quatro leprosos que estavam do lado de fora do portão da cidade, decidiram por desertarem para o acampamento dos Sírios. Eles pensaram algo assim: “Se ficarmos aqui nós vamos morrer de fome, mas se formos para o outro exército, talvez eles sentirão pena de nós e nos alimentarão”. Mas quando eles chegaram lá encontraram o acampamento deserto. O anjo do Senhor havia vindo e posto medo no exército inteiro dos sírios. Então, na manhã seguinte, os portões da cidade foram abertos e todo o povo saiu para coletar comida, além de comprar e vender livremente.

Essa leitura nos leva a repensar a passagem em Apocalipse a respeito do cavaleiro do cavalo preto. Já que é assim tão similar aos versículos de 2 Reis – de fato tão “paralelo” que parece uma repetição quase exata da profecia de Eliseu – nos parece que fome ou a falta de alimento realmente não é o mais indicado. Na verdade, nos parece ao invés disso que representa um tempo de fartura.

A frase que mencionamos anteriormente suporta essa interpretação, que diz: “e não prejudiquem o óleo nem o vinho.” (Ap 6:6). Óleo e vinho eram coisas que as pessoas daquela época tinham em momentos de prosperidade. Ter bastante de tais itens eram parte das bênçãos do Senhor sobre Seu povo obediente. (Veja Dt 7:13). Logo seria fácil concluirmos que, ao invés de fome, o que essa passagem prediz é fartura. Prediz uma era de prosperidade.

Mesmo que muitos insistam que esses selos representam catástrofes, nada em tais passagens sugere tal interpretação. Talvez seja hora de repensarmos nossas ideias sobre essas coisas.

Ainda que alguns insistem que um denário era equivalente a um dia de trabalho e que uma porção de trigo seria o necessário para alimentar um homem por apenas um dia, devemos levar várias coisas em consideração.

Em primeiro lugar, a profecia indica que pode-se comprar 3 porções de cevada pelo mesmo valor. Esse grão, ainda que menos apreciado, tem a medida 3 vezes maior do que o necessário para um homem por dia, se de fato esse cálculo está correto, o que talvez nem esteja.

Em segundo lugar, o simples fato de ter o que comer a cada dia, já era considerado prosperidade. Naqueles dias, algo tão simples como trocar de roupa ou ter comida suficiente já era uma enorme benção. Muitas pessoas, talvez a maior parte da população, não tinham o suficiente para comer, até ficarem realmente satisfeitos todos os dias. Obesidade era um problema apenas para os que eram muito ricos.

Em terceiro lugar, o suprimento ininterrupto, ou a abundância de óleo e vinho só podiam ocorrer em tempos de prosperidade. Quarto lugar: essa profecia é quase um paralelo exato àquela do Velho Testamento, que claramente prevê prosperidade.

Em quinto lugar, a realidade é que nós não sabemos, com exatidão, os valores e medidas daquela época.Acredito que nós estamos vivendo na era do terceiro selo. Esse selo também já foi rompido. A abundância – a influência do terceiro cavaleiro – tem estado sobre nós já há um bom tempo, e pode estar próximo de chegar ao encerramento.

Vivemos num período de prosperidade e fartura sem precedentes. Nunca, jamais na história, tantas pessoas nesse mundo tiveram tanto. Muitas regiões do mundo estão gozando de tremenda riqueza. Uma boa porcentagem dos habitantes do mundo têm carros, TVs, eletricidade, muitas roupas e comida em abundância.

Uma prova muito simples disso é o quanto a obesidade tornou-se um problema grave em vários países. Nesta geração, muitos nesse mundo vivem um nível de conforto e fartura que anteriormente apenas reis gozaram.

