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O EVANGELHO ENCOBERTO

A FÉ VERDADEIRA

Capítulo 4

O Evangelho Encoberto, livro por David W. Dyer

Publicacao Grao de Trigo

Escrito por David W. Dyer

ÍNDICE

Capítulo 1: O EVANGELHO ENCOBERTO

Capítulo 2: A VIDA NOVA

Capítulo 3: OUTROS PROBLEMAS DE TRADUÇÕES

Capítulo 4: FÉ VERDADEIRA (Capítulo Atual)

Capítulo 5: TRANSFORMAÇÃO





Capítulo 4: A FÉ VERDADEIRA


Uma vez que sabemos que a verdadeira experiência do evangelho que estamos falando é nossa através da fé, parece necessário gastar algum tempo para investigar o que fé realmente é. Se, em alguns casos, nosso entendimento de fé é insuficiente ou, até mesmo, um erro, isto irá limitar nossa experiência com as maravilhosas verdades que estamos investigando. Infelizmente, este é outro assunto cheio de equívocos.

É muito claro nas Escrituras que nossa salvação é pela graça de Deus através da fé. Não existe razão para alguém duvidar desta verdade preciosa. Contudo, o que significa fé? Como vamos tê-a ou, uma vez que a temos, como poderemos aumentá-la?

Desta forma, como estamos vendo que salvação é algo que nós desesperadamente precisamos mais e mais, é importante entender o que é fé.

Como podemos chegar à fé? Obviamente não é algo que podemos gerar por nós mesmos. Não é resultado de nosso “trabalho” ou esforço próprio.

As Escrituras nos ensinam: “Pois pela graça vocês estão sendo salvos através da fé que não é de vocês, mas em vez disso, é um dom de Deus” (Ef 2:8).

Então percebemos que a verdadeira fé não se origina em nós. Não existe nada que podemos fazer para consegui-la ou ser digno dela. Vem através da graça. É algo que Deus livremente nos dá.

Mas como isso funciona? Como Deus nos dá a fé? Ele nos dá pela revelação de Si mesmo a nós. Nós lemos: “...todo aquele que vê o Filho e crê nele, terá sua vida eterna {ZOÊ}”(Jo 6:40).

Você compreende isso? Jesus nos dá fé pela revelação de Si mesmo a nós. Primeiro, de alguma forma que Ele escolhe, Ele nos mostra alguma coisa sobre Si mesmo ou fala conosco. Então, nossa reação a esta revelação é chamada “fé”. Esta verdade é reafirmada a nós no evangelho de João, onde lemos: “Este foi o começo dos sinais que Jesus fez em Caná da Galileia através dos quais ele manifestou sua glória – e seus discípulos creram nele” (Jo 2:11). A fé dos discípulos foi resultado de verem Sua glória.

Abraão, o “pai da fé”, obteve sua fé exatamente da mesma forma. Primeiro, “...a palavra do Senhor veio a Abraão numa visão...” (Gn 15:1). Então, “...ele creu no Senhor, que contabilizou isso para ele como justiça” (Gn 15:6).

Desta forma vemos que fé vem pela revelação de Deus a nós. Nossa reação a esta revelação Dele é chamada “fé”. Por isso Ele é chamado o “...autor e consumador da nossa fé” (NKJV). Outro versículo diz: “...Jesus, o autor e aperfeiçoador de

nossa fé” (Hb 12:2). Nossa fé começa com Ele e é aperfeiçoada por Ele à medida que Ele mostra cada vez mais de Si mesmo a nós. E ainda outro verso popular que confirma esta verdade é Romanos 10:17 onde lemos: “Então a fé vem através de ouvir e ouvir pela palavra {RHEMA, grego} que é falada por Deus”.

Por favor, note que a palavra grega aqui não é LOGOS, que poderia significar a Bíblia, mas palavras que Deus efetivamente fala a nós.

