Ministério Grão De Trigo

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Venha Teu Reino

“SENHOR, SENHOR”

Capítulo 8

Venha Teu Reino, livro por David W. Dyer

Publicacao Grao de Trigo

Escrito por David W. Dyer

ÍNDICE

Capítulo 1: VENHA O TEU REINO

Capítulo 2: OS DOIS REINOS

Capítulo 3: UMA BREVE CRONOLOGIA

Capítulo 4: O DIA DO SENHOR

Capítulo 5: NO PRINCÍPIO

Capítulo 6: A ORDEM DE DEUS – A FALHA DO HOMEM

Capítulo 7: O REINO DE DEUS ESTÁ NO MEIO DE VÓS

Capítulo 8: “SENHOR, SENHOR” (Capítulo Atual)

Capítulo 9: UMA JUSTA RECOMPENSA

Capítulo 10: PERDÃO E JULGAMENTO

Capítulo 11: O FILHO VARÃO

Capítulo 12: VIVENDO EM VITÓRIA

Capítulo 13: OBRAS DE FÉ

Capítulo 14: UMA PALAVRA DE ENCORAJAMENTO



Capítulo 8: “SENHOR, SENHOR”


O capítulo que você está começando a ler trata de um assunto de extrema importância. É uma questão que tem uma tremenda conseqüência para todo crente em Jesus Cristo. É um tópico não muito bem compreendido hoje em dia, sobre o qual muitos têm ideias errôneas e até mesmo falsos juízos. Portanto, gostaria de pedir a todos os leitores que prestem cuidadosa atenção ao que está sendo dito. Por favor, leia estas palavras com a mente aberta e um coração verdadeiramente disposto a conhecer a verdade.

Não salte para nenhuma conclusão instantânea, mas leia o capítulo todo antes de formar sua própria opinião sobre estas coisas. Na verdade, gostaria de estimular que você também lesse cuidadosamente os capítulos seguintes, porque este assunto é tão importante que vamos nos estender longamente sobre ele. Não há um outro tópico nas Escrituras que tenha sido tão negligenciado e tão mal compreendido pelos filhos de Deus nestes dias. Possa Deus acrescentar Suas bênçãos sobre estas palavras.

É sabido pela maioria dos cristãos que, quando uma pessoa nasce de novo, ela recebe a vida eterna. Isto significa que, na eternidade, ela estará com o Senhor. Acredito que todos os verdadeiros crentes irão estar com Cristo para sempre. Uma vez que recebemos Jesus Cristo, nada que algum homem ou mesmo anjo possa fazer irá tirá-Lo de nós. Ele próprio nos promete que nunca nos deixará, nem nos abandonará (Hb 13:5). Seu plano é que todos os Seus filhos estejam com Ele na eternidade. As Escrituras dizem: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (At 2:21). Isto significa que os filhos de Deus serão salvos do Julgamento eterno de Deus e irão morar com o Senhor para sempre. Em minha compreensão, as Escrituras fornecem uma base ampla para acreditarmos nisso.

Entretanto, há muitos que crêem – talvez até mesmo alguns de vocês, leitores – que alguém pode “perder a sua salvação” ou, em outras palavras, deixar de ser um “nascido de novo”. Não desejo entrar em um argumento teológico com esses irmãos queridos. Tais discussões geralmente não são frutíferas, no sentido espiritual. Apenas quero mostrar que muitos versículos, que são usados como base para esse ponto de vista, na verdade não se referem ao assunto da nova vida, mas sim, ao reino vindouro.

Conforme você vai ver nos argumentos que se seguem, há muitos versículos que detalham algumas sérias conseqüências para a desobediência. Quando nós olhamos firmemente para essas Escrituras, com o Reino em mente, descobrimos que a maioria desses versículos está claramente falando sobre o Milênio, e não sobre a eternidade.

Talvez você seja um daqueles que acreditam que o seu nascimento espiritual e o dos outros está em constante risco. Não acredito que seja essencial convencê-lo da minha posição. Apenas quero pedir, respeitosamente, que você termine de ler os capítulos seguintes, com a mente aberta para encontrar, talvez, uma nova compreensão sobre muitas passagens bíblicas.

Com isso em mente, há um fato essencial que não podemos ignorar. A Bíblia é clara sobre um assunto que muitos estão falhando em penetrar. Este assunto é que: nem todos os cristãos entrarão no Reino Milenar que está por vir.

Deixe-me repetir isto. As Santas Escrituras claramente nos ensinam que nem todos os crentes participarão do Reino vindouro de Cristo. Alguns podem realmente ter nascido de novo. Eles podem ser filhos de Deus. Mas muitos dos filhos de Deus não serão admitidos no Reino de Deus que está chegando. Esta é uma verdade das Escrituras que estaremos examinando juntos. Conforme abrirmos a Palavra de Deus, devemos abrir também nossos corações a Ele, para que Ele possa nos revelar Seus propósitos.

A Bíblia nos ensina duas possibilidades. Por um lado, lemos que “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (At 2:21). Todo aquele que invoca o Seu nome pode nascer de novo. Isso é um fato incontestável. Jesus recebe todos os homems e mulheres que clamam a Ele.