Na verdade, muitos dos antigos reis sequer chegaram a ter uma pequena fração das coisas materiais e do conforto que nós simplesmente nem damos valor no dia-a-dia. Coisas que desfrutamos hoje, como: ter água quente e fria, aquecedores e condicionadores de ar, acesso a todo tipo de carne, frutas, vegetais, bebidas e milhares de outros itens que pra nós parecem “normais” pessoas nunca tiveram no passado.

Essas coisas, que cerca de apenas cem anos atrás eram inimagináveis, mesmo para os mais ricos. Mesmo que certamente haja áreas de pobreza e miséria no mundo de hoje, o fato é que uma grande porção dos habitantes da terra gozam de uma prosperidade e facilidade de vida que eram, até muito recentemente, desconhecidos. Muitos vivem em um nível de riqueza que jamais foi visto antes na terra.

Ainda que essa condição pareça “normal” a todos que foram criados nessa realidade, e conheçam apenas esse contexto de prosperidade, é sem dúvidas, uma enorme anomalia na história desse mundo.

Nossas vidas hoje são totalmente anormais se comparadas aos últimos 6 mil anos. Muitos, no mundo de hoje, vivem no luxo e no excesso. Eles não enxergam dessa forma, pois acostumaram-se a viver assim, mas certamente é uma verdade.

Em alguns países as pessoas conseguem controlar a temperatura de suas casas, aquecendo ou esfriando a temperatura para o grau exato que desejam, com o apertar de um botão. Seus carros também tem controle de temperatura, são luxuosos e confortáveis.

Ao fazerem compras, as opções de comida e bebida são quase vertiginosas. Seus móveis, incluindo sofás e poltronas, são acolchoados e macios. A lista de conforto e conveniências que temos hoje poderia continuar aumentando indefinidamente.

Elas viajam em aviões, carros e cruzeiros, com conforto e estilo, e chegam normalmente aos seus destinos numa questão de horas. Esses mesmos percursos, há apenas 100 anos atrás, levariam meses em viagens perigosas e desconfortáveis.

As pessoas podem falar com amigos ou familiares a qualquer momento, basta usarem o telefone celular. Uma pessoa pode ter acesso a milhares de tipos de entretenimento a qualquer momento. Restaurantes de todo tipo estão disponíveis no mercado para satisfazer os desejos de qualquer um, com a fartura de comidas e bebidas.

E mesmo assim, nos esquecemos muito facilmente que isso tudo é muito novo. É tudo muito recente. O mundo jamais foi assim antes! Há pouco menos de cento e cinquenta anos atrás ninguém tinha carro, telefone, computador, ninguém voava de avião, ou sequer tinha acesso aos milhares de luxos que hoje em dia nem ligamos mais.

É extremamente difícil, para essa população mimada de hoje, imaginar-se dormindo no chão, passando fome a maior parte do tempo, quase nunca ter mais do que algumas poucas peças de roupas, viajar a pé ou a cavalo, não ter água quente disponível e em abundância, ou sequer água limpa para beber ou qualquer outra conveniência dentre as tantas que temos hoje, num estilo de vida mais primitivo.

Jamais passou pela cabeça de muitas pessoas que vivem atualmente, suportar qualquer das “dificuldades” que a grande maioria dos habitantes do mundo vivenciavam todos os dias, sem interrupções, por quase 6000 anos.

VICIADOS NO MUNDO

Um resultado de toda essa prosperidade é que o mundo se tornou um vício. Nós nos tornamos viciados em prosperidade e facilidades. Nós passamos a crer que é nosso direito viver nesse nível de bonança que gozamos hoje em dia. É algo que não se dá o devido valor, algo que todo mundo espera ter no dia-a-dia. Ninguém imagina que tudo pode mudar repentinamente.

Na década de 1930 os Estados Unidos sofreram uma grande depressão financeira. De repente muitas pessoas ficaram desempregadas, sem perspectiva de renda ou de qualquer forma de manterem suas famílias.

