Ministério Grão De Trigo

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Venha Teu Reino

OBRAS DE FÉ

Capítulo 13

Venha Teu Reino, livro por David W. Dyer

Publicacao Grao de Trigo

Escrito por David W. Dyer

ÍNDICE

Capítulo 1: VENHA O TEU REINO

Capítulo 2: OS DOIS REINOS

Capítulo 3: UMA BREVE CRONOLOGIA

Capítulo 4: O DIA DO SENHOR

Capítulo 5: NO PRINCÍPIO

Capítulo 6: A ORDEM DE DEUS – A FALHA DO HOMEM

Capítulo 7: O REINO DE DEUS ESTÁ NO MEIO DE VÓS

Capítulo 8: “SENHOR, SENHOR”

Capítulo 9: UMA JUSTA RECOMPENSA

Capítulo 10: PERDÃO E JULGAMENTO

Capítulo 11: O FILHO VARÃO

Capítulo 12: VIVENDO EM VITÓRIA

Capítulo 13: OBRAS DE FÉ (Capítulo Atual)

Capítulo 14: UMA PALAVRA DE ENCORAJAMENTO



Capítulo 13: OBRAS DE FÉ


A salvação vem pela graça, por meio da fé. Nestes dias, quase todos os cristãos que têm acesso à Bíblia compreendem esse fato. Não há nada que possamos fazer por nós mesmos que agrade a Deus, para fazer com que Ele nos salve. Foi somente pela Sua grande misericórdia e pelo tremendo amor que Ele tem por nós, que Ele mandou Seu Filho para morrer em nosso lugar.

Nenhuma obra que façamos irá nos trazer salvação, mas apenas a aplicação do grande sacrifício que Jesus fez. Quando nós verdadeiramente nos arrependemos de nossos pecados e cremos Nele, então Deus nos perdoa. Ele fica satisfeito com a perfeita oferta de Seu Filho e nos recebe entre os bem amados. Isto é algo que cada cristão deveria compreender.

Embora seja assim em relação à salvação, no que diz respeito à entrada de um crente no Reino Milenar, isto é baseado em suas obras, conforme estivemos aprendendo nos capítulos anteriores. Quando estivermos diante do Tribunal de Cristo, vamos prestar contas das obras feitas, enquanto estivemos em nossos corpos naturais, sejam elas boas ou más (2 Co 5:10). Também, Jesus disse que Ele vai retribuir a cada homem segundo as suas obras (Ap 2:23).

Isto nos parece uma aparente contradição. Por um lado, salvação é um dom gratuito de Deus, por meio de Cristo Jesus, e, por outro lado, quando aparecermos diante Dele, Ele nos julgará de acordo com nossas obras. Receber a vida eterna é realmente pela graça, e não por nós mesmos. Mas, nossa entrada no Reino Milenar é outra coisa. Nossa entrada lá será determinada por aquilo que fizermos com o que Deus nos deu. Jesus nos supriu com um dom indescritível, e Ele espera que façamos algo com o dom que Ele nos deu, enquanto Ele estiver longe.

Assim como Jesus gastou o Seu tempo fazendo a vontade do Pai, assim também nós deveríamos produzir frutos para Deus. Quando um fazendeiro planta sementes no chão, ele o faz na expectativa de que elas crescerão e produzirão frutos. Da mesma forma, Deus espera que nós apresentemos obras que O irão glorificar. Pedro escreve que nós não deveríamos ser nem inativos, nem infrutíferos no conhecimento de Deus (2 Pe 1:8).

Deus requer que pratiquemos boas obras enquanto estivermos nesta Terra (Ef 2:10). Por meio de Jesus, Ele nos deu nova vida e incumbiu-nos com uma grande comissão. Seu propósito, ao fazer isto, era que nós usássemos nosso tempo, aqui, para servi-Lo, ajudando-O a cumprir Sua vontade.

Paulo, o apóstolo, estimulou Timóteo a se empenhar para ser um trabalhador “que não precisava envergonhar-se” (2 Tm 2:15). Nós também devemos seguir seu exemplo, para não nos sentirmos envergonhados naquele Dia. Se chegarmos diante do Trono Dele, com mãos vazias, não tendo feito nada para construir o Reino Dele, sem dúvida, vamos sentir muita vergonha.

Há uma outra parábola interessante do Reino, encontrada em Mateus, capítulo 22, que trata do assunto das vestes de um casamento. Lemos no começo do versículo 11: “Mas quando o rei entrou para ver os convidados (da festa do casamento), ele viu um homem que não estava usando veste nupcial. E lhe perguntou: ‘Amigo, como você entrou aqui sem veste nupcial?’ O homem emudeceu. Então o rei disse aos que serviam: ‘Amarrem-lhe as mãos e os pés, e lancem-no para fora, nas trevas; ali, haverá choro e ranger de dentes’. Pois muitos são chamados, mas poucos são escolhidos.” (Mt 22:11-14 NVI). Àquele pobre homem, obviamente, faltava algum requisito para entrar na “festa do casamento”, no Reino. Qual era esta exigência? Era estar vestido com as boas obras da fé. Apocalipse 19:8 mostra-nos que as vestes de casamento são, de fato, boas obras, porque lemos que a noiva deverá adornar-se com fino linho, branco e puro; e “o linho fino são os atos justos dos santos.” (Ap 19:8 NVI).

