Ministério Grão De Trigo

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Sinais Do Fim

DESTRUIÇÃO REPENTINA

Capítulo 5

Sinais Do Fim, livro por David W. Dyer

Publicacao Grao de Trigo

Escrito por David W. Dyer

ÍNDICE

Capítulo 1: AS DUAS TESTEMUNHAS

Capítulo 2: OS QUATRO SELOS

Capítulo 3: O FILHO VARÃO (Capítulo Atual)

Capítulo 4: A GRANDE APOSTASIA

Capítulo 5: DESTRUIÇÃO REPENTINA (Capítulo Atual)






Capítulo 5: DESTRUIÇÃO REPENTINA


A bíblia nos ensina que antes da segunda vinda de Jesus, certos sinais ocorrerão. Dentre esses sinais, há certos tipos de desastres naturais (ou até mesmo sobrenaturais), eventos sociopolíticos, e até mesmo espetáculos celestiais. Apesar de tudo isso ser real, há ainda certa confusão sobre esse assunto. Parece que pode haver algum mal-entendido sobre aquilo que Jesus ensinou.

Muitos têm apontado eventos atuais e desastres naturais, proclamado que esses ocorrências que estamos presenciando são os sinais do fim. No entanto, isso não é exatamente o que a bíblia nos ensina. Vamos começar a nossa investigação dando uma cuidadosa olhada no que Jesus ensinou em Mateus 24, versículos 3 a 8. Por favor, lembra-se quando ler, que isso é apenas uma parte do que Ele ensinou. Trata-se apenas do começo de Seu discurso.

“Tendo Jesus se assentado no monte das Oliveiras, os discípulos dirigiram-se a ele em particular e disseram. ‘Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal da tua vinda e do fim dos tempos?’ Jesus respondeu: ‘Cuidado, que ninguém os engane. Pois muitos virão em meu nome, dizendo: “Eu sou o Cristo” e enganarão a muitos. Vocês ouvirão falar de guerras e rumores de guerras, mas não tenham medo. É necessário que tais coisas aconteçam, mas ainda não é o fim. Nação se levantará contra nação, e reino contra reino. Haverá fomes, pestes e terremotos em vários lugares. Tudo isso será o início das dores.’” (NVI).

MAS AINDA NÃO É O FIM

À medida que prosseguimos nesse capítulo, discutiremos alguns eventos espetaculares que ocorrerão no final dessa era. No entanto, neste ponto me parece importante estabelecer algo primeiro: muitos dos diversos eventos aparentemente impressionantes que ocorreram na história do mundo, ocorrem no presente e ocorrerão no futuro NÃO são os sinais do fim. Em vez disso, são desastres naturais “normais”, incluindo guerras, terremotos, tsunamis, pragas, etc. que ocorrem periodicamente neste planeta.

Muitos cristãos veem esses eventos como indicadores de que a volta de Jesus está próxima. Mas Ele mesmo nos adverte, dizendo: “Atentem para que não fiquem perturbados.”

Dessa forma Ele quer dizer: não se preocupem, entristeçam, nem mesmo fiquem animados. Essas coisas ocorrerão naturalmente.

Para a sua mente, elas podem parecer em especial espetaculares. Você pode ser levado a pensar que elas são os sinais do fim, mas na verdade não o são. Jesus disse claramente: “...mas essa ainda não é o fim. ”

Quando terremotos, vulcões, guerras e marés violentas ocorrem nos dias de hoje, muitos cristãos anunciam erroneamente que essas coisas são os sinais do fim. No entanto, não é esse o caso.

Em vez de afirmar que esses são os eventos do fim, Jesus nos adverte que não devemos ser enganados por elas. Essas coisas têm acontecido e vão acontecer naturalmente ao longo do tempo, mas nós não devemos nos empolgar nem imaginar “agora sim”. Jesus nos avisou de antemão, dizendo “...mas ainda não é o fim.

Muitos acreditam erroneamente, que a terra existe em um estado estático no qual mudanças climáticas, enchentes, terremotos, vulcões, guerras, etc., são exceções, mas isso não é verdade.

Ao contrário, o mundo está agora, e tem estado desde sempre, em constante mudança, passando por uma série de alterações, eventos naturais e desastres quase que de maneira ininterrupta. Na verdade, as mais recentes, aclamadas por muitos como sinais do fim, não foram assim tão drásticas comparadas com muitos eventos que já aconteceram no passado.

Os desastres naturais que ocorreram dentro do meu tempo de vida foram todos pequenos se comparados com aqueles que estão registrados na história.

Por exemplo, há alguns anos houve um tsunami na Ásia que teve uma onda de aproximadamente 9 metros de altura. Mesmo assim, há evidências de tsunamis no passado, em partes diferentes do mundo, que chegaram a pelo menos 30 metros de altura – mais que três vezes maior.

Recentemente um vulcão entrou em erupção na Islândia, interrompendo o tráfego aéreo. Mas existem vulcões muito mais poderosos que esses que entraram em erupção na história recente.

O vulcão Krakatoa, no pacífico sul, explodiu com tanta violência em 1883 que a explosão pôde ser ouvida à cerca de 4.800 quilômetros de distância (alguns dizem que até mais que isso). Essa explosão foi igual a de 200 mil toneladas de dinamite (TNT), 13.000 vezes mais poderosa que a bomba nuclear que destruiu Hiroshima. Nada como isto ocorreu no nosso tempo atual.

Na Sibéria, em 30 de Junho de 2008, um cometa ou asteróide explodiu sobre a terra. Os resultados eu retirei da Wikipédia: “Pode-se ter uma noção da magnitude desse evento por se comparar observações feitas à distâncias distintas. Vibrações sísmicas foram gravadas por instrumentos sensíveis à mais de 1000 quilômetros de distância.

A 500 quilômetros, observadores relataram ‘explosões ensurdecedoras’ e uma nuvem de chamas no horizonte. À cerca de 170 quilômetros da explosão, o objeto foi visto num dia de céu limpo, sem nuvens, como uma bola de fogo brilhante, semelhante ao sol; ouviu-se estrondos como trovões.

À distância de 60 quilômetros, pessoas foram lançadas ao chão inconscientes; janelas se quebraram e louças foram derrubadas das prateleiras.

Provavelmente, os observadores mais próximos foram alguns pastores de renas que dormiam em suas tendas em diversos acampamentos num raio de 30 quilômetros do local da explosão. Eles foram lançados ao ar desmaiados. Um homem foi lançado contra uma árvore e morreu depois. ”

Imagine se algo parecido acontecesse no centro de Nova York ou alguma cidade similar nos dias de hoje. Todos pensariam que o fim do mundo chegou, mas “...ainda não é o fim. ”

Outro exemplo é a “Peste Negra” que assolou a Europa em 1348. Esse exemplo talvez se qualifique como uma “peste” que se enquadra no ensinamento de Jesus. Embora não haja uma estatística exata sobre o assunto, em três anos essa praga matou 50%, e há quem diga 80%, da população dos países afetados – uma grande parte da Europa.

Imagine só, algo como aquilo acontecendo hoje. Muitos pregadores entrariam em êxtase. Todo mundo sairia proclamando o fim do mundo. Mas não o foi.

Esses são apenas alguns exemplos de milhares de desastres terríveis que têm ocorrido antes mesmo que eu ou você tivéssemos nascido. As coisas que temos visto na nossa geração são, de alguma forma, pequenas se comparadas àquelas do passado. Somente pela misericórdia de Deus, que algo de tamanha magnitude tenha ocorrido recentemente em alguma área densamente populosa e assim acabar com milhões de vidas.

Mesmo essa pequena lista, não chega nem perto de incluir milhares de outros eventos do passado, que ultrapassam de longe o que tem ocorrido no nosso tempo, em termos de magnitude e destruição.