Alguns cometeram suicídio. Porém, muitos arregaçaram suas mangas e fizeram o melhor que podiam na época. As pessoas vendiam maçãs ou lápis nas ruas. Aceitavam qualquer tipo de trabalho, e até subempregos. Trabalhavam duro para superar a tragédia financeira que as afligiam.

No entanto, um colapso financeiro hoje teria um resultado totalmente diferente. A maior parte do mundo é mimada, arrogante, viciada no lazer, na facilidade e na abundância das coisas. Elas amam sua prosperidade. Se algum tipo de colapso financeiro ocorresse hoje as pessoas teriam uma reação totalmente diferente.

Elas se revoltariam, chegando a saquear, roubar e pôr fogo nas coisas. Haveria muita gritaria. Haveria protestos e barricadas. Elas exigiriam que seus governos fizessem qualquer coisa necessária para que se restabelecesse a bonança e os prazeres de antes. E claro, o mais rápido possível.

Note que um viciado não se comporta como uma pessoa normal. A dependência de um viciado sob aquilo que é o objeto do seu vício é tão forte que ele fará coisas que outras pessoas jamais fariam. Hoje em dia, o vício que a boa parte do mundo tem sobre a prosperidade e os prazeres, é profundo. Saiba que, quando essas coisas forem tiradas, ou quando perceberem que tais coisas poderão acabar, as pessoas farão de tudo para terem de volta os objetos de seus vícios.

Isso nos leva a um ponto muito interessante. Existe uma substância sobre a qual toda esta prosperidade depende. Há um produto em particular que permite que todo esse luxo continue a existir: o petróleo.

Sem o petróleo, toda essa riqueza moderna e facilidades que tantos gozam nos tempos atuais desapareceria de uma hora para a outra. Dependemos do petróleo para plantar, colher, transportar, trabalhar, viajar, e de fato fazer quaisquer outras coisas que o homem moderno faz.

O homem moderno tornou-se viciado na prosperidade e simultaneamente na substância que faz tudo isso possível: petróleo. A economia mundial de hoje e todo luxo e bonança que a seguem é totalmente dependente desse “ouro preto”. Nunca antes na história o mundo foi tão completamente dependente de um único produto.

A VINDA DA BESTA

Nós estudamos no livro anterior da série, O Anticristo, sobre como a besta terá o seu império no Oriente Médio. Ele unirá dez nações naquela região. Sem dúvida a maioria delas, senão todas, serão nações produtoras de petróleo.

Ainda que não controle todo o petróleo do mundo, parece que ele controlará um percentual bem significativo. É isso que vai colocar o anticristo no comando. Ele terá poder para controlar a situação financeira do mundo.

Qualquer um que tiver poder sobre uma parte substancial do petróleo da terra poderá colocar as nações de joelhos, em termos financeiros, em apenas alguns dias. Até mesmo uma sombra de ameaça de corte de, por exemplo, 30% do petróleo do mundo, representaria um desastre econômico para todos os países “desenvolvidos”.

O preço da gasolina e do diesel inflaria muito. Transportes e viagens cessariam. Os preços de todos os produtos e serviços subiriam além da imaginação. Todos seriam profundamente atingidos.

No entanto, cem anos atrás, tal ação causaria quase nenhum impacto na economia mundial. Petróleo não era um produto essencial. Mas hoje em dia, o mundo está viciado em petróleo. O mundo carece de um suprimento ininterrupto de petróleo para prover a prosperidade e manter seus cidadãos contentes. Essa também é uma parte do plano de Deus.

Logo, vemos que esse espírito de prosperidade que veio de Deus, é parte essencial desse cenário para o fim dos tempos. É necessário que o mundo chegue a esse ponto para que um ditador do Oriente Médio seja capaz de fazer suas exigências e alcançálas.

O vício no mundo na prosperidade e, por consequência, do petróleo, é um elemento essencial para que os planos de Deus sejam cumpridos. Então, esse espírito de abundância e prosperidade vem Dele, para preparar a terra para o fim.