Toda fé verdadeira é resultado da revelação de Deus. Não é um exercício mental ou intelectual. Não é nada que podemos alcançar por nós mesmos. Não é resultado de estudo bíblico, memorização, ou repetição constante de versículos. Tudo isso é apenas esforço da carne através da mente humana. Embora muitos cristãos estejam ocupados com estas coisas esperando ter mais fé, nada mais é do que esforço vão.

Muitos cristãos estão tentando chegar à fé nesta forma carnal. Eles estão tentando “crer” em muitas verdades das Escrituras, esperando que através deste exercício, estas preciosas verdades se tornem reais em suas vidas.

Isto é totalmente ineficaz, onde o natural quer alcançar algo espiritual. É utilizar os esforços da alma (PSUCHÊ) para tentar e produzir algo que acontece apenas através do Espírito de vida (ZOÊ).

Enquanto alguns poderiam se esforçar para convencer a si mesmos de alguma verdade bíblica ou outra usando estes métodos, esta não é a fé verdadeira. A fonte da fé não é desta terra. Ela não vem de nós mesmos. É um dom que vem de Deus.

A verdade que é Deus quem nos dá fé é enfatizada na linguagem original do Novo Testamento. Existem muitas passagens onde algumas traduções dizem “fé em Jesus”, mas o grego real diz: “a fé de Jesus” (Rm 3:22,26; Gl 2:16, 3:22; Ap 14:12 como exemplos). Este é um significado diferente. A fé, de fato, vem Dele, e não de nós mesmos.

Como exemplo da forma que muitos cristãos tentam “crer” nos versos bíblicos, examinemos 2 Coríntios 5:17. Este é um versículo no qual descobri que muitos cristãos tentam acreditar, mesmo sem resultados. Como este verso é encontrado na Bíblia, eles estão certos que deve ser verdadeiro. Eles tentam e tentam acreditar, mas a experiência deles é totalmente diferente do que estão lendo.

Na versão King James nós lemos: “Assim que, se alguém está em Cristo, ele é uma nova criação; as coisas velhas já passaram; eis que todas as coisas se tornaram novas”. Quando analisamos honestamente este verso, ele não parece encaixar em nossa experiência. O fato é que nem todas as “coisas velhas” já passaram. Muitas delas estão ainda aqui. Além disso, nem tudo se tornou novo. Isto é simplesmente não verdadeiro em nossa experiência.

Todavia muitos e muitos cristãos estão tentando “crer” neste verso. Eles estão tentando desesperadamente imaginar que o que ainda parece ser “velho” não é, de fato, real. Eles estão tentando convencer a si mesmos que “tudo se tornou novo”. Eles estão tentando a todo custo “acreditar na Bíblia”.

Infelizmente, em relação a este versículo em 2 Coríntios, nossa tradução do Novo Testamento novamente falhou. Você notou que as palavras “ele é” na frase “ele é uma nova criação” estão em itálico? É porque elas não estão no texto original. Não existe o pronome pessoal “ele” no grego.

E também a palavra grega traduzida “passaram” poderia ser muito melhor traduzida “ultrapassada”. Com isto em mente, gostaria de apresentar uma tradução alternativa que creio se encaixa melhor em nossa experiência.

“Quando alguém está em Cristo, existe uma nova criação dentro dele. O homem original {natural} tem sido ultrapassado {“ir além de”, grego}. Veja, um ser completamente novo foi gerado [o novo homem espiritual]”. Este, então, é algo que parece mais real. Ele combina muito mais com nossa experiência como cristãos.

A verdade é que usando nossos poderes mentais para tentar e criar fé, na realidade, prejudicamos nossa fé. Quando aplicamos nossa mente para tentar e “crer” em algo, e isso não se torna realidade, este fato torna nossa vida espiritual mais e mais imaginária e menos experimental. Muitos, através do esforço continuado de algum tipo de exercício mental, se tornam desencorajados e até mesmo perdem a fé que tinham.