O meu ponto é que muitos cristãos criam muito alarde sobre as coisas que não são os sinais do fim. São apenas desastres naturais. Repito: não há nada no meu tempo de vida que tenha ocorrido, sejam guerras ou desastres naturais, que não chega perto de ser tão grande, impressionante, poderoso ou tão terrível quanto foram as coisas que ocorreram no passado, algumas delas centenas, ou até milhares de anos atrás.

A única diferença hoje, é que os nossos sistemas de comunicação são muito, muito melhores. Quando algo acontece, o mundo inteiro toma conhecimento em minutos, ao passo que anos atrás, provavelmente a maior parte do mundo jamais tomaria conhecimento sobre o que aconteceu.

Hoje em dia, os que comentam essas coisas expressam emoção e dizem o quão terrível aquilo é, mas nos esquecemos que todas essas coisas já aconteceram no passado e são de fato ocorrências periódicas “normais” na presente era. Não são sinais do fim. Elas são, se assim puderem ser considerados, “...o princípio das dores.” (Mt 24:8).

Alguns insistem que esses desastres que nós vemos hoje estão acontecendo com frequência cada vez maior, e até mesmo com intensidade cada vez maior. Mas é plenamente possível que essa impressão de que haja um aumento nesta frequência – especialmente na questão dos terremotos – seja simplesmente resultado de equipamentos mais avançados e melhor comunicação.

Argumentos que afirmam haver mais furacões, vulcões ou pragas não têm fundamento. Não há cabimento em alegar que os eventos que vemos hoje sejam mais frequentes e mais poderosos do que no passado.

OS VERDADEIROS SINAIS

Minha conclusão é que os verdadeiros “sinais” do fim serão muito mais dramáticos e poderosos que qualquer coisa que a nossa geração, ou as gerações anteriores, tenham testemunhado. O que nós temos visto até aqui simplesmente não se aplica ao que acontecerá de verdade. Os verdadeiros sinais serão tão espetaculares que deixarão todas essas coisas que aconteceram no passado “no chinelo”.

Nós lemos em Lucas 21:25: “E haverá sinais no sol, na lua, e nas estrelas; e na terra aflição das nações, com perplexidade, [como] o mar e as águas rugindo [numa terrível tormenta].” (VDP).

É claro que não posso prever o que essas coisas serão, mas pode-se imaginar algumas possibilidades muito terríveis. Como mencionado em outro capítulo desse livro, o “quarto selo” do Apocalipse, capítulo 6, poderia indicar um ataque nuclear de larga escala, que impactaria um quarto da terra. O julgamento das sete trombetas e dos sete cálices são também impressionantemente severos.

Apocalipse capítulo 8, versos 7-10 falam sobre um fogo enorme que destrói um terço da terra, um possível meteoro ou um vulcão subaquático que envenena um terço do mar; outro meteoro, cometa ou algo similar que envenena um terço da água potável. Capítulo 9 menciona o que parece ser uma praga global de insetos que picam (ainda que possam ser outra coisa).

Mais adiante em Apocalipse capítulo 16, lemos sobre chagas malignas, o mar e as águas se tornam em “sangue,” um sol escaldante fora de controle, seguido de uma escuridão, imensos terremotos, etc. Parece possível que a terra seja inclusive deslocada de seu eixo – possivelmente por causa de uma colisão com um meteoro – e, como consequência disso: “A terra vai cambalear para lá e para cá como um bêbado, e balançar como uma cabana no vento.” (Is 24:20 NVI).

Esses são apenas alguns dos eventos que a bíblia prediz que acontecerão em breve. O que virá sobre a terra fará com que os desastres de hoje pareçam bem pequenos e insignificantes, mesmo os mais espetaculares.

DESTRUIÇÃO REPENTINA

Aqui nós chegamos a um ponto muito importante. Esses sinais genuínos – os maiores e mais abrangentes que realmente sinalizam o fim – começarão repentinamente. Em vez de uma progressão crescente de desastres naturais que alarmam a população, os verdadeiros sinais iniciarão muito abruptamente, sem avisos, em certo ponto no tempo conhecido apenas por Deus.

Essa forma repentina do “fim”, incluindo os eventos e pragas que virão, é essencialmente bíblica. Nós lemos: “Pois quando estão preparando os planos deles por paz e segurança, então destruição repentina sobrevirá sobre eles, como dores de parto em uma mulher grávida. E eles não escaparão.” (1 Ts 5:3 VDP).

Por favor, note três coisas importantes nessa passagem. Primeiro, estão preparando por “paz e segurança” ou até mesmo proclamando que finalmente alcançaram ambos. Isso nos mostra que o mundo será pego de surpresa. Eles não terão a menor ideia do que vai acontecerá e até chegam a imaginar que as coisas estão melhorando. Não indica uma série de eventos crescentes.

Aqui está um verdadeiro “sinal” que devemos buscar. Esse é claramente um indicador de que estamos próximos do fim. Quando o mundo achar que seus problemas foram resolvidos, quando muitos presumirem que as coisas estão sob controle, quando os líderes imaginam que finalmente resolveram as coisas, será nesse cenário que essas catástrofes enormes e sem precedentes vão começar.

Quando todos menos esperarem essas calamidades sobrevirão.Em segundo, como já foi mencionado, essa destruição será “repentina. ” Ela virá sem aviso. Ninguém estará esperando, exceto aqueles poucos que tiverem uma comunhão íntima com Jesus. Esse tempo virá “...como um ladrão na noite”, o qual ninguém espera. (1 Ts 5:2).

A “inconsciência”do perigo na parte dos habitantes da terra será o palco desse evento (Lc 21:34).

Não nos parece que haverá um crescimento gradual de calamidades naturais que vão avisar e preparar o mundo para o que está por vir. Ao contrário, será “repentino” e sem avisos.

Em terceiro lugar, não haverá escapatória. Assim que esses eventos se desenrolarem, não haverá como voltar atrás. Nada poderá dete-los. Não haverá lugar para onde correr ou se esconder. Quando Deus começar a derramar o Seu julgamento, será momento dos habitantes da terra fazerem as pazes com Deus.

Outros versículos que nos ensinam que os julgamentos divinos e os desastres que estão por vir acontecerão num tempo de “normalidade” e paz se encontram em Mateus capítulo 24, versos 38-39, onde lemos: “Pois nos dias anteriores ao dilúvio, o povo vivia comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca; e eles nada perceberam, até que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá na vinda do Filho do homem.” (NVI).

Nós também lemos: “E assim como foi nos dias de Noé, também será nos dias do Filho do homem. O povo vivia comendo, bebendo casando-se e sendo dado em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Então veio o dilúvio e os destruiu a todos. Aconteceu a mesma coisa nos dias de Ló. O povo estava comendo e bebendo, comprando e vendendo, plantando e construindo. Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu fogo e enxofre do céu e os destruiu a todos.” (Lc 17:26-30 NVI).

Essas passagens não passam a ideia de uma série de catástrofes e desastres naturais aumentando gradativamente que alertarão os habitantes da terra sobre o julgamento iminente. Nos parece que os povos estavam vivendo suas vidas normalmente.

Eles estavam fazendo as coisas que as pessoas normalmente fazem nos tempos de paz e prosperidade. Em vez de crescerem as suas preocupações à medida que cresciam os vários “sinais” que ocorriam, alertando os da vinda do julgamento, as pessoas pareciam estar inconscientes sobre o que estava prestes a acontecer.

Isso confirma que o julgamento vindouro, no final dos tempos, será tanto repentino como completamente inesperado.

O próprio Jesus disse: “Eis que venho como ladrão!” (Ap 16:15). Ladrões não anunciam sua chegada. Eles vêm no momento exato quando pouquíssimas pessoas estão vigiando. Será da mesma forma na vinda de Jesus. A palavra de Deus será cumprida.

ATAQUES CARDÍACOS

Antes que as catástrofes do fim dos tempos comecem a acontecer, os homens e mulheres da terra, incluindo em especial os governantes e as autoridades, podem chegar a achar que estarão prontos para o que quer que venha a acontecer. Eles provavelmente acreditarão que poderão lidar com qualquer coisa que cruze seus caminhos, seja furacão, enchente, terremoto, fome ou guerra.