PROVADOS PELO FOGO

Então, compreendemos que as boas obras são necessárias e desejáveis. Cada crente deve estar produzindo essas obras. Mas, também é claro nas Escrituras, que nem todo tipo de esforço pelo Senhor será aceitável. As obras que praticamos em nome de Jesus devem ser de um tipo especial, para qualificar-nos para uma boa recompensa. Quando o Dia do Senhor chegar, todas as obras que fizemos serão passadas pelo fogo.

1 Coríntios 3:12-15 diz: “Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo.” Este fogo que irá testar nossas obras, creio que é nada menos que a presença do Deus eterno, “...porque o nosso Deus é fogo consumidor.” (Hb 12:29). A intensidade de Sua presença e a glória de Seu semblante rapidamente revelarão a natureza de nossas atividades.

A frase “sofrerá perda”, usada em Coríntios, deve incluir a perda da herança do Reino Milenar, já que esta herança é uma das recompensas que o fiel irá receber. Embora haja muitos tipos de recompensa mencionados na Bíblia, tais como vários tipos de coroas, muitas das recompensas podem ser compreendidas no contexto do Reino. Coroas, mesmo, falam de Reino e de reinar, o que será exatamente o papel dos crentes que forem considerados dignos.

Ainda na passagem de Coríntios, encontramos mencionados dois tipos de obras: de madeira, feno e palha; e de ouro, prata e pedras preciosas. As de materiais valiosos suportam o teste e nos habilitam a receber uma recompensa; enquanto as de ítens inflamáveis são consumidas, expondo a nossa desobediência e, assim, nos desqualificando para entrar no Reino.

Já que as obras que praticamos são tão decisivas para determinar se vamos ou não ser aprovados, quando estivermos diante do Senhor, vale a pena tomar algum tempo para discutir a natureza delas, em toda a sua extensão.

Cada crente deveria ter uma boa compreensão de quais atividades irão agradar a Deus e quais não o farão. Muitos cristãos, sendo ignorantes a respeito dos critérios de Deus, facilmente podem perder seu tempo fazendo algo que Deus não deseja. Começando a examinar este assunto tão importante, vamos discutir o tipo de obras que é rejeitado por Deus. Mais tarde, iremos olhar as gloriosas verdades sobre o que é que O agrada. Embora precisemos estar falando um pouco, aqui, sobre coisas negativas e desagradáveis, é essencial para cada seguidor de Jesus, ter uma firme compreensão destas verdades. Então, por favor, suporte comigo, à medida que caminhamos mais longe juntos.

MADEIRA, FENO E PALHA

Certamente, todos nós deveríamos saber que as obras que fazemos enquanto Jesus está longe, não são obras da lei, porque as Escrituras dizem que “...ninguém será justificado diante dele por obras da lei...” (Rm 3:20). Embora isto devesse ser óbvio para alguém que abre sua Bíblia e medita nas coisas de Deus, há um grande movimento, hoje, encorajando os crentes a retornar à lei. É um novo vento de doutrina e, em certas partes do mundo, tornou-se uma mania voltar ao Judaísmo do Velho Testamento. Parece que há muitos que falharam em entrar além do véu e estabelecer um relacionamento íntimo com o próprio Deus. Ou talvez, com o correr dos anos, a relação com Ele se tornou distante, maçante ou fria.

Então, esses crentes estão procurando um modo humano, superficial, de se sentir bem consigo mesmos e pensar que estão servindo o Senhor. Sem aproveitar o tipo de relacionamento com o Invisível, que os justifica dia a dia, eles procuram uma outra possibilidade para satisfazer suas consciências e sentir que estão fazendo a coisa certa.

Eles se ocupam com rituais do Velho Testamento e com a terminologias, festivais e práticas, achando que isto irá, de algum modo, preencher o vazio. No entanto, como todos deveríamos saber, a lei e todos os mandamentos são fracos, porque só funcionam por meio dos esforços da carne (Rm 8:3). Portanto, eles não podem produzir o tipo de obras que passarão no teste naquele Dia.

OS PRINCÍPIOS

Além disso, cada crente deveria estar ciente de que tentar fazer a coisa certa, de acordo com os princípios do Novo Testamento, também não será aceitável para Deus. Apesar de alguns terem compreendido que a lei não pode produzir justiça, eles, talvez sem saber, desenvolveram um outro tipo de lei, composta por princípios do Novo Testamento.

Eles pesquisaram os Evangelhos e as Epístolas e sintetizaram um tipo de código “espiritual” de ética e comportamento, pelo qual tentam conduzir suas vidas. Fazem todo esforço para seguir estes princípios. São zelosos por realizar a coisa certa.