Uma vez que o que eles estão tentando “crer” não acontece para eles, então perdem a esperança e começam a duvidar da verdade do evangelho. Esta triste situação se torna cada vez pior quando eles estão tentando crer em versos que não foram muito bem traduzidos.

Também é muito comum para os cristãos que tentam acreditar desta forma terminarem em fantasias e erros. Como o que eles estão tentando crer não é real para eles, a vida espiritual deles se torna cheia de imaginação.

Portanto, eles são facilmente levados a “crer” em toda sorte de bobagens, “visões”, revelações, ensinamentos, etc., os quais tem pouca, ou nenhuma, base na realidade. Esta condição comum é um resultado de tentar ter uma “fé” mental em coisas que não são, de fato, reais em nossa experiência. As igrejas atuais estão cheias destas fantasias.

Então vemos que a verdadeira fé é a que Deus nos dá através da revelação de Si mesmo a nós. É uma convicção espiritual que recebemos à medida que respondemos positivamente a tudo o que Ele está revelando a nós acerca de Si mesmo.

Isto fica muito claro em Hebreus 11:1,2 onde lemos: “Agora fé é quando o que é esperado se torna real para nós [no espírito]. É quando temos uma convicção interior genuína em relação às coisas que não vemos fisicamente. Foi assim que os antigos receberam aprovação de Deus”. Esta é a fé que nos é dada por Deus.

Vamos supor que chegamos à fé através de Jesus revelar a Si mesmo a nós. Mas descobrimos que precisamos mais fé. A fé que temos é limitada e não está nos levando à plenitude da salvação que temos consciência que precisamos.

Como poderemos ter mais fé? Podemos ter mais fé simplesmente pedindo a Deus. Como Ele é a fonte, quando O buscamos, Ele revelará mais de Si mesmo a nós. Ele nos mostrará a Si mesmo, Seus planos, e Seus propósitos (Lc 11:9). Então nossa fé crescerá na medida em que respondamos positivamente ao que Ele está nos revelando. Isto não exige força mental ou determinação humana.

JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ

Quando Jesus primeiramente Se revelou a nós e cremos, nos tornamos “nascidos do alto” (Jo 3:3). Nos tornamos filhos de Deus. Naquele momento, por causa da fé, Deus nos considerou justificados. Isto significa que Ele não considerou nossos defeitos e interagiu conosco como se fossemos completamente justos. Isto é o que é chamado de “justificação pela fé”.

Contudo, após Jesus primeiramente revelar-Se a nós, Ele não parou por aí. Ele continua Se revelando a cada dia de várias maneiras. Então, nós podemos continuar reagindo a esta revelação em fé, que é por acreditar no que Ele está nos mostrando e agir de acordo com isso.

A revelação que Deus faz de Si mesmo a nós é um processo interminável ao longo da vida. Todos os dias Ele está nos conduzindo mais e mais em direção à Sua vontade. Ele continua falando conosco. Ele continua revelando a Si mesmo, Sua vontade, e Sua direção. Nossa parte é crer e segui-Lo no que Ele está nos revelando.

Mas o que acontece se pararmos de crer? O que acontece se não respondemos em fé ao que Jesus está dizendo a nós? O que acontece quando resistimos à Sua vontade e não fazemos o que Ele está nos pedindo? Pode acontecer que Ele ainda nos considere como justos? A resposta a esta pergunta tem muito a ver com nosso novo entendimento do tempo verbal aoristo no Novo Testamento. (Se você esqueceu, retorne à discussão sobre o tempo aoristo no capítulo 3).

Por exemplo, lemos em Atos 13:39: “...e que por ele, todo aquele que está crendo está sendo considerado justo...” além deste, Romanos 3:24 nos ensina que nós estamos: “...sendo justificados livremente por sua graça...” (NKJV).

À medida que vamos respondendo em fé ao que Jesus está revelando de Si mesmo a nós, Ele não mais considera nosso pecado e passa a nos tratar como justos. Assim, nós “estamos sendo justificados” pela fé Nele.