Devido aos recursos e a tecnologia de hoje, muitos podem supor que conseguirão lidar com quase tudo. É claro que eles aceitarão a ideia de haver algumas vidas perdidas, mas entenderão que eles, juntos com o resto do mundo, serão capazes de lidar com qualquer situação que venha a surgir.

No entanto, este não será o caso. Os eventos que sinalizarão o fim dessa era serão muito maiores que qualquer um possa suportar. Eles serão catástrofes que irão superar qualquer coisa que o mundo tenha visto desde o segundo verso de Gênesis. Os eventos que sinalizarão o fim desta era estarão tão fora do alcance humano, tão maiores do que o que alguém possa imaginar, que ninguém saberá o que fazer.

“E haverá... na terra aflição entre as nações, serão em tanta confusão e tumulto, que seria como as águas do mar balançando e rugindo numa terrível tempestade.” (Lc 21:25 VDP).

Os líderes das nações não terão a menor ideia do que fazer. As pessoas simplesmente entrarão em total desespero. Elas se encontrarão sem qualquer resposta e em profundo medo e perplexidade. Jesus parece descrever isso tudo como se fosse estar no meio de uma imensa tempestade no mar, onde o barco fica totalmente sem controle humano e fica à mercê do vento e das ondas. É capaz de muitos morrerem de ataques do coração só por conta das notícias sobre essas catástrofes.

Sem dúvida, no começo, muitos terão ideias e opiniões sobre os eventos, mas onda após onda do desastre começar a acontecer, ninguém terá força para fazer algo. O tempo do Julgamento de Deus terá iniciado.

NÃO CONFIEM

Neste tempo, as condições do mundo tornar-se-hão perigosas. Como resultado de toda confusão gerada, muitos farão coisas que sob circunstâncias normais sequer pensariam em fazer. A pressão gerada pela condição das pessoas as forçará a tomar atitudes drásticas, desesperadas, à medida que tentam se livrar de sofrimento e perda.

As normas, convívio em sociedade, serão desfeitas. A lei e a ordem desaparecerão.

Diante dessa situação de tamanho estresse, o mal que está escondido dentro dos corações de homens e mulheres virá à tona. A natureza carnal aflorarão e tornar-se-há evidente.

A pressão do que está por vir revelarão o que há de pior na humanidade. A presença repentina de Satanás e de suas hordas espirituais sobre a terra assim que são expulsos do céu exacerbarão essa situação (Ap 12:12). Essa condição chegarão a tal ponto que não darão a mínima sobre matar, ou trair os outros se isso significar a salvarem suas próprias vidas ou terem uma garantia de segurança.

Em Marcos 13:12,13, somos advertidos: “O irmão trairá seu próprio irmão, entregando-o à morte, e o mesmo fará o pai a seu filho. Filhos se rebelarão contra seus pais e os matarão. Todos odiarão vocês por minha causa; mas aquele que perseverar até o fim, será salvo.” (NVI).

Mateus expressa esse sentimento dizendo: “Então eles os entregarão para serem perseguidos e condenados à morte, e vocês serão odiados por todas as nações por minha causa.” (Mt 24:9 NVI).

Durante esses tempos de provação, os cristãos precisarão mudar suas atitudes e seus pensamentos. Aqueles que sofreram por muitos anos sob o domínio e perseguição soviética, ou sob a ocupação nazista na Europa podem nos ensinar muitas coisas. Uma coisa que precisamos descobrir rapidamente é como depender do Espírito Santo para nos guiar.

Quando tudo estiver debaixo de confusão, incluindo boa parte da igreja, devemos nos apoiar em Jesus. Devemos deixar Ele governar cada pensamento e ação nossa. Ele, e somente Ele, deve se tornar nosso guia para que possamos passar por esses momentos na Sua paz.

Outra coisa que precisamos aprender é não confiar nos outros. Isso mesmo. Em tempos tão perigosos, você não deverá falar demais. A informação que você compartilha com outros poderá ser revelada por eles numa traição, conversa informal ou até mesmo tortura.

A bíblia nos ensina que em tempos de extrema perseguição, até mesmo nem nosso cônjuge devemos confiar totalmente. O profeta Miquéias nos adverte: “Não confie nos vizinhos; nem acredite nos amigos. Até com aquela que o abraça tenha cada um cuidado com o que diz.” (Mq 7:5 NVI).

Gostaria de recomendar a todos os leitores que lessem alguns livros de outros autores que passaram por momentos difíceis assim. Livros como O Refúgio Secreto de Corrie Ten Boom ou outros que dão dicas importantes sobre o que chegou a acontecer em situações extremas de perseguição e guerra.

COMO PODEMOS SABER?

Se, como foi sugerido por esse autor, os acontecimentos de terremotos, fome, guerras, pragas, etc. em várias partes do mundo, não são os sinais que devemos esperar, que sinais os cristãos devem se atentar para saberem em que parte da linha do tempo de Deus nós estamos?

Alguns dos verdadeiros sinais já foram mencionados, como por exemplo, todos afirmando que tem “paz e segurança”. Esse é um sinal confiável. Da mesma forma, anteriormente nesse livro nós discutimos o que é conhecido como a “apostasia”. Esse também é um sinal claro e certo do fim.

Em outro lugar, Paulo descreve sobre como as pessoas do fim dos tempos serão. Aqui temos uma pista sólida sobre o assunto. Ele detalha as atitudes e ações daqueles que estarão vivendo pouco antes do fim. Enquanto lemos essa passagem, se reconhecermos a nós mesmos ou a essa atual geração, então, teremos mais um sinal de que estamos próximos do fim.

Nós lemos: “Mas você deve entender isto: nos últimos dias tempos perigosos virão. Porque os homens serão amantes de si mesmos, amantes do dinheiro, jactanciosos, orgulhosos, amaldiçoadores, desobedientes aos pais, ingratos, profanos, sem afeição natural, indispostos a viver em paz com os outros, caluniadores, sem controle de si mesmos, em vez disso controlados por impulsos semelhantes aos dos animais, não amando o que é bom, quebradores de aliança, obstinados, inchados, amando o prazer em vez de amando a Deus.

Alguns desses irão até mesmo professar uma forma de ‘religião’; mas negarão o poder de Deus para libertá-los de seus desejos pecaminosos. Afaste-se de tais pessoas. Pois estes são os tipos de homens que rastejam a si mesmos para as casas de outros homens, e tomam cativas ingênuas mulheres que estão sobrecarregadas de pecados, levadas por várias paixões carnais.” (2 Tm 3:1-6 VDP).

Puxa! Que bando de gente má! Infelizmente, essa passagem descreve precisamente essa geração na qual vivemos. E pior, essas atitudes e ações são muito bem o que nós encontramos na igreja hoje.

De fato, pode ser que Paulo não estivesse tentando descrever a condição de pessoas mundanas no tempo do fim, já que elas são, e sempre foram uma raça caída e pecadora. Em vez disto, parece que essas pessoas mencionadas aqui têm “uma aparência de religião.” Elas parecem ser pessoas que se autoproclamam cristãs.

Como podemos comparar isso tudo com o que encontramos nas igrejas de hoje? Vejamos: o amor a si mesmo não é apenas praticado, mas também ensinado como algo desejável e correto? Existem aqueles no ministério, que não somente estão amontoando dinheiro para si mesmos, como também induzindo aos outros a buscarem por riquezas?

Há algum líder cristão de hoje que seja orgulhoso, arrogante e soberbo sobre o que fizeram e ainda sobre o que “Deus tem feito através deles?” Há algum deles que se enche de uma importância de si mesmo?

E o que falar de igrejas que vemos com membros impuros, cheios de pecado e que ainda assim se auto-justificam? Ou, podemos encontrar alguém nesse meio que não pratica o amor? Será que os membros da igreja de hoje não perdoam os outros quando são destratados ou ofendidos?