Se, ou quando, o suprimento de petróleo (e por consequência a prosperidade) forem ameaçados ou cortados, muitos governos e seus povos rapidamente concordarão em fazer qualquer coisa para que seja restabelecido o “suprimento” que eles precisam para manterem seu vício no mundo e nas coisas do mundo.

No caso da vinda do homem do pecado, o que ele vai exigir das nações, para que elas continuem a usufruir de sua condição atual, serão coisas relacionadas a religião. Para que todos continuem a comprar e vender como antes, tudo que será necessário será o aceitação total ou parcial da sua religião. Essa conversão não precisará ser de coração ou de alguma forma profunda. Qualquer sinal superficial de aceitação será o suficiente.

As nações que precisam manter seus suprimentos de petróleo/prosperidade, precisarão mudar apenas alguns pormenores. Simplesmente será requerido que todos aceitem a “marca” da sua conversão, e daí em diante todos poderão retornar ao seu estilo de vida egoísta e sem limites.

Se você imagina que seria difícil converter o mundo inteiro tão rapidamente, você subestima o poder do vício. Talvez você não compreenda quanto poder tem o dinheiro. Se alguém passa a ter controle sobre todo o dinheiro de outro alguém, essa pessoa, assim como a maioria das pessoas, fará quase de tudo para ter de volta seu dinheiro.

Aqueles que têm só um pouquinho de comprometimento moral com Deus ou com os outros mudará de lado muito facilmente. Pouquíssimos estão preparados para perder tudo, incluindo comida, abrigo, e até mesmo as suas vidas, para permanecerem fiéis a Jesus.

QUANDO O QUARTO SELO FOR ROMPIDO

A quebra desse selo dá muito medo. Este cavaleiro se chama “morte” e nós lemos que o “Hades” ou “inferno” o segue. A ele é dada autoridade sobre a quarta parte da terra para matar. Essa matança ocorrerá de quatro maneiras diferentes e importantes. As pessoas serão mortas por: 1. espada, 2. fome, 3. morte, e 4. animais selvagens da terra. (Ap 6:7,8).

Quando esse quarto selo for rompido, o tempo de relativa paz e prosperidade cessará repentinamente. No momento em que o homem afirmar que chegou a “paz e a segurança”, a devastação cairá sobre ele. Isso, é claro, é só o começo de grandes e numerosas pragas e sofrimentos que sobrevirão à humanidade. Quando o quarto selo for quebrado, essa situação confortável em que hoje vivemos vai acabar.

Por favor, preste bastante atenção a essa questão. Essa situação que vivemos hoje de facilidades, conforto e prosperidade não vai durar pra sempre. Segundo a palavra de Deus, ela acabará de forma repentina, dolorosa e dramática. Assim que o quarto selo for quebrado, uma série de de eventos terríveis e devastadores, cada vez mais frequentes, virão sobre a terra. Não seja pego de surpresa e despreparado!

Agora vamos considerar essa passagem com um pouco mais de cuidado. O que poderia ocorrer para causar a morte de vinte e cinco por cento da terra? Não está claro se “um quarto da terra” se refere a um quarto de terra no sentido de área continental do planeta ou um quarto da população mundial.

Se esse “um quarto” significa um quarto da população, então estamos falando da morte de muito mais que 1 bilhão e meio de seres humanos. Para que tanta gente morra, algo de uma escala muito grande e trágica deverá acontecer. Se esse “um quarto” significa área terrestre, ainda assim, estamos falando de uma destruição tremenda em termos de vidas humanas.

Quando vemos as causas dessas mortes, nós podemos encontrar algumas possíveis pistas sobre o que esses eventos possam ser. Quando pessoas são mortas em larga escala por animais selvagens, porexemplo, podemos deduzir que algo extraordinário aconteceu.