Mas quando nós não cremos, quando resistimos à Sua vontade, quando nos rebelamos contra o que Ele está nos mostrando, então esta justificação não tem mais efeito. Quando paramos de crer, paramos de ser justificados. Isto significa que Deus não está mais olhando para nós como uma pessoa “justa”.

Isto significa que estamos perdidos? De forma alguma! Uma vez que somos “nascidos do alto”, seremos sempre filhos de Deus. Sua vida eterna é, realmente, eterna. Porém, quando resistimos ao que Ele revela ou nos rebelamos, Ele sabe disso. Nada é encoberto Dele. Ele, então, não mais lida conosco como filhos justos, mas como filhos e filhas rebeldes.

Tiago, em sua epístola, deixou isso bem claro. Ele disse que nossa fé pode morrer. Ela pode se tornar inativa, sem produzir resultados em nossas vidas. Ele nos mostra que se nossa fé não mais produz em nós resultados positivos e obedientes, ela se torna morta e não mais nos justifica. Nós lemos: “Pois como um corpo separado do espírito é um cadáver, da mesma forma a fé separada das ações é morta” (Tg 2:26).

Esta afirmação foi escrita por ele para abordar o mesmo assunto que estamos investigando: ser considerado justos pela fé. Ele estava tentando explicar que a fé morta e inativa não nos justifica.

Embora ainda sejamos filhos de Deus e amados por Ele, Ele não é cego para supor que somos justos quando estamos vivendo em rebelião contra Ele. Para continuarmos sendo considerados justificados pela fé à despeito de nossos defeitos, precisamos continuar crendo. Devemos continuar respondendo em fé a tudo o que Ele está nos revelando.

Apenas crer uma vez, há muito tempo atrás, não é suficiente para ser considerado justo hoje. É a nossa fé diária que resulta em nossa justificação diária. Se e quando percebemos que temos desobedecido a Ele e não correspondendo ao que Ele está revelando a nós, então precisamos de arrependimento. Precisamos retornar e começar a fazer Sua vontade. Devemos começar a crer ativamente em tudo o que Ele está nos falando.

Por exemplo, lemos em Gênesis 35:1: “Então Deus disse a Jacó, ‘levanta-te, vá para Betel e permaneça lá, e faça um altar lá para Deus...’”

Mas vamos supor que Jacó não fosse a Betel e nem obedecesse o que Deus disse a ele. Deus ainda estaria satisfeito com ele? O que aconteceria se ele pensasse em seu coração algo como: “Que diferença faz o local onde eu edifico um altar? Deus está em todo lugar. É inconveniente mover todas as coisas para Betel. Vou permanecer aqui e servir a Deus onde estou. Isto será suficiente”. Uma coisa dessas satisfaria o desejo de Deus? Deus ainda consideraria Jacó como justo?

Deus só vai continuar nos tratando como justos, um povo justificado, quando obedecermos a Ele e respondermos em fé a tudo o que está nos revelando.

Esta verdade se aplica igualmente a nós quando estamos vivendo em pecado consciente. Quando continuamos em pecado, Deus nos fala acerca de Seu desapontamento em nosso espírito. Ele revela Sua vontade a nós em relação à nossas práticas pecaminosas. Ele não permanece quieto acerca destas coisas.

Quando correspondemos em fé através do arrependimento, então Ele nos considera justificados. Mas quando resistimos à Sua revelação, endurecendo nosso coração e rejeitando a responder ao que Ele nos está dizendo, então Ele não nos considera justos. Ele pensa de nós exatamente o que somos: pecadores, rebeldes, filhos que precisam de correção e disciplina.

A FÉ NÃO É EM FATOS

Outro aspecto importante da fé que faz com que Deus nos considere justos é que esta fé não é em fatos. Não é nossa crença em verdades históricas acerca de Jesus. Por exemplo, não somos justificados simplesmente por crer que Jesus morreu por nós, ressuscitou dos mortos pelos nossos pecados, etc. Sinto muito, isso não é suficiente. Nós devemos crer na Pessoa, e não meramente em fatos. Fatos não podem nos salvar. Somente Jesus pode fazer isso.

Como temos visto, para crermos em Jesus, devemos primeiramente ter visto Ele. Ele deve ter Se revelado a nós de alguma forma. Então, e somente então, nós podemos crer em um caminho que nos levará a ser regenerados (ser nascidos do alto) e ser considerados justificados por Deus. Ninguém pode ser verdadeiramente convertido sem ter um encontro pessoal e real com o próprio Jesus. Nós devemos, de fato, ter um encontro com Jesus!

Além disso, a verdadeira fé não é acreditar em verdades bíblicas. Não é suficiente crer na Bíblia. Não é adequado apenas ser convencido mentalmente da verdade de alguns versículos bíblicos. Não é suficiente recitar credos e tentar se convencer da verdade que existe neles.

Fatos, mesmo aqueles comprovadamente históricos, não podem nos salvar. Versos bíblicos também não podem nos salvar, ao menos que Deus nos revele a Si mesmo por meio deles. Somente Jesus salva. E mais uma vez nós lemos: “...todo aquele que vê o Filho e crê ‘para dentro’ dele, terá sua vida eterna” (Jo 6:40)

“PARA DENTRO” DELE

Você notou a frase “para dentro” neste verso que afirma que devemos crer “para dentro” dele? Na linguagem grega a palavra é “EIS” que é definida como: “Uma preposição primária; para dentro ou dentro (indicando o ponto alcançado ou onde se entrou)”. Como você vê, não significa apenas “em” como se estivéssemos crendo “em” algum fato. O grego antigo tem uma outra palavra para “em”.

Mas esta palavra EIS quer dizer “para dentro”, indicando uma mudança de posição. Nossa fé genuína produz movimento. Nós realmente entramos dentro de Jesus. Nossa fé nos leva para dentro Dele, e Ele para dentro de nós, de forma que impacta radicalmente nossas vidas. Isto nos transforma. Permite que recebamos Sua própria vida e sermos “nascidos do alto”. E isso faz com que o Pai nos considere como justos. Isto é a verdadeira fé bíblica.

Mais uma vez, podemos ver um “evangelho encoberto” aqui. Um é o evangelho que enfatiza a crença em fatos, credos, doutrinas, versículos bíblicos, etc. é um tipo de mensagem muito seca, intelectual, conceitual, com muito pouca, ou talvez nenhuma, experiência com Jesus ressurreto.

Parece estabelecer que uma vez que “cremos”, a partir dai Deus nos considera justos, não importa o que poderíamos fazer, dizer ou pensar. É uma religião similar a que os fariseus tinham e que era baseada na análise que eles faziam das Escrituras. É algo que não parece muito verdadeiro, que não causa impacto profundamente em nossas vidas, e que não nos muda muito.

O “outro” evangelho é aquele de intimidade, um relacionamento genuíno com Jesus através do qual entendemos o que Ele está dizendo e fazendo todos os dias, e correspondemos a estas revelações através da fé. Desta forma, estamos caminhando com Ele e Ele está nos considerando justos.

Este é o resultado de Sua graça e amor. Este evangelho gera mudança de vida (realmente, de troca de vida), traz um poder que nos liberta de quem e do que somos. Esta é a mensagem que realmente nos liberta do pecado.

Final do Capítulo 4

Ler outros capitulos online:

Capítulo 1: O EVANGELHO ENCOBERTO

Capítulo 2: A VIDA NOVA

Capítulo 3: OUTROS PROBLEMAS DE TRADUÇÕES

Capítulo 4: FÉ VERDADEIRA (Capítulo Atual)

Capítulo 5: TRANSFORMAÇÃO