Será que encontraríamos “traidores” ou “violadores de pactos?” Ou seja, aqueles que quebram seus votos ou não mantêm sua palavra, o que pode ser facilmente aplicado à questão do divórcio.

E o que falar de fofoca ou calúnia? Podemos encontrar essas coisas no meio dos que se dizem povo de Deus? Seriam alguns desses cabeças duras ou teimosos? Seria possível dizer que alguns perseguem seus próprios entretenimentos e prazeres em vez da vontade de Deus e do Seu reino?

Há por acaso jovens envolvidos em sexo fora do casamento (uns com os outros) desgraçando o nome de Jesus e seu próprio testemunho de vida? Encontramos líderes seduzindo mulheres solteiras e/ou casadas de suas congregações para se deitarem com elas e satisfazerem seus desejos impuros?

Se tudo isso e muito mais é evidente na igreja de hoje, então certamente nós chegamos ao cumprimento da profecia, tanto dos versículos citados acima quanto dos que discutimos amplamente no último capítulo, a respeito da grande apostasia.

Paulo nos adverte a “virarmos as costas” para tais “cristãos”. Não que devamos deixar de amá-los ou de ministrá-los quando for o momento e tivermos a chance. Porém, não é saudável para nossas vidas espirituais que estejamos envolvidos com eles. Não é prudente para nós mantermos um relacionamento e termos comunhão com eles como se nada houvesse de errado.

Isso é porque tais atividades impuras nos influenciam facilmente. Quando andamos constantemente com os que não vivem a vida de Deus, fica fácil para nossa carne aparecer e exigir de nós algum contentamento para si mesma.

Quando nossos companheiros vivem caindo, e de fato vivendo uma vida pecaminosa, prejudica nosso compromisso com Jesus e nosso desejo de vivermos apenas para Ele. Paulo nos admoesta: “Não se deixem enganar: As más companhias corrompem os bons costumes.” (1 Co 15:33 NVI).

Essa é uma verdade espiritual imutável. Não brinque com isso. Não se engane. Se você escolher os rebeldes como seus companheiros, você também será influenciado.

Se você se associar com aquelas pessoas que comprometeram suas consciências por se satisfazerem com as coisas do mundo e que estão brincando com o pecado, você mesmo acabará caindo. Isso é exatamente o que Jesus predisse que acontecerá à medida que se aproxima o fim dos tempos.

Em Mateus 24:12, Jesus, profetizando sobre como seriam as condições daqueles dias, disse: “E porque a iniquidade [pecado] abundará, o amor da grande maioria se esfriará.” (VDP).

Que amor é esse que esfriará? É o nosso amor por Jesus e o nosso amor uns para com os outros. Quando outros, que se dizem cristãos, estão permitindo que o pecado os domine torna-se contagioso. Todos nós vivemos em um corpo decaído e temos desejos carnais contra os quais guerreamos.

Então, quando vemos outros satisfazendo-se com coisas que a nossa carne deseja, isto facilmente enfraquece nossa determinação. Prontamente começamos a justificar os pecados em nós mesmos quando vemos outros praticá-los.

Tais atividades destroem a nossa comunhão com Jesus. Começam a causar turbulência nas nossas consciências e nos dificulta a entrarmos e permanecermos na presença de Deus. Pouco a pouco, nos apartamos do único relacionamento que pode nos transformar na imagem de Cristo.

Nos versículos acima nós aprendemos que os últimos dias serão “tempos perigosos. ” Por que será que esses tempos serão perigosos, especialmente para os cristãos? Uma das razões é exatamente a situação que estamos discutindo aqui.

Um perigo ou risco é que o retrocesso de outros vai te sugar também para a escuridão e para o pecado. Vai também te induzir a fazer coisas que você sabe que são erradas, mas que a sua carne está morrendo de vontade de fazer.

Vai te roubar a transformação e a salvação contínua por desviar o seu coração de Deus e prejudicar o seu relacionamento com Ele. Vai resultar em você ser envergonhado quando Ele vier.

MAIS SINAIS

Como estudamos no último capítulo, dois sinais importantes precedem o fim desta era. O primeiro foi a grande apostasia. O segundo foi a revelação do homem do pecado (2 Ts 2:3). Isso significa que o anticristo será visto e conhecido pelo que ele é antes do dia da volta de Jesus.

Não fica claro, segundo a bíblia, quando o anticristo será “revelado”. Alguns acham que será no início do período de sete anos conhecido como a tribulação. Outros especulam que será no meio desse período, três anos e meio antes do fim.

Mas não há versículo que induza a qualquer dessas duas interpretações. É possível que a identidade da besta seja clara para aqueles que têm intimidade com Deus muitos anos antes dos eventos que marcam o início da grande tribulação. Aqueles, com olhos espirituais, devem poder reconhecê-lo antes dele assumir o poder e iniciar a sua perseguição aos santos.

É extremamente provável que a maioria dos cristãos não reconhecerão o homem do pecado até que seja tarde demais. Devido a ensinamentos errôneos e talvez por pura indiferença, muitos estão olhando para o lado errado quanto a chegada dessa “besta”, ou simplesmente nem estão olhando. Assim, a perseguição e matança de milhões de cristãos chegarão como uma surpresa para eles.

Quero encorajar o leitor a ler ou revisar meu livro anterior, O Anticristo, para mais informações sobre esse assunto relevante e importante.

JERUSALÉM RESTAURADA

Outro sinal importante é a restauração de Jerusalém para os judeus após tantos anos sob domínio gentio. Começaremos nossa investigação em Lucas capítulo 21. Aqui Jesus está ensinando seus discípulos sobre os sinais dos tempos e do fim dessa era. Como parte desta dissertação Ele diz que: “Eu lhes asseguro que não passará esta geração até todas essas coisas aconteçam.” (Lc 21:32 NVI).

Esse versículo tem sido motivo de muito discussão. O que Jesus quis dizer com “essa geração” é frequentemente debatido. No entanto, parece claro que isso deve incluir a geração que presencia certos sinais. Dentre esses sinais está: “...Jerusalém será pisada pelos gentios [ficará sob posse dos gentios] até que o tempo deles se cumpram.” (Lc 21:24 NVI). No ano 70 D.C., o general romano Tito conquistou e destruiu Jerusalém.

Começando naquele momento e até recentemente, ela tem estado debaixo do domínio “gentio”, e não judeu. Mas em 1967 a parte histórica mais antiga de Jerusalém foi parar nas mãos dos Judeus novamente, depois de passarem 2.000 anos. Esse evento é sem dúvida o cumprimento do pronunciamento de Jesus já mencionado.

Isso então nos diria que o fim se dará com mais uma geração a partir desse evento. (Alguns começaram seus cálculos erroneamente a partir do momento em que Israel se tornou uma nação, em 1948. Mas o versículo diz especificamente “Jerusalém”, e não “Israel”.)

Mas quanto tempo isso seria? As palavras exatas que lemos em Lucas são “essa geração não passará.” Se tomarmos a média mundial aproximada, um homem vive hoje cerca de 70 anos.

Logo devemos buscar um período de anos que seja menor que esse, digamos uns 60 anos. Se começarmos no ano 1967 e adicionarmos 60 anos, o cálculo nos leva ao ano de 2027. Com esse cálculo, nós chegamos a um tempo aproximado de quando essas coisas começarão a se desenrolar.

Por favor, lembre-se que nós não estamos tentando acertar um ano, nem uma data exata aqui. Nós não presumimos saber o dia e a hora (Mt 24:36).

Esses pensamentos só nos dão algumas possibilidades.A única fonte confiável na qual podemos nos apoiar é Jesus Cristo. Ele é Aquele que mostrará o que precisamos saber. Somente se estivermos andando em intimidade com Ele aquele dia não “virá sobre vocês inesperadamente.” (Lc 21:34).