Normalmente, criaturas selvagens têm medo dos seres humanos. Mesmo que leões, ursos, e outros poucos tipos de animais cheguem a matar alguém de vez em quando, para que isso impacte milhões de pessoas, ou até bilhões, isso não é algo normal. Talvez possamos aprender com esse fato.

Ataques de animais selvagens, em larga escala, indicam que aqueles que estão sendo mortos se encontram num estado de fraqueza muito grande. Talvez por motivo de doença, fome ou algum outro fator, essas pessoas não consigam se defender. Algo aconteceu que as deixou muito debilitadas fisicamente.

Outra coisa que pode explicar essa situação é o fato das pessoas não possuírem mais abrigos. Mesmo uma pessoa doente ou fraca, que esteja segura dentro de sua casa, jamais seria atacada por animais selvagens.

Não há no mundo uma quantidade grande de feras capazes de atacar e matar homens em condições normais de saúde. Mas se homens e mulheres estiverem fora de um abrigo (ou casa), e estiverem também muito debilitados por causa de doenças, fome, etc, aí podemos considerar um número significativo de carnívoros que certamente as comeriam.

Podemos citar ursos, cachorros, lobos, raposas, onças, corvos, urubus, formigas ou ainda muitos outros animais diferentes. Até mesmo os bichos de estimação que estiverem morrendo de fome por perderem sua fonte de alimentos se voltariam contra os seus donos e os comeriam, se estes não pudessem se defender.

Outra pista que temos sobre o que esse cavaleiro possa ser é que a fome faz parte do seu arsenal. A fome é causada pela escassez ou alguma interrupção no suprimento de comida.

Ainda que seja possível, é difícil imaginar que uma escassez tamanha que impactaria vinte e cinco por cento da população mundial, com o resto do mundo sem ter o que fazer para ajudar. Nos parece lógico então supor que esta fome possa ser o resultado da interrupção do transporte e/ou do suprimento de comida.

O método de matança que é chamado de “espada” parece fácil de entender. Essa pista deve indicar algum tipo de guerra que envolve o uso de vários tipos de armas.

Além disso, parece que alguns são mortos com algo chamado “morte”. Já que todas as pessoas mortas já morreram, parece redundante a menção da palavra “morte” aqui. Porque então a bíblia diz que as pessoas são mortas pela “morte”? Talvez essa parte esteja sugerindo um tipo de morte que era desconhecida naquela época.

Possivelmente existe uma causa de “morte” sendo indicada aqui que não era por doença, guerra ou fome.

(Mesmo que muitas versões da bíblia em português usam a palavra “praga” ou “peste” no lugar de “morte” nesta passagem, a palavra grega é THANATOS, que significa literalmente “morte.”)

Juntando todas essas pistas, uma ideia imediatamente surge na minha mente. Todas essas coisas podem facilmente ser o resultado de uma explosão nuclear. Alguns tipos de ataques nucleares poderiam produzir todos esses efeitos.

Em primeiro lugar, muitos povos seriam aniquilados imediatamente a partir de uma ou várias explosões (a espada). Porém, grande quantidade de “sobreviventes” sofreriam outros efeitos. Dentre esses efeitos seria a “morte” por radiação – uma morte lenta e dolorosa que era desconhecida quando o livro de Apocalipse foi escrito.

Além disso, muitos se tornariam fracos fisicamente e desabrigados, a ponto de se tornarem vulneráveis a animais selvagens, que parecem ser bem mais resistentes à radiação.

Somando-se a esse problema temos a falta de comida que a fome produziria. Sem dúvida o suprimento de comida seria interrompido, já que ninguém se disporia a chegar perto da área onde as explosões ocorreram por temer a radiação. Isso certamente causaria a fome.

Então aqui temos uma possível explicação para os efeitos do quarto cavaleiro. Um bombardeio nuclear ou um ataque e a contaminação pela radiação produziriam: a “espada”, a “fome”, a “morte” e a condição vulnerável das pessoas ao ataque de animais selvagens. Certamente esse cavaleiro merece o seu nome: “morte” ou “Hades”.