Entretanto, por outro lado, lembrando mais uma vez, aqui, que as palavras “o reino dos céus” não se referem “ao céu”, mas ao Milênio, lemos: “Nem todo o que diz: ‘Senhor, Senhor’ entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai que está nos céus.”(Mt 7:21).

Aqui, é claro que nem todos os que simplesmente chamarem Jesus de “Senhor” entrarão no Reino. Pode ser que este ato de chamá-Lo assim tenha sido suficiente para levá-los ao novo nascimento. Pode ser até que eles tenham chegado a conhecer Jesus. Mas, para entrar no Reino, há uma outra qualificação: os que entrarão são somente aqueles que fazem a vontade de Deus, ou, em outras palavras, são obedientes a Ele.

Por favor, considere isto cuidadosamente. Mesmo que todos os crentes estejam na eternidade, nem todos eles serão admitidos no Reino de mil anos de Jesus Cristo, somente aqueles que são obedientes. Isto é surpreendente para você? Deveria ser? Certamente faz sentido que Jesus Cristo queira como parte de Seu Reino terreno apenas aqueles que Lhe obedeceram e que O serviram fielmente, enquanto viveram na Terra. Seguramente, Ele não iria desejar que, em sua administração celestial, existissem indivíduos preguiçosos, irresponsáveis e rebeldes.

Apenas aqueles que são obedientes e fiéis entrarão no Reino Milenar de Jesus Cristo e irão reinar com Ele. A razão é muito simples. Você não pode subjugar uma rebelião com indivíduos rebeldes como seus representantes. Você não pode pegar um ladrão e fazer dele o presidente de um Banco. Você não pode usar pessoas infiéis para ajudar outras pessoas a se tornarem fiéis. Simplesmente não funciona.

Portanto, para que Jesus estabeleça Seu Reino na Terra, Ele precisa estabelecê-lo, antes, dentro daqueles por meio de quem Ele vai reinar. Este é o aspecto do Reino de Deus que está acontecendo hoje. Falaremos mais sobre esse assunto nos próximos capítulos, mas, por ora, precisamos passar algum tempo olhando as Escrituras que nos ensinam essa verdade tão importante.

AS DEZ VIRGENS

Talvez, uma das partes mais claras da Bíblia que se aplicam a esse assunto seja a parábola das Dez Virgens. Esta parábola se encontra em Mateus, capítulo 25, começando no versículo 1. Lembrando mais uma vez que “o reino dos céus” não é “o céu”, vamos ler juntos:

“Então, o Reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo. Cinco dentre elas eram néscias, e cinco, prudentes. As néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo; no entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas. E, tardando o noivo, foram tomadas de sono e adormeceram.

Mas, à meia noite, ouviu-se um grito: ‘Eis o noivo! Saí ao seu encontro!’ Então, se levantaram todas aquelas virgens e prepararam as suas lâmpadas. E as néscias disseram às prudentes: ‘Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão se apagando’.

Mas as prudentes responderam: ‘Não! Para que não nos falte a nós e a vós outras: Ide, antes, aos que o vendem e comprai-o’. E, saindo elas para comprar, chegou o noivo e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta. Mais tarde, chegaram as virgens néscias, clamando: ‘Senhor, Senhor, abre-nos a porta!’ Mas ele respondeu: ‘Em verdade vos digo que não vos conheço’. Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora.”

Esta é uma parábola interessante e esclarecedora. É referente ao Reino e à “festa do casamento”. Conforme olhamos juntos para essa passagem, vemos que ela é uma parábola que se aplica aos cristãos, aos verdadeiros crentes.

Por favor, não aceite que ninguém lhe diga que esses versos se aplicam somente aos judeus, ou que não são para esta presente dispensação. Dizer tal coisa é transformar essa parte das Escrituras em algo virtualmente sem sentido para os crentes e cegar os olhos deles para a verdade que aqui é revelada.

Quem são, então, as dez virgens e o que significa essa parábola? Sabemos que, nas Escrituras, virgindade é um termo que se aplica aos crentes. Paulo diz que havia preparado certos crentes como “uma virgem pura para Cristo” (2 Co 11:2). Virgindade, aqui, significa pureza, santidade e uma vida sem mácula. É uma referência a crentes que foram lavados no sangue do Cordeiro, que foram limpos de todas as suas impurezas e que agora são santos e puros diante do Senhor.

Todas as dez pessoas eram virgens. A única diferença entre elas é que cinco foram sábias, e cinco foram tolas. A Bíblia não diz que cinco foram salvas, e cinco não foram; ou que cinco eram boas, e cinco eram malvadas. Lemos apenas que cinco foram sábias, e cinco, tolas.

Todas as dez virgens tinham pelo menos um pouco de óleo em suas lâmpadas. Isto é evidenciado pelo fato de que, antes que elas dormissem, todas as lâmpadas foram acesas. De outra maneira, elas não poderiam estar se apagando (versículo 8). Um pavio de vela, sem óleo, teria apagado imediatamente