FALSOS PROFETAS

Outra predição clara que Jesus nos ensinou é a que, nos últimos tempos, haverá falsos Cristos e falsos profetas. Mesmo que neste momento não vejamos muitos falsos cristos, temos testemunhado uma avalanche de falsos profetas.

O que então constitui um falso profeta e como podemos reconhecer tal pessoa?

Uma das indicações mais claras que alguém é um falso profeta é que esses indivíduos pregam coisas que as pessoas querem ouvir. Ele ou ela não falam de algo que convence do pecado ou que causem ao ouvinte desconforto. Eles sempre falam palavras suaves e convincentes para que os que os ouvem se sintam mais positivos, mais esperançosos e se sintam melhores consigo mesmos.

O falso profeta não diz necessariamente algo que possa ser facilmente identificado como antibíblico. O que eles dizem não está completamente errado. O problema é que eles simplesmente selecionam textos e versículos que provam o que eles querem dizer e o que eles esperam que seja verdadeiro, e deixam de lado as coisas que possam indicar algo diferente ou difícil.

Veja que um falso profeta não fala as palavras que vem do coração de Deus. Ele não tem comunhão íntima com Ele, ouve a Sua palavra, e então, a transmite ao Seu povo. Em vez disso, ele fala palavras de seu próprio coração. Ele diz coisas que ele quer que sejam verdadeiras e as quais ele acredita que outros apreciarão.

Deus nos adverte sobre tais profetas, dizendo: “Não ouçam o que os profetas estão profetizando para vocês; eles os enchem de falsas esperanças. Falam de visões inventadas por eles mesmos, e que não vêm da boca do Senhor.” (Jr 23:16 NVI).

Nós também lemos: “E o Senhor me disse, ‘É mentira o que os profetas estão profetizando em meu nome. Eu não os enviei nem lhes dei ordem nenhuma, nem falei com eles. Eles estão profetizando para vocês falsas visões, adivinhações inúteis e ilusões de suas próprias mentes.’” (Jr 14:14 NVI).

Muitos que estão pregando e profetizando hoje não estão falando a palavra do Senhor. Suas palavras não refletem o que está em Seu coração. Em vez disso, eles falam o que eles e outros querem ouvir e esperam que isso aconteça. “Suas visões são falsas e suas adivinhações, mentiras. Dizem ‘Palavra do Senhor’, quando o Senhor não os enviou; contudo esperam que as suas palavras se cumpram.” (Ez 13:6 NVI).

Todo falso profeta tem um motivo. Ele se desviou da verdade porque, em seu coração, ele quer algo. Ele deseja ser visto e ouvido. Ele deseja a fama.

Ele quer muito o reconhecimento, elogios, seguidores, e até mesmo, dinheiro.

Assim ele modifica suas palavras e compõe sua mensagem como apelo àqueles que o ouvem. Tal pessoa deixou fora o ouvir de Deus (se é que de fato ele ouviu de Deus algum dia) e começou a usar seu “dom” profético para os seus próprios propósitos, para satisfazer seus próprios desejos. Essa, meus amigos, é a essência de um falso profeta. Infelizmente, a igreja de hoje está repleta de tais profetas.

Estão buscando seus próprios interesses e usando a bíblia e a igreja de Deus para alcançá-los. Existem, dentre os pregadores mais populares de hoje em dia, alguns que constroem cuidadosamente suas mensagens para atrair seguidores. Eles incitam prosperidade, cura, sucesso, etc., para atrair aqueles que buscam tais coisas, frequentemente usando algumas falsas “manifestações” e pseudo milagres.

Embora essas mensagens possuam alguma verdade, elas deixam de fora a “intenção completa de Deus.” Elas omitem o sofrimento, a cruz, a perseverança, auto-negação, tornar-se um servo dos outros e não de si mesmo, e tantos outros ingredientes essenciais do verdadeiro evangelho. Assim, tomando apenas uma parte menor da mensagem de Jesus e apresentando como sendo o todo, eles distorcem a verdade e levam outros ao engano.

Por incrível que pareça, um grande número de cristãos será levado por esses profetas. Jesus já predisse que eles “enganariam a muitos” (Mt 24:11). Tais homens frequentemente se tornam populares, ricos e arrebanham multidões. Ainda assim, você não deve se preocupar muito com tudo isso. Isso vai acontecer. É apenas mais um sinal do fim.

A ORDEM DOS EVENTOS

O livro de Apocalipse começa com a revelação de Jesus Cristo em Sua glória. Depois Ele dita a João algumas cartas a serem enviadas às sete igrejas. Alguns entendem essas cartas como referências à condição espiritual da igreja através dos séculos desde a morte de Cristo. Eles as veem como a progressão de sete estados ou fases que a igreja tem vivenciado.

Mesmo que este possa ser o caso, é também verdade que todas essas cartas se aplicam a condição da igreja ao redor do mundo neste momento. É fácil encontrar grupos que demonstram algumas ou todas essas condições nos dias de hoje.

Consequentemente, essas cartas, incluindo seus alertas, admoestações e promessas são todas para nós, nesta geração. Todos nós faríamos muito bem em lê-las cuidadosamente e receber do Senhor o que Ele nos está falando através delas.

Depois das mensagens às igrejas, encontramos no livro de Apocalipse uma série de eventos que são provocados pelo rompimento dos sete selos. Estes selos estão em um pergaminho que ninguém pode abrir, exceto Jesus Cristo. Meu entendimento é que esse pergaminho está cheio de julgamentos. Ninguém pode abrir o pergaminho porque nenhum de nós é digno de julgar os outros. Já que somos todos pecadores, não somos qualificados para julgar.

No entanto, como Jesus viveu uma vida pura e justa – uma vida sem um pecado sequer – Ele é digno de abrir o pergaminho e dar início aos julgamentos de Deus sobre a terra. À medida que os selos são abertos, um a um, uma série de eventos se iniciam na terra.

Entretanto, aqui nós encontramos algo interessante. O último, ou o sétimo selo não parece ser qualquer evento específico, porém parece precipitar outra série de eventos. O último selo se torna, ou dá início, as sete trombetas. Aqui nós entendemos que o sétimo selo são de fato as sete trombetas.

Essas trombetas, cada uma por sua vez, sinalizam alguns julgamentos ou catástrofes. Mesmo assim, a sétima trombeta não possui um evento específico associado a ela. Em vez disso, ela se revela ser o início de outra série de eventos, isto é, os sete cálices da ira de Deus. Então nós vemos que a sétima trombeta é na verdade os sete cálices.

As últimas três trombetas também possuem outro nome. Elas são chamadas de “ais.” Talvez elas sejam chamados de “ais” porque é a partir daí que os julgamentos de Deus se tornam extremamente severos. Incluo aqui um pequeno gráfico que ajuda ao leitor entender melhor como é a ordem dos eventos.

SELOS, TROMBETAS E CÁLICES

Grafico dos trombetas e selos de Apocalipse

Essas três séries de eventos parecem se acelerar à medida que progredimos dos selos para as trombetas e depois, para os cálices. Isso quer dizer que o período entre os primeiros selos se passa em anos, mas vai encurtando à medida que se aproxima o último selo.

O período das trombetas é muito mais rápido. Esses eventos parecem ser separados por meses em vez de muitos anos.

Em seguida os cálices são derramados numa rápida sucessão. Não há tempo suficiente entre esses julgamentos para que a população da terra se recomponha do anterior para o posterior. A bíblia compara essa série de eventos como “dores de parto.” (1 Ts 5:3), que começam devagar e então vão aumentando a frequência e a intensidade até que o bebê finalmente nasça.

Durante a descrição dos julgamentos e dos eventos precipitados pelos selos, trombetas e cálices, nós ocasionalmente encontramos o que poderíamos chamar de “paralelos” ou intervalos. A contínua série de selos e trombetas são periodicamente interrompidas pela narração de outras revelações importantes.