(É claro que o cenário supracitado é apenas um exercício de especulação e não deve ser considerado como a única explicação possível para tal desastre.)

POSSÍVEIS CENÁRIOS

Ainda que seja impossível predizer o futuro sem uma revelação direta de Deus, temos alguns cenários que poderão provocar a detonação de uma variedade de armas nucleares. O mais óbvio deles seria uma guerra entre países que agora possuem tais armas. Uma troca de ataques nucleares entre eles resultaria no que foi mencionado anteriormente.

Outra possibilidade que está se tornando cada vez mais real no mundo presente é o terrorismo nuclear. Com o passar dos dias, essa possibilidade torna-se cada vez mais real, de que algum grupo terrorista venha a possuir armas nucleares, e a motivação para usá-las.

O país do Irâ, que é acusado de apoiar o terrorismo, está desenvolvendo tais armas, incluindo mísseis. De acordo com alguns artigos recentes, eles também estão pondo alguns dos seus mísseis em navios de carga. Outra novidade é que eles estão lançando muitos e muitos mini submarinos como veículos de ataque.

Paquistão, que já possui entre 50 a 100 bombas nucleares e os mísseis que as carregam, encontramse num estado político muito precário. Com o tempo, não é difícil imaginar que alguma facção terrorista poderia tomar o controle e efetivamente usar essas armas. No livro de Apocalipse, nós podemos concluir que haverá um espírito por detrás de toda essa morte e destruição de um quarto do mundo.

Um espírito é enviado por Deus para fazer algo que preparará o mundo para o fim. Certamente há um espírito proporcionando o crescimento do terrorismo na era atual. Além disso, tal espírito poderia certamente incitar alguns dos maiores poderes da terra a atacarem uns aos outros.

Qualquer que seja a causa por trás do uso do arsenal nuclear, os resultados serão os mesmos. Qualquer ataque em larga escala ou troca de ataques com armas nucleares que aniquilaria vinte e cinco por cento da população da terra, alteraria a estrutura de poder do mundo. O equilíbrio de poder mudaria.

Isso seria especialmente verdadeiro se as nações afetadas por essa guerra fossem parte dos países do “primeiro mundo”. É possível que essas nações que são poderosas e cheias de influência hoje sejam bastante reduzidas quanto a sua população e poder militar/político.

Somente um ataque de “larga escala” seria capaz de aniquilar um quarto dos habitantes do mundo ou impactar um quarto do mundo, logo devemos presumir que isso será algo muito abrangente e drástico.

Não há dúvida que, se vinte e cinco por cento do mundo sofrer tal catástrofe, causaria um tremendo impacto nas nações que perdessem muitos de seus cidadãos. Essa perda incluiria não apenas pessoas mas possivelmente causaria efeitos devastadores em suas infra-estruturas, incluindo comunicações, energia, transporte, etc.

UMA NOVA ORDEM MUNDIAL

Desde que me tornei cristão há mais de 40 anos, vejo cristãos preocupados com uma tal de “nova ordem mundial”. Ligado a esse medo existem várias teorias que envolvem uma ou várias conspirações de homens poderosos e ricos que controlam (ou ao menos estão tentando controlar) o mundo.

Nomes como os Bilderbergs, o Conselho das Relações Estrangeiras, os Iluminati, o Clube da Caveira e Ossos, o Clube de Roma, e muitos outros, têm sido citados como a fonte dessa conspiração. Muitos acreditam cega e religiosamente nessas coisas. Estão cem por cento convictos que esses homens têm parte com o diabo e que são eles que eventualmente trarão à tona o homem do pecado (o anticristo).

Aqui, no livro de Apocalipse nós vemos que de fato haverá uma nova ordem mundial em pouco

tempo. Mas não é a nova ordem que todos esperam e até pregam a respeito. Se existem ou não tais grupos poderosos tentando controlar o mundo, isso não fará a menor diferença. O próprio Deus em breve enviará um espírito com o poder de influenciar e mudar o mundo de acordo com o Seu plano. É esse espírito que trará uma “nova ordem mundial”, a qual Deus ordenou.