Mas, ainda uma vez, este tipo de obras só é feito pelos esforços do homem natural. Os que têm uma forte vontade e determinação podem, talvez, fazer uma boa demonstração de como seguir esses vários princípios. Entretanto, seus esforços produzem materiais muito inflamáveis.

Aqueles que estão vivendo somente por diretivas exteriores, encontradas nas Escrituras, serão aqueles a quem Jesus dirá “afastem-se de mim vocês, que praticam o mal” ou insubmissão (Mt 7:23). Significativamente, a quantidade dos que estarão nesta categoria será grande, serão “muitos”, ali (Mt 7:22).

Tentar cumprir os preceitos da Bíblia em nós mesmos é realmente um ato de rebelião contra Deus. É uma espécie de rebeldia, porque é algo feito pela carne e não pela vida Dele operando em nós.

Alguns daqueles que serão rejeitados eram indivíduos que fizeram coisas impressionantes em nome de Jesus: pregaram e profetizaram; expulsaram demônios; fizeram obras extraordinárias; e até mesmo milagres. Talvez tenham construído grandes catedrais e tido ministérios de expressiva projeção. Mas nada disto foi feito em verdadeira submissão a Ele. Eram apenas obras da carne. Todas essas coisas foram feitas pela energia e sabedoria humanas, agindo independentes de Deus.

Podemos admitir que essas mesmas pessoas viveram, pelo menos exteriormente, vidas dignas, e talvez os que as conheceram se impressionassem com o seu cristianismo. Mas, vida decente, milagres, belas construções e mensagens eloqüentes não agradam ao Pai.

O Pai só se satisfaz com o Seu Filho, e quando Ele O vê vivendo em nós, e trabalhando por meio de nós. O caminho de Jesus é o de completa dependência e submissão a Ele mesmo. Seu caminho para nós é simplesmente permanecer Nele. Todas as obras que fazemos e que são legalistas, auto-motivadas, ou realizações meramente humanas, serão expostas por serem apenas “madeira, feno e palha”.

As obras que irão agradar a Deus, e que passarão no teste no Dia do Julgamento, são as obras da fé. Mas o que isto significa? O que é a fé verdadeira que irá produzir obras que glorificarão e agradarão a Deus? Começando esta discussão, precisamos compreender muito claramente o que a fé não é. A fé não é um exercício mental. A fé real não é uma concordância racional com os fatos bíblicos. A fé verdadeira não é algo que nós podemos criar pela reafirmação constante das verdades das Escrituras.

Em vez disso, a fé genuína é a resposta do nosso coração à revelação do próprio Deus. Quando Ele se revela falando ao nosso espírito, em Sua Palavra ou por outros meios, e cremos naquilo que Ele está nos mostrando, isto é fé. A menos que Deus se revele a nós e até que Ele o faça, não podemos possuir o tipo de fé que agrada a Ele. A fé real não é algo que podemos gerar em nós mesmos. Ao contrário, é um “Dom de Deus” (Ef 2:8). Quando Deus se revela a nós e, por Sua graça, respondemos, crendo, esta é a fé verdadeira.

Vamos examinar uns poucos exemplos da Bíblia para esclarecer este ponto. Como o nosso Pai Abraão chegou à fé? Ele instigou seus processos mentais até que eles se superaqueceram e finalmente decidiu que deveria existir um Deus? Será que ele contemplou o cosmo usando toda a sua força racional e finalmente concluiu que deveria existir um Criador? Não, ocorreu exatamente o oposto. Primeiro, o Deus da glória falou a Abraão “em visão”, e, como um resultado disto, ele creu no Senhor (Gn 15:1,6). A ordem destes eventos é muito importante. Abraão chegou à fé por meio da resposta positiva à revelação de Deus.

O que dizer dos antigos discípulos? Vieram à fé, analisando a árvore genealógica da família de Jesus? Eles pesquisaram as profecias e concluíram que Ele era quem iria cumpri-las, e, assim, seria o Cristo? Não. Na verdade, os fariseus, que conheciam a profecia sobre o nascimento do Messias foram aqueles que não acreditaram e não foram adorá-Lo.

Embora a genealogia de Jesus e o cumprimento das profecias fossem mais tarde compreendidas pelos discípulos, não foram estas coisas que geraram a fé deles. Pelo contrário, o que aconteceu primeiro foi: Jesus “manifestou a Sua glória” e, então, “Seus discípulos creram Nele” (Jo 2:11). Quando Pedro fez a sua famosa declaração de que Jesus era o Cristo, Jesus afirmou que isto não era algo de que ele havia sido convencido por meios humanos. Não foi “carne ou sangue” que explicou isto a ele, mas foi “o Pai que está no céu” que o revelou (Mt 16:17).

A fé de Pedro foi o resultado da revelação divina. Em cada caso, quando os discípulos encontravam Jesus, eles O seguiam porque viam algo sobrenatural Nele. Humanamente falando, Jesus não era atraente (Is 53:2), mas Deus abriu os olhos deles para que vissem além da aparência externa e no campo espiritual. Então, seus corações responderam, crendo Nele.

Quando nós nascemos de novo, isto acontece porque, de algum modo, Jesus se revelou a nós e respondemos com fé a esta revelação. Fé verdadeira é uma resposta humana à revelação divina. Se você nunca teve uma revelação do Filho de Deus, de alguma forma, então, mesmo que você reconheça alguns versículos bíblicos ou tenha sido convencido por algumas verdades das Escrituras, você não pode ser um verdadeiro discípulo de Jesus. Você foi apenas convencido, mas não, convertido.

ANDANDO POR FÉ

Nosso relacionamento com Jesus começa com essa revelação sobrenatural e continua da mesma maneira. Dia a dia, Jesus está se revelando e mostrando Sua vontade a nós, por meio do Seu Espírito, agindo em nosso espírito. Quando nascemos de novo, entramos neste relacionamento espiritual com Ele. Ele é invisível, no entanto, está constantemente nos revelando Sua vontade e Seu caminho, por meio do Seu Espírito.

À medida que continuamos a responder por fé ao que Ele está revelando e à direção em que Ele está nos guiando, nós realizamos os desejos Dele. Isto é o que significa andar por fé. Significa que temos um relacionamento íntimo e pessoal com nosso invisível Mestre, por meio de nossa fé. Quando cremos pela primeira vez, recebemos uma Pessoa viva dentro de nós. Já que Ele agora vive em nós, Ele está constantemente Se revelando a nós de vários modos: nós conhecemos Seu íntimo falar; sentimos Seus sentimentos com respeito a várias situações; podemos perceber Sua compaixão, Sua alegria, Sua paz, Sua satisfação, ou mesmo Sua ira; podemos conhecer Sua liderança e Seus desejos. Todos os diversos componentes de Sua personalidade estão sendo revelados ao nosso espírito. Portanto, podemos constantemente acreditar naquilo que Ele revela de Si mesmo a nós.

Assim, andamos em comunhão com Ele pela fé, crendo na invisível revelação do Filho que vive dentro de nós. Deste modo, podemos segui-Lo, dia a dia. Deste modo, podemos expressá-Lo, pois estamos sentindo todos os aspectos de Sua personalidade dentro do nosso espírito.

Conforme discernimos Seus sentimentos, pensamentos, decisões e liderança, podemos escolher fluir de acordo com o que está sendo revelado. Se decidimos não responder positivamente ao que Ele está nos mostrando em nosso espírito, nós interrompemos o fluxo da Sua vida. Mas quando nós cremos, expressamos ao Universo Quem Ele é.

Naturalmente, como um novo crente, nossa fé é pequena e nossa habilidade para sentir Sua presença em plenitude é restrita. Assim como uma criança é bastante limitada para compreender o mundo em volta dela, assim os filhinhos de Deus, quando são novos, não têm um nítido sentido da presença de Deus.

Mas não devemos permanecer crianças. O plano de nosso Pai é que cresçamos até à maturidade. À medida que crescemos espiritualmente, nossa fé cresce e nossa habilidade para sentir a presença e a personalidade de nosso Salvador se torna mais aguda. Conseqüentemente, nossa expressão de Seus métodos e de Sua vontade, irá se tornar mais clara.

Por exemplo, um sinal de maturidade espiritual, ou índice do fato de estarmos em constante e íntima comunhão com Jesus, é que nós amamos uns aos outros. Já que Deus é amor e ama a cada um de Seus filhos apaixonadamente, quando estamos com Ele em um relacionamento de fé, sentimos este grande amor por todos os outros crentes. À medida que afirmamos este amor, também o expressamos. Deste modo e de muitos outros, a personalidade de Jesus e a vontade de Deus fluem por meio de nós, para serem demonstradas a um mundo que perece.

A prática da profecia também ajuda a compreender a fé. Romanos 12:6 diz: “...profecia, seja segundo a proporção da fé”. Alguns entendem “profetizar” como pregar; enquanto outros veem um tipo de dom espiritual que vê o passado ou o futuro. Seja qual for o nosso entendimento, a profecia funciona do mesmo jeito. Enquanto estamos andando em intimidade com Jesus, algumas vezes sentimos que há algo que Ele deseja falar por meio de nós. Então, pela fé, afirmamos e cremos que Ele está revelando palavras ou pensamentos. Então, falamos aos outros com fé.

Também, no versículo acima, há uma implicação relativa às profecias, de que não devemos ir além de nossa fé. Devemos ser cuidadosos quando falamos em nome de Deus, para não deixar que nossos próprios desejos, pensamentos e opiniões conduzam o que estamos dizendo. Não devemos ir além da fé que possuímos, tentando embelezar o que Ele está dizendo com coisas vindas de nós mesmos. Ao contrário, nós não devemos limitar nossas palavras apenas àquelas coisas que acreditamos ser agradáveis aos outros.

Nós andamos por fé, e não por vista (2 Co 5:7). Isto quer dizer que não estamos seguindo algum programa visível, mas uma Pessoa viva e invisível. Não estamos simplesmente seguindo regras e regulamentos, princípios ou leis, que aprendemos na Bíblia ou de um ou outro professor, mas estamos “vendo a Ele que é invisível” (Hb 11:27) e respondendo com fé.

O homem natural anseia por coisas tangíveis. Ele crê nelas porque parecem “reais” a ele. Ele está acostumado a coisas que pode ver, sentir, saborear, tocar e cheirar. Portanto, muitos dependem de legalismo, de sensações físicas, de profecias ou de líderes para lhes dar direção espiritual. Entretanto, isto é “andar por vista”, e não pelo tipo de fé que agrada a Deus. A verdadeira cristandade está caminhando por um relacionamento de fé com o Rei invisível.

NOSSA FÉ VENCE O MUNDO

À medida que andamos em comunhão íntima com Jesus, nossas vidas são transformadas. Nossas atitudes e desejos se tornam diferentes. Não somos mais influenciados por estímulos superficiais e externos, mas pela pessoa invisível de Jesus. Portanto, nossas vidas se tornam diferentes das de outros habitantes do mundo. Começamos a amar e a procurar coisas diferentes. Estamos vencendo o mundo. 1 João 5:4 diz: “...e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”. O mundo à nossa volta tem muitas atrações. Oferece-nos muitos tipos de prazeres sensuais, incluindo romance, sexo, diversões, alimentos, eventos esportivos etc.

Todas estas coisas competem por nossa atenção e procuram captar nossa afeição. Naturalmente que sabemos quem é o ser maligno por trás de tais coisas. Nosso homem natural, já que ele também é um produto deste mundo físico, segue atrás dessas ofertas, pois temos um anseio de satisfação em todas as áreas relativas a elas.

Contudo, os que caminham por fé não são capturados por essas atrações. Suas vidas, de algum modo, são distintas e diferentes. Eles são “separados” das coisas físicas e naturais. Eles são assim, porque têm dentro deles uma outra fonte. Eles têm uma outra Pessoa em seu interior cujos desejos e pensamentos são diferentes do mundo. Então, é esta outra Pessoa que está direcionando as vidas deles, por meio de um relacionamento de fé com Ele.

Muitas vezes, as “pessoas mundanas” não compreendem isso. As atitudes dos crentes parecem estranhas a eles. É como se eles fossem “crianças na praça” (as pessoas do mundo), que dizem algo semelhante a: “Ei, estamos nos divertindo, mas vocês não estão unidos a nós!” ou “Estamos tristes, mas vocês não estão respondendo às mesmas coisas que nós!” (Lc 7:32). Os filhos do Reino de Deus são diferentes. Eles são separados do mundo e do povo desta Terra.

Nossa fé provoca a nossa separação. É a nossa conexão com o invisível Reino de Deus que governa nossas vidas e nos faz únicos. Aqueles que andam por fé não se ligam a coisas tangíveis, físicas, terrenas. Suas vidas não são envolvidas em entretenimentos e prazeres. Eles também não estão se lamentando sobre o estado das coisas do mundo e gastando seu tempo valioso tentando mudá-las.

Em vez disso, estão constantemente sentindo a liderança e o caráter do Deus invisível. Eles O estão seguindo e O estão expressando. Isto os faz levar uma vida que não é mundana. Eles vencem o mundo pela fé. Seu contínuo relacionamento de fé com Deus os faz ter outras atrações e valores. Suas afeições são colocadas em coisas diferentes.

Naturalmente que todos nós, de alguma forma, estamos envolvidos com as coisas desta Terra, já que comemos, bebemos, trabalhamos e vivemos aqui. Mas os homens e mulheres de fé têm uma atitude diferente. Seu envolvimento com as coisas daqui tem uma diferente condição. Eles as usam porque necessitam, mas não abusam delas (1 Co 7:31). Seus corações não estão firmados nelas, nem as perseguem, em busca de satisfação. Estando em contínuo contato com Deus por meio da fé, eles estão satisfeitos com Ele e não precisam procurar uma outra fonte para satisfazer suas necessidades.

O QUE É FÉ?

Hebreus 11:1 nos dá uma definição de fé. Lemos: “A fé é a certeza das coisas que se esperam, a convicção dos fatos que se não veem”. Vamos tomar a primeira parte do versículo e olhar para ele muito de perto. A esperança bíblica é a esperança em coisas espirituais, invisíveis. A glória de Deus, para a qual Ele nos chamou, é algo que não pode ser explicado, mas apenas revelado a nós pelo Espírito. Uma vez que “vimos” com olhos espirituais a glória que nos foi prometida, isto inicia dentro de nós uma esperança inabalável. Torna-se “a certeza” do que estamos esperando.

A segunda parte desse versículo fala de “convicção”. Conforme já vimos, quando discernimos Jesus revelando-Se a nós, e afirmamos ou concordamos com esta revelação, isto é fé. Portanto, desenvolvemos uma convicção concernente às coisas que não são vistas.

Para o mundo, o que estamos perseguindo e fazendo é completa tolice, porque ele, de maneira alguma, consegue compreender essa revelação. É invisível para ele. Entretanto, para nós que penetramos além do véu e olhamos o invisível Reino de Deus, temos uma profunda e permanente convicção referente às coisas do Espírito de Deus.

Talvez, alguns que tenham estado somente mentalmente convencidos com referência a Cristo, possam facilmente desistir, quando as coisas se tornam difíceis. Mas aqueles que receberam uma revelação real de Jesus têm uma profunda convicção e a manterão, mesmo em meio aos tempos difíceis.

Deve ser mencionado, aqui, que devemos “andar por fé”, mas isto não é a mesma coisa que simplesmente concordar com a fé. Quando as pessoas falam “da fé”, elas querem dizer um conjunto de verdades comumente entendidas referentes à Pessoa e à obra de Jesus Cristo. Entre tais verdades, deveria estar o fato de que Ele nasceu de uma virgem, viveu uma vida sem pecado, morreu por nossos pecados, ressuscitou dos mortos, subiu aos céus e algum dia voltará à Terra.

Todas estas coisas são maravilhosas, verdadeiras e boas. Elas têm um impacto sobre a nossa caminhada com Jesus, já que nós podemos saber que o Espírito dentro de nós nunca irá contradizer essas verdades.

Portanto, seguir ao Senhor não é a mesma coisa que simplesmente tentar seguir uma série de doutrinas ou uma crença. Nosso caminhar por fé não é meramente tentar ajustar nossas vidas a uma certa série de verdades, não é concordar com essas coisas em nossa mente.

Em vez disso, é, dia a dia, momento a momento, afirmar a revelação viva de Jesus Cristo dentro de nós e permitir que esta revelação seja a fonte de nossa vida. Quando permitimos que Ele, quem nos dá essa fé, permeie nossas vidas com a vida Dele, seremos conseqüentemente conhecidos como seguidores “da fé”.

Há uma grande diferença entre praticar uma religião e seguir Jesus por fé. Alguns tomaram para si verdades e exortações da Bíblia e estabeleceram um tipo de sistema religioso cristão. Eles têm práticas, metas, encontros, roupas especiais, catedrais e todos os ornamentos que são atraentes ao homem natural. Eles acreditam ter fé por terem dado sua aprovação mental a uma série de verdades encontradas nas Escrituras.

Já que eles continuam a acreditar nas coisas que lhes foram ensinadas, imaginam que estão agradando a Deus. Eles estão dependendo de doutrinas mentais e tangíveis, tradições e práticas, como meios para satisfazer a Deus. Contudo, seguir a Jesus é uma coisa completamente diferente. Ele é uma pessoa viva. Quando, por fé, respondemos à revelação de Sua pessoa sempre presente em nosso espírito, estamos cumprindo os desejos do Pai.

FÉ VIVA PRODUZ OBRAS

Se nossa fé é uma fé viva, ela produzirá obras. Tiago mostra em sua epístola que nossa fé, para ser genuína, precisa gerar frutos. Ele explica que, se nossa fé não está produzindo obras hoje, então ela morreu e se tornou uma fé morta. E fé morta não produz mais nenhum fruto. Nós lemos: “...a fé, se não tiver as obras, por si só está morta.” (Tg 2:17).

Além disso, uma fé morta não está justificando e nem justificará cristão algum diante do Tribunal de Cristo. Assim, vemos que nossa fé precisa estar sempre atualizada. Em outras palavras, precisamos manter um relacionamento de fé com Jesus, diário e vivo, para que sejamos justificados por Ele. Por isso “...uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente” (Tg 2:24). Se mantemos uma fé viva, ela vai sempre produzir frutos. Tais frutos são a evidência de que nossa fé é real e atual. E é esta fé real que nos justifica diante de Deus.

Veja, não é suficiente já ter acreditado, no passado. Não é suficiente afirmar mentalmente uma série de doutrinas bíblicas. Precisamos manter um vivo relacionamento com Jesus, pela fé, a cada dia. A resposta de nosso coração à revelação de Deus deve continuar uma coisa ativa, que dirija nossas vidas e ações. Isto, então, irá produzir boas obras que irão glorificá-Lo. Essa é a fé que agrada a Deus.

Jesus nos ensina que devemos permanecer Nele (Jo 15:4). Isto significa vivermos em contínua comunhão íntima com Ele, constantemente afirmando o que Ele está nos revelando de Si próprio, pela fé. Quando fazemos isto, então, Ele também permanece em nós. Conforme mantemos com Ele nosso relacionamento de fé, Jesus nos dirige nas obras que Ele deseja fazer por meio de nós. Nossa resposta de fé à Sua liderança traz o fluir de Sua vida dentro de nós e através de nós. É a Sua vida, então, que gera frutos eternos.

As obras são o resultado espontâneo de nossa fé. À medida que permanecemos em comunhão íntima com Deus, por meio da fé, momento a momento, dia a dia, Ele trabalha em nós e por meio de nós. Jesus nos ensinou que: “Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto...e vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça...”(Jo 15:5 e 16).

“Permaneça”, aqui, significa que esses frutos não serão consumidos no dia do Julgamento. Claramente, não podemos produzir frutos por nós mesmos (Jo 15:4). É o nosso contínuo relacionamento de fé com Jesus que nos torna frutíferos, e estes frutos são as obras de ouro, prata e pedras preciosas.

FÉ E OBEDIÊNCIA

Para manter um relacionamento íntimo com Jesus, por meio do Espírito, precisamos ser obedientes a Ele. Precisamos aprender a viver debaixo de Sua soberania e sob Seu reinado. Precisamos continuar nos submetendo em fé ao nosso Rei invisível. Se nos tornamos desobedientes e recusamos a acreditar e a responder à Sua direção interior, isto perturba nossa intimidade com nosso Salvador.

Quando continuamos em obstinação e não damos atenção à direção Dele, nossa capacidade de sentir Sua presença diminui mais e mais. Gradualmente, falhamos em ter aquele relacionamento vital e aquela intimidade agradável com Ele. Nossa fé vai morrendo, por causa da nossa resistência à Sua liderança. Fé e obediência estão inseparavelmente ligadas. Quando resistimos ao Espírito Santo e à Sua autoridade em nossas vidas, torna-se muito difícil permanecermos na presença de Deus.

Quantos crentes estão hoje nesta condição? Eles um dia conheceram Deus intimamente, mas agora sentem como se estivessem do lado de fora desse relacionamento, apenas olhando-O à distância. Sua antiga comunhão suave com Jesus é agora apenas uma distante memória. Em um certo momento, eles recusaram a palavra celestial, resistiram à liderança do Espírito e, agora, estão fora do presente Reinado. Sua rebelião contra o que quer que Jesus desejasse deles, deixou-os apenas com uma aparência de Cristandade.

As razões pelas quais isto acontece são inúmeras, mas é bom mencionar apenas algumas possibilidades. Talvez, esses indivíduos estivessem muito amedrontados para seguir Jesus naquilo que Ele estava desejando. Talvez, estivessem ocupados demais com suas próprias buscas, tais como passatempos ou negócios. Possivelmente, foram outros crentes ou alguns parentes que os desencorajaram a seguir os passos que o Senhor estava indicando. E pode ser que eles fossem muito teimosos e resistentes para ouvi-Lo nas áreas em que Ele desejava reinar. Uma outra possibilidade é que tenha acontecido algo em sua caminhada com o Senhor que os deixou amargos e desiludidos. Mas, seja qual for o caso, o resultado é o mesmo. Sua fé viva se foi, e a sensação de doce intimidade com o Senhor desapareceu de suas vidas.

Não há dúvida de que tais pessoas “ainda crêem em Jesus”. Provavelmente, os fatos bíblicos sobre a vida de Jesus e o Seu ministério ainda estão nítidos para eles. Mas a fé deles está velha e antiquada. É uma fé baseada no passado e não em sua experiência atual. Não é uma fé que esteja viva, hoje, fornecendo o fundamento de sua comunhão com Deus. É uma fé morta, que não os está justificando, e não os justificará diante do Trono de Deus.

Aqueles que estão nesta condição precisam se arrepender. É a única solução. Eles precisam clamar a Deus pela graça de, finalmente, ouvir, acreditar e obedecer o que Ele está lhes revelando. Sua obediência irá restaurar seu relacionamento íntimo com Jesus.

A obediência necessária pode envolver desculpar-se com alguém, por alguma palavra ou atitude maldosa; pode significar uma troca de carreira ou a mudança para uma outra parte do mundo etc. Indubitavelmente, irá significar nos humilharmos e admitirmos que estivemos sendo resistentes, teimosos e errados. As maneiras de nos tornarmos desobedientes são infinitas. Só o nosso Senhor pode nos revelar o que está interrompendo nosso relacionamento com Ele.

Mas, uma vez que estamos realmente desejosos e prontos para ouvir a voz Dele, saberemos o que temos que fazer. A humilhação e o amolecimento do nosso coração para receber correção é absolutamente essencial na vida espiritual. Somente deste modo, seremos outra vez capazes de voltar e andar por fé.

Muitos cristãos, hoje, têm tentado uma outra alternativa. Em vez de se arrependerem, tentam justificar-se aos seus próprios olhos e aos olhos dos outros, mantendo uma aparência religiosa e superficial. Talvez, eles continuem freqüentando cultos. Possivelmente, permanecem envolvidos nas atividades da Igreja. Pode ser que a aparência superficial da vida deles não tenha mudado, e é bem possível que outros crentes os considerem “bons” cristãos. Entretanto, assim como nos dias de Seu ministério terreno, Jesus está chamando cada um de nós ao arrependimento, por causa da entrada no Reino.

Quando estivermos diante de Deus naquele Dia, seremos julgados de acordo com as nossas obras. Estas obras serão o resultado de nossa fé, que nos trouxe para uma intimidade com o próprio Deus e que nos manteve nela. As obras que serão aproveitadas não são as obras que fazemos para Ele, mas as obras que Ele faz por meio de nós, como um resultado de nosso relacionamento de fé com Ele. Isto é o que eu gostaria de chamar de “obras de fé”.

Se você não está vivendo em fé, hoje, e, portanto, não está produzindo frutos para o Reino de Deus, ainda há tempo de se arrepender. Ainda há tempo para você consertar Seu relacionamento com Jesus, responder à Sua liderança e viver para o Rei e Seu Reino. Agora, é a hora para você mudar sua maneira de viver e pensar, e voltar para Jesus.

ENTRANDO NO DESCANSO

O livro de Hebreus está cheio de exortações referentes a este assunto. Lá, aprendemos que é possível endurecermos nosso coração para não acreditar no que Jesus está nos falando, hoje, agora. Isto irá nos custar o Reino. Talvez, seja muito bom parar por um instante e ler de novo os capítulo 3 e 4 de Hebreus, no contexto do nosso assunto. Ali, o autor nos alerta severamente, de novo e de novo, usando o exemplo do povo de Israel no deserto. Ele afirma que eles não tomaram posse da herança prometida “por causa da sua incredulidade”, que é a falta de fé (Hb 3:19).

Ele, então, nos admoesta: “Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça de haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo...” (Hb 3:12). E nos exorta a, já que permanece a promessa de entrar no Seu descanso (isto é, o descanso do Sétimo Dia, no Reino – versículo 4), não suceder que algum de nós tenha falhado (Hb 4:1). Claramente, há algo que devemos temer. Definitivamente, há algo muito sério para mantermos em mente, conforme andamos com nosso Senhor.

Embora alguns tenham tentado ensinar que não há conseqüências negativas para o nosso comportamento de hoje, é incontestável que as Escrituras ensinam algo muito diferente. Se não andamos em fé diariamente, se resistimos ao Espírito Santo, não entraremos em Seu descanso e não herdaremos o Reino que Jesus prometeu.

Nosso alvo é entrar no descanso de Deus. Mas o que isto significa? Como isto é possível? Simplesmente, entrando no Reino de Deus, hoje. É parar de fazer as nossas próprias obras para Deus. É parar de direcionar nossas vidas pelo conhecimento bíblico e pela compreensão da Lei ou dos princípios das Escrituras. É, de uma vez por todas, parar com todas as nossas atividades simplesmente “religiosas”. Tudo o que imaginamos que podemos fazer por Ele deve ser abandonado.

Em vez disso, precisamos cultivar um íntimo relacionamento de fé com Jesus. Conforme descansamos Nele, tendo doce comunhão com Ele, no espírito, Ele irá morar em nós e trabalhar por meio de nós para fazer Sua vontade. Assim como Jesus não estava fazendo as Suas próprias obras, mas estava permitindo ao Pai agir por meio Dele, assim também nós podemos ser canais, vasos, por assim dizer, para conter e expressar o Deus do Universo. Este é o segredo do genuíno cristianismo do Novo Testamento. Este é o modo como podemos produzir obras de ouro, prata e pedras preciosas.

Se após ler este capítulo, você descobrir que sua vida cristã tem sido legalista e morta, se sua vida tem sido apenas mundana e, portanto, infrutífera, ou se você não tem feito coisa alguma para trazer frutos para Deus, a resposta é o arrependimento – arrependimento por causa do Reino. Deus está nos chamando, hoje, para nos arrependermos de tudo aquilo em que estamos envolvidos e que não pertence ao Seu Reino. Por meio da nossa fé, podemos vencer tudo o que as atividades religiosas vazias, o mundo e a carne têm para oferecer. Em vez de madeira, palha e feno, podemos produzir ouro, prata e pedras preciosas. Jesus Cristo está voltando logo para julgar a Terra com justiça.

“Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo o peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do Trono de Deus.” (Hb 12: 1-2).

Final do Capítulo 13

Ler outros capitulos online:

Capítulo 1: VENHA O TEU REINO

Capítulo 2: OS DOIS REINOS

Capítulo 3: UMA BREVE CRONOLOGIA

Capítulo 4: O DIA DO SENHOR

Capítulo 5: NO PRINCÍPIO

Capítulo 6: A ORDEM DE DEUS – A FALHA DO HOMEM

Capítulo 7: O REINO DE DEUS ESTÁ NO MEIO DE VÓS

Capítulo 8: “SENHOR, SENHOR”

Capítulo 9: UMA JUSTA RECOMPENSA

Capítulo 10: PERDÃO E JULGAMENTO

Capítulo 11: O FILHO VARÃO

Capítulo 12: VIVENDO EM VITÓRIA

Capítulo 13: OBRAS DE FÉ (Capítulo Atual)

Capítulo 14: UMA PALAVRA DE ENCORAJAMENTO