Por exemplo, alguns dos capítulos apresentados aqui anteriormente são investigações desses tipos de visões. A revelação das duas testemunhas e o filho-varão ficam meio que imprensados entre as séries de julgamentos sobre os quais temos falado.

Também incluídos nesses “intervalos” estão: as tribos seladas (Capítulo 7), um anjo com um livro (Capítulo 10), as bestas da terra e do mar (Capítulo 13), O cordeiro e os 144.000 (Capítulo 14), a colheita da terra (Capítulo 14), a multidão no mar de vidro (Capítulo 15), e a Babilônia (Capítulo 17,18). Algumas das mais interessantes e importantes revelações da visão de João são transmitidas a nós pelas coisas descritas nesses “intervalos. ”

Não parece que os eventos inclusos nesses “intervalos” são dados em ordem cronológica. Ou seja, eles não parecem se encaixar exatamente no momento de onde eles aparecem por entre as trombetas, cálices, etc. Não acredito que nós devamos entender esses eventos como ocorrendo exatamente no tempo em que são mencionados em relação aos outros julgamentos.

A IGREJA E A TRIBULAÇÃO

Muitas pessoas se perguntam se a igreja vai ou não passar pela “grande tribulação”. A resposta: “é óbvio que vai.” A bíblia afirma categoricamente essa verdade. Somos ensinados que o arrebatamento ou “a ressurreição dos cristãos” ocorrerá num momento específico no tempo.

Esse momento é: ao soar de algo chamado de “a última trombeta.” Nós lemos: “Eis que eu lhes digo um mistério: Nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta...” (1 Co 15:51,52 NVI).

Aqui temos um fato claro e indiscutível. O arrebatamento ocorrerá ao som da última trombeta. Mas espere! Há sete trombetas que soam durante a “tribulação. ”

Assim, sem nos comportarmos de maneira incoerente e nos cegarmos a isso, devemos entender que a última trombeta pode ser a sétima trombeta do Apocalipse. Isso coloca o momento do arrebatamento muito próximo ao fim da tribulação.

Tentar colocar a “última trombeta” antes das outras sete trombetas que aparecem no livro de Apocalipse é ser irracional e negar o uso apropriado da linguagem. Se você a colocar antes, ela não será a “última.” Em vez disso, ela deveria aparecer como a primeira. Para que seja a última, ela tem que ser de fato a última! Não pode ser antes das outras.

Ainda que haja alguns que, usando algum tipo de malabarismo teológico, tentam fazer dessa última trombeta parte de um grupo de trombetas que não é relacionado ao fim dos tempos, é um esforço vão da parte de tais homens por tentarem fazer a bíblia dizer algo que eles querem em vez de aplicarem o valor nominal do texto.

Outra passagem que nos diz claramente o momento do arrebatamento encontra-se em Mateus 24:29-31, onde lemos: “Imediatamente após a tribulação daqueles dias: ... E ele enviará os seus anjos com grande som de trombeta, e estes reunirão os seus eleitos dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus.” (NVI).

Atente para o som da trombeta aqui! Esse deve ser o mesmo que a “última” trombeta mencionada anteriormente. Consequentemente, essa passagem só pode se referir ao arrebatamento da igreja e a ressurreição dos cristãos mortos.

Há alguns que insistem que os “eleitos” aqui descritos devam ser os judeus, mas não há base nas escrituras para isso. Essa palavra “eleitos” é usada muitas vezes no Novo testamento, sempre se referindo a todos os cristãos, incluindo gentios, nunca se referindo unicamente aos judeus.

O principal argumento que muitos usam para afirmar que a igreja não irá passar pela tribulação é mais ou menos assim: Deus jamais derramaria da Sua ira sobre Seus filhos. Logo, os filhos de Deus não poderão estar presentes na terra durante esse período. Essa afirmação tem alguma base bíblica. Lemos: “Porque Deus não nos destinou para a ira...” (1 Ts 5:9 NVI). Veja também Tessalonicenses 1:10 e Romanos 5:9. É claro que a bíblia não se contradiz, logo, nós devemos achar em suas páginas as respostas que harmonizam todos os versículos que se relacionam a este tópico. Para fazermos isso, há algumas coisas que devemos levar em consideração.

Em primeiro lugar, Deus não derrama o que é chamado de Sua ira até a última parte da tribulação. Esta ira está contida nos cálices. (Ap 15:7; 16:1-21). Como vimos anteriormente, essa trombeta poderia ser, e muito provavelmente é, a última trombeta que sinaliza o arrebatamento. Se assim for, então a igreja será tomada aos céus, não antes da tribulação, mas sim antes da ira de Deus ser derramada!

Em segundo lugar, Apocalipse 7:2 nos fala que os servos de Deus receberão um selo em suas testas. Isso parece que vai ocorrer logo após o sexto selo ser rompido. O propósito deste selo é de proteger os servos de Deus do julgamento vindouro.

Nós aprendemos isso em Apocalipse 9:4, onde lemos: “Eles [os gafanhotos] receberam ordens para não causar dano nem à relva da terra, nem a qual planta ou árvore, mas apenas àqueles que não tinham o selo de Deus na testa.” (NVI).

Mesmo que seja afirmado que os selados são das doze tribos de Israel, esse não é o nosso ponto. O que fica claro aqui é que Deus sela alguns Lhe pertencem para o propósito explícito de protegê-los de Seus julgamentos. Ele não os tira da terra, mas sim os sela e os protege durante esses julgamentos.

Sem dúvida alguma que o nosso Senhor tem plena capacidade de proteger os Seus, ainda que seja no meio de grandes julgamentos.

A história dos filhos de Israel no Egito é um bom exemplo disso. Nos parece que depois da terceira praga, Deus não permitiu que Seus julgamentos caíssem sobre o Seu povo, mas somente sobre os egípcios que moravam perto.

Nós lemos em Êxodo 8:22: “E naquele dia tratarei de maneira diferente a terra de Gósen, onde habita o meu povo; nenhum enxame de moscas se achará ali...” (NVI). Aqui nós vemos um exemplo claro de como Deus pode guardar os Seus, ainda que no meio de uma severa praga.

Assim, é lógico, e também bíblico, concluirmos que Deus tem outras formas de proteger Seus filhos da ira Dele que será derramada além de simplesmente retirar o Seu povo da terra antes de tais eventos.Sendo assim nós devemos concluir que o argumento que insiste que a igreja deve ser arrebatada antes que a tribulação comece, tem duas falhas fundamentais.

A primeira, o argumento viola duas passagens prévias que nos dizem o momento exato do arrebatamento. A segunda, é que a lógica por trás dele não leva em consideração o grande poder de Deus e Sua capacidade de blindar o Seu povo, ainda que no meio de um julgamento.

A PROTEÇÃO DE DEUS

Ainda que tenhamos estabelecido que a ira de Deus não será derramada nos Seus filhos mesmo que em meio a Grande Tribulação, existe o outro lado desta moeda. É bastante claro que Deus, tanto no passado, quanto nos dias de hoje, não protege Seus filhos de todos os tipos de sofrimento. Inúmeros cristãos sofreram no passado e ainda sofrem nos dias de hoje todo tipo de dor, tortura, privação e tentação conhecidas pelo homem.

Estevão, um dos primeiros discípulos, foi apedrejado. Desde aquele momento, homens e mulheres de Deus passaram por todo tipo imaginável de abuso e sofrimento nas mãos de outros homens.

Alguns morreram queimados. Outros foram esfolados vivos. Alguns foram estuprados, outros espancados, morreram de fome, foram humilhados, decapitados, enterrados vivos ou passaram por todo tipo de tortura e agonia que se possa conceber. Se você tiver coragem de ler, no Livro dos Mártires de Fox você achará os detalhes de muitos desses incidentes.

Deus não protegeu essas pessoas mesmo que é claro que Ele os amava. Pelo contrário, Ele permitiu que eles sofressem. Então, ninguém deveria se surpreender com isso. O fato dos filhos de Deus poderem e de fato sofrerem é algo que Ele predisse. Ele disse: “No mundo vocês terão aflições [tribulações], contudo, tenham ânimo. Eu venci o mundo.” (Jo 16:33 NVI).

Em outro lugar Ele disse: “Então [nos tempos do fim] eles os entregarão para serem perseguidos e condenados à morte, e vocês serão odiados por todas as nações por minha causa.” (Mt 24:9 NVI).

Logo vemos que a tribulação ou sofrimento é algo que Jesus nos avisou que aconteceria. Todo cristão deveria preparar-se para isso. Não devemos imaginar que Deus nos protegerá de todo tipo de perseguição, tribulação e morte. Simplesmente não é assim que funciona.

Não há nada que possa te acontecer, antes ou durante a grande tribulação, que já não tenha acontecido com muitos outros cristãos que já viveram antes. Certamente Deus não nos ama, que vivemos nesta era, mais do que Ele amou aqueles que viveram no passado e que sofreram tais coisas.

Consequentemente, o argumento de que a igreja se safará da grande tribulação porque Deus nunca deixaria Seus filhos sofrerem tribulação ou perseguição, não é válido. Como afirmado anteriormente, Ele não derramará a Sua ira sobre os Seus, mas isso não quer dizer que Ele não vá deixar que os Seus sofram na grande tribulação e que passem perseguições absurdamente severas.

Talvez isso seja além da compreensão dos cristãos em geral, mas a bíblia nos ensina que Deus vai de fato dar permissão especial ao Homem do Pecado, que há de vir para perseguir a igreja. Está escrito: “Foi lhe dado [a besta] poder para guerrear contra os santos e vencê-los.” (Ap 13:7 NVI).

Quem então “dá” a este homem poder? O próprio Deus. Ele é o Único que tem condições de conceder tal poder. Isso é algo que ocorrerá durante a vinda da grande tribulação. Os “santos” mencionados aqui só podem ser os cristãos já que essa mesma palavra é usada por mais de 60 vezes no Novo Testamento para se referir aos cristãos.

Por que Deus faria tal coisa? Talvez uma ilustração nos ajudará a entender. Minha esposa adora cozinhar, logo, não é nenhuma surpresa termos frequentemente pessoas convidadas para jantar. É normal que, à medida que se aproxima a hora do jantar, o assado dentro do forno ainda não esteja pronto. Então o que ela faz? Ela vai até o forno e aumenta a temperatura da chama.

É claro que a hora da volta de Cristo está se aproximando. Talvez seja ainda mais claro que a igreja não está pronta para esse evento. Ela não se encontra sem manchas ou rugas (Ef 5:27). De fato, ela se encontra em um estado espiritual muito pobre, sem santidade e sem tantas outras virtudes divinas. Então, o que Deus fará? Ele vai aumentar a chama. Ele vai usar o mundo e a besta que há de vir para ajudar a aperfeiçoar Sua noiva e deixá-la pronta.

Nós lemos: “Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a perseverança; e a perseverança, o caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança.” (Rm 5:3,4 NVI). E também: “Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança.

E a perseverança dever ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma.” (Tg 1:2-4 NVI).

Então você vê que tribulação, sofrimento ou provações produzem crescimento espiritual acelerado, e modificam o nosso caráter para aquilo que Deus deseja ver. Esses são os meios que nosso Pai utilizarão para ajudar aqueles que estão hoje servindo a si mesmos e não se preparando para a vinda Dele. Perseguição e tribulação vão motivá-los a buscar a Deus desesperadamente, o que vai acelerar seu crescimento e preparação.

Queridos irmãos, não tenho prazer escrever essas coisas, mas precisamos estar preparados para o que está por vir. Nós devemos ajustar nosso pensar para encararmos os eventos do fim dos tempos que se aproximam rapidamente.

Não podemos simplesmente viver em um mundo imaginário igual a um conto de fadas onde todo mundo vive feliz para sempre. A Tribulação, o sofrimento, e o martírio são iminentes. Pode contar com isso.

Logo, busque a face do Senhor pela Sua graça para preparar o seu coração para o que está prestes a acontecer. Além disso, devemos estar prontos para tomarmos qualquer passo, físico e prático, que Ele possa ordenar.

Pedro nos admoesta: “Portanto, já que Cristo sofreu enquanto no corpo físico, preparem-se também com a mesma mentalidade, pois aquele que sofreu na carne desiste de pecar...” (1 Pe 4:1 VDP).

Oh, queridos cristãos! Vocês devem se “armar” espiritualmente. Nós somos advertidos a nos prepararmos emocional e mentalmente para que estejamos prontos para o que está por vir sobre a terra.Gostaria de incluir nessa seção uma estória que eu ouvi sobre alguns cristãos na China. Aquela é uma parte do mundo onde cristãos hoje estão sofrendo tribulações e perseguições. Em um grupo, ao ouvirem que um irmão querido havia sido martirizado por sua fé, muitos dos outros irmãos e irmãs foram encontrados chorando.

Um visitante tentou consolar-los dizendo algo assim: “Não se preocupe, você o verá de novo com o Senhor, etc.” Os que choravam responderam: “Olha, você não entende. Não estamos chorando por ele. Estamos chorando, pois não fomos encontrados dignos de perdermos a nossa vida pelo nosso Salvador como esse irmão foi.” Como isso pode ser comparado a atitude do seu coração hoje?

MUITO POUCOS SOBREVIVENTES

À medida que estudamos a bíblia, somos levados a conclusões bem interessantes. Poucas pessoas, tanto cristãos como não cristãos, vão sobreviver à vinda do fim dos tempos. É possível que tão poucos quanto cerca de 2% ou menos da população serão poupados. Se hoje o número de pessoas no mundo chega à cerca de 7 bilhões, nessa proporção teríamos apenas 140 milhões, ou menos, de pessoas vivas em toda a terra depois que tudo estiver concluído.

Esses sobreviventes provavelmente serão encontrados em pequenos assentamentos espalhados aqui e ali com talvez alguns indivíduos espalhados pelo mundo.

Essa é realmente uma afirmação bem chocante. Como alguém pode chegar a tal conclusão?

Vamos checar alguns versículos que parecem nos ensinar exatamente isso. Em Isaías capítulo 24, encontramos algumas pistas surpreendentes. Do contexto dessa passagem, especialmente os versículos 1-6, parece claro tratar-se de uma descrição da terra no fim dos tempos, depois de passar por grandes julgamentos e destruição.

No versículo 13 lemos: “Pois será no meio da terra, entre os povos, como a sacudidura da oliveira, e como os rabiscos, quando está acabada a vindima.” (ARC). Ainda verso 6: “...e poucos homens restarão.” (ARC).

Nos dias em que essa passagem foi escrita, o azeite era um item muito importante, assim como o vinho. As azeitonas eram colhidas enviando garotos ou homens pequenos entre os galhos das árvores para sacudi-las o máximo que pudessem. As azeitonas maduras caíam no chão, onde eram coletadas.

Pequena quantidade de azeitonas eram deixadas ainda penduradas nos galhos, uma vez que representavam, tanto dinheiro quanto a sobrevivência de quem as colhia. Apenas algumas poucas escondidas e/ou verdes permaneciam nos galhos.

As vinhas eram também cuidadosamente avaliadas em busca de cachos de uvas que representavam o suprimento de vinho do ano seguinte para aquela região. Ainda assim, havia sempre umas poucas uvas que permaneciam escondidas atrás de folhas ou de qualquer outra coisa.

Essa é a analogia que Deus nos dá para explicar a magnitude da perda de vidas humanas que há de acontecer. Poucos, pouquíssimos restarão.

Fica claro que os que colhem deixariam o mínimo possível de frutos. Eles colheriam tudo o que conseguissem. Se perdessem 10% da colheita, isso seria muito. Um número mais razoável seria 2%. Lembre-se da advertência de Deus. Ele disse: “E eles não escaparão.” (1 Ts 5:3).