Homens ricos e poderosos não terão como parar ou impedir esse espírito. É muito provável que os eventos do quarto selo acabem com suas riquezas, sua base de poder e até mesmo suas vidas.

Se, como alguns insistem, tais homens estão planejando e esquematizando o controle do mundo, isso não vai dar em nada. Não há razão para que qualquer cristão perca tempo preocupando-se com esses homens, ou sequer os investigue.

É possível que essa destruição que está por vir, que impactará vinte e cinco por cento da terra, envolva países que são chamados de “primeiro mundo”. Hoje, são as nações ricas e orgulhosas deste mundo que têm armas nucleares. Então, não é difícil imaginar que a destruição iria impactar fortemente esses países de “primeiro mundo”.

Aqueles que sofressem maiores danos estarão obviamente em declínio. Aqueles que não forem impactados e que ainda tiverem muitos recursos certamente se levantarão. Isso é o que vai produzir a “nova ordem mundial” de Deus.

Tudo isso vai preparar o cenário para o Seu plano para o últimos dias.Como então isso afetaria o “fim dos tempos” que estamos estudando? Meu palpite é que isso prepararia o caminho para o surgimento da besta. Talvez nações que fortemente se opunham a sua ascensão ao poder estariam agora fracas ou eliminadas por esse evento.

O vácuo de poder criado repentinamente por essa destruição catastrófica do “Leste” abriria a porta para que muitas coisas inesperadas acontecessem.

Sem dúvida, essa mudança drástica na situação do mundo, iria ajudar o diabo e, também, o homem que se tornará seu peão no jogo final no fim dessa época.

Logo, nós devemos considerar a possibilidade de que o quarto cavaleiro/espírito venha próximo do fim dessa era para causar um evento catastrófico gigantesco, que levará a reestruturação dos poderes no mundo. Tudo isto então facilitaria a ascensão ao poder, ou a consolidação do poder do homem do pecado (também conhecido como “a besta”) que está por vir.

PAZ E TRANQUILIDADE

Irmãos e irmãs, se minha interpretação sobre esses selos está correta ou não, o fato em si permanece: nós vivemos em um tempo de muita paz e prosperidade, e algum dia, provavelmente mais cedo do que imaginamos, saberemos que essa paz findará.

A segunda vinda do Senhor será precedida de tempos de uma grande perseguição, destruição e tribulação, e é para esses eventos que precisamos nos preparar.

Toda essa situação corresponde inteiramente com o que as escrituras dizem que será a situação no fim dessa era. 1 Tessalonicenses 5:3 afirma: “Quando disserem: ‘Paz e segurança’, a destruição virá sobre eles de repente ... e de modo nenhum escaparão.” (NVI). Por favor, note que esta destruição será “repentina” e impossível de escapar.

Essa passagem revela que quando as coisas começarem a piorar, o evento ou eventos que causarão essa mudança drástica serão completamente inesperados. A palavra “de repente” descrita aqui é muito importante. Ela mostra que a situação do mundo vai aos poucos, piorar e piorar, mas aí algo muito drástico e muito rápido ocorrerá, que é chamado de “destruição”. Uma mudança quase que instantânea no cenário mundial ocorrerá, e isso será resultado de uma grande destruição.

Não haverão avisos. Não haverão mensagens de alerta, exceto as de alguns profetas que Deus está usando hoje. Aqueles que não estiverem caminhando em intimidade com o Senhor não terão a previsão nem o conhecimento antecipado para se prepararem para evitar ou simplesmente sobreviver a esse evento.

Após essa destruição, não haverá recuperação. De agora em diante, as coisas só vão piorar. A quebra do quarto selo será apenas o início dos julgamentos que virão no fim dos tempos. Os eventos que seguirão serão cada vez mais terríveis. As “dores de parto” irão apenas se intensificar e ficar cada vez mais frequentes até o fim.

COMO ESTAMOS VIVENDO HOJE?

Hoje em dia, muitos tem praticamente tudo que o desejam. Um grande número de pessoas são cheias de riquezas de todas as formas. Comida, roupas e as coisas materiais da vida estão disponíveis a muitos, e em abundância. No entanto estamos chegando cada vez mais perto do tempo do quarto selo. E quando esse selo for quebrado, a terra de repente passará por mudanças tremendas e grande destruição.

Que nós não nos deixemos ser levados a “dormir” sobre o nosso conforto e facilidades atuais. O dia do Senhor se aproxima rapidamente, e fomos incumbidos de nos prepararmos.

Todo aquele que estiver buscando coisas terrenas para garantir sua tranquilidade, e gastando seu tempo se envolvendo-se com as coisas desta vida será pego desprevenido. Se estamos gastando nosso tempo com lazer e auto-satisfação, não estaremos preparados quando essas coisas começarem a acontecer.Hoje temos uma grande oportunidade de usarmos nossa situação atual para pregarmos o evangelho até os confins da terra. Já que o nosso Senhor achou por bem nos prover tanto, nós não deveríamos estar usando tais coisas para serví-Lo? Quão grandes são as necessidades espirituais no nosso mundo! Como estamos empregando aquilo que Deus tem nos dados para alcançarmos essas necessidades?

Esta é, provavelmente, a última grande oportunidade que os cristãos terão de servir a Jesus sem muitas restrições. Caro leitor, eu o desafio diante de Deus a tirar vantagem do ambiente relativamente confortável que temos e usá-lo com tudo que temos para promovermos o reino de Deus antes que seja tarde demais.

Em algum momento, talvez muito em breve, “... a noite [virá] quando ninguém mais poderá trabalhar.” (Jo 9:4). Assim que o julgamento começar, servir ao Senhor será limitado no seu convívio.Sem dúvidas, é fácil supor, que a forma como as coisas estão hoje é a forma que elas sempre serão. Parece como se nada nunca mudará. Mas a bíblia nos diz claramente que não será assim. Algum dia, de repente, tudo isso mudará drasticamente. Naquela hora muitos serão confrontados com escolhas importantes que já deveriam ter feito.

Eles serão forçados a decidir se seguirão a Jesus ou se farão o que tiverem que fazer para manter sua segurança/tranquilidade. Eles serão convocados a decidirem receber, ou não, a marca da besta para manterem seus prazeres materiais aos quais se acostumaram. Esses sucumbirão ou se confiarão em Deus para os suprir com tudo que precisam. Nesse momento muitos terão que, inclusive, morrer por amor ao testemunho de Jesus.

Receio que devido ao conforto agora desfrutado, muitos cristãos têm dormido espiritualmente. Eles tornaram-se inconscientes dessa necessidade urgente de uma submissão completa a Jesus. O tempo que está por vir sobre nós será horrível, terrível. É imperativo que passemos o nosso tempo agora nos preparando.

Que nós possamos nos desgarrar das coisas dessa vida. Que possamos gastar nossas horas e momentos, não procurando confortos e prazeres, mas antes buscando a face de Deus enquanto se pode encontrar, aprendendo a viver por Ele, confiar Nele, e gastar o nosso tempo servindo a Ele. Só assim, quando a destruição começar por todos os lados, nós estaremos preparados.

Final do Capítulo 2

Ler outros capitulos online:

Capítulo 1: AS DUAS TESTEMUNHAS

Capítulo 2: OS QUATRO SELOS (Capítulo Atual)

Capítulo 3: O FILHO VARÃO

Capítulo 4: A GRANDE APOSTASIA

Capítulo 5: DESTRUIÇÃO REPENTINA