Nós lemos também: “Pois com fogo e com a espada o Senhor executará julgamento sobre todos os homens, e muitos serão os mortos pela mão do Senhor.” (Is 66:16 NVI).

Há outra passagem que também fala sobre este tempo. Deus diz que são tantos os que serão mortos que o ser humano será tão escasso quanto o ouro e que o ser humano macho será ainda mais raro. Lemos: “Eu farei de um mortal mais raro do que o ouro fino, e um homem mais raro do que a cunha de ouro de Ofir.” (Is 13:12 NKJV).

A razão que sobreviverão mais mulheres que homens está sem dúvida relacionada ao fato de que temos muito mais homens em exércitos que mulheres, muitos dos quais serão aniquilados.

Então, queridos irmãos e irmãs, com tudo isso em mente, deixe-me questioná-los: Onde está o seu coração agora? Você está se apegando desesperadamente a essa vida aqui na terra e às coisas deste mundo?

São as posses, família, entretenimentos e riquezas mais importantes para você do que o reino de Deus? Está sua mente voltada “nas coisas do alto.” (Cl 4:18) ou nas coisas daqui de baixo? O que te prende agora, as coisas invisíveis ou as coisas visíveis. (2 Co 4:18)?

Essas considerações são muitos sérias. O tempo é agora. Não há mais tempo para brincar com as coisas de Deus e com nosso relacionamento com Ele. Acredito que já é hora, agora mesmo, diante de todas essas coisas, para os cristãos examinarem seus corações diante de Deus.

Vamos deixá-Lo nos sondar e nos testar. Então vamos nos arrepender de tudo em nós que Ele nos mostrar que não está preparado nem desejando a Sua vinda.

Somente dessa forma nós seremos capazes de permanecermos fiéis durante os tempos perigosos que estão por vir e nos apresentarmos diante Dele com vestes brancas. (Ap 7:14).

É plenamente possível que durante as últimas partes da tribulação vindoura alguns cristãos sejam protegidos por Deus. Nós lemos que a “mulher” que dá à luz ao filho homem (discutido no capítulo 3 deste livro) tem um lugar “preparado por Deus.” (Ap 12:6). Lá ela é alimentada e mantida segura da grande “enchente” de perseguição com a qual o diabo tenta destruí-la.

No entanto, esse número não pode incluir cristãos em todos os lugares já que lemos posteriormente que o dragão “saiu a fazer guerra com o resto da sua prole, os que seguem as ordens de Deus e os que têm a evidência de Jesus Cristo nas suas vidas.” (Ap 12:17 VDP). Esses só podem ser cristãos.

Mesmo no caso da mulher que foge, é óbvio que a sua vida não será fácil e confortável. Ela fugiu dos lugares familiares e dos confortos habituais. Ela ficará longe dos amigos e família. Ela se encontra no “meio selvagem” que certamente não é um hotel cinco estrelas.

É bem provável que esse grupo de pessoas fugitivas de Deus passarão por grande dificuldade, dureza, medo e sofrimento, mesmo que por alguma razão sejam poupados da morte.

QUE TIPO DE HOMENS?

De acordo com nosso estudo, parece inevitável que um grande número de cristãos será martirizado ou morrerá de outras causas durante os tempos perigosos. Não existe discussão quanto a essa conclusão. Ainda assim, algumas perguntas permanecem.

Como vamos encarar esses fatos quando chegar a nossa vez? Quais serão as nossas atitudes e ações quanto a isso? Nós negaremos a Jesus? Trairemos uns aos outros? Nós gritaremos e choraremos quando as coisas se tornarem assustadoras e difíceis? Será que toda essa pressão vai fazer que a nossa natureza carnal venha à tona e comece a se manifestar de várias maneiras?

Muitos cristãos que partiram antes de nós encararam morte e dificuldades com fé, paz e a vitória em Cristo. Eles venceram o diabo e suas próprias reações carnais, mesmo quando encararam a morte. Suas ações glorificaram seu Salvador que foi quem deu Sua própria vida por eles.

É claro que tais atos destemidos não são naturais. Eles não pertencem à carne ou a esse mundo. Somente a vida de Jesus, em nós, pode vencer nesse sentido.

Alguns podem pensar que a sugestão de que nós encararemos a possibilidade de morte, perseguição ou martírios é algo não cristão ou simplesmente errado. Essas pessoas podem achar que é muito radical, assustador e anormal. Elas podem se ofender e imaginar que um Deus amoroso jamais teria um futuro como esse reservado para nós.

Mesmo assim, o que essas pessoas não querem ver, é que o próprio Jesus nos adverte sobre tal perseguição. Ele nos alerta ao fato que a nossa fé pode nos custar nossas próprias vidas. Ele disse: “...virá o tempo quando quem os matar pensará que está prestando culto a Deus.” (Jo 16:2 NVI).

De fato, há muitos lugares no mundo hoje, onde a escolha por crer em Jesus é uma questão de vida ou morte. Há aqueles que, quando creem, devem lidar com essa escolha. Quando são batizados ou declaram sua fé em Cristo de alguma outra forma, tornam-se sujeitos a assassinato, ainda que por membros de suas próprias famílias.

O fato é que para os cristãos terem que pagar esse tipo de preço por sua fé pode ser mais normal do que o presente estado das coisas no que se refere ao mundo “ocidental”.

Poderíamos dizer que esse cristianismo fácil, confortável e seguro que muitos cristãos desfrutam hoje é uma anomalia. Encarar perseguição e morte tenha sido o real padrão dos cristãos durante a maior parte da história da igreja. Talvez, nós sejamos os que estamos errados.

O tempo do fim está as portas. Será um tempo de provação severa e constante teste da nossa fé. Será um tempo de busca com todo coração, e de decisões importantes para muitos que têm apenas levado suas vidas cristãs sem compromisso. Será um tempo de lidar com a morte e o sofrimento cara-a-cara.

Sendo assim, irmãos, é hora de buscar ao Senhor com todo o coração. É hora de pôr de lado toda e qualquer distração. É hora de nos darmos a Ele completamente e sem reservas para que Ele possa nos transformar, nos enchendo com tudo que Ele é. Somente dessa forma nós estaremos prontos para o que está por vir.

Irmãos, com todas essas coisas em mente, vamos meditar juntos nas seguintes passagens que falam direta e claramente a nós que vivemos no final dessa era:

“Mas o dia do Senhor virá como um ladrão na noite... Assim... que tipo de pessoas vocês devem ser em conduta santa e divina, buscando e apressando a vinda do dia de Deus... sejam diligentes para serem achados em paz, sem mancha e sem culpa...” (2 Pe 3:10-12, 14 NKJV).

Por um lado, os eventos que virão no fim dos tempos são assustadores. Por outro lado, eles são encorajadores, pois nós sabemos que a consumação dos planos de Deus estão próximos a se cumprir. Nós seremos glorificados em breve com Ele e reinaremos com Ele em Seu reino. Consequentemente: “Agora, quando essas coisas começarem a acontecer, olhem para cima, pois a sua redenção se aproxima.” (Lc 21:28 NKJV).

“Assim nós também, já que somos cercados por tão grande nuvem de testemunhas, vamos pôr de lado todo peso, e o pecado que tão facilmente nos assedia, e vamos correr com perseverança a corrida que é posta diante de nós, olhando para Jesus, o autor e consumador da nossa fé, quem pela alegria que foi colocada diante Dele suportou a cruz, desprezando a vergonha, e que se assentou à mão direita do trono de Deus.” (Hb 12:1-2 NKJV).

Final do Capítulo 5

Ler outros capitulos online:

Capítulo 1: AS DUAS TESTEMUNHAS

Capítulo 2: OS QUATRO SELOS

Capítulo 3: O FILHO VARÃO

Capítulo 4: A GRANDE APOSTASIA

Capítulo 5: DESTRUIÇÃO REPENTINA (Capítulo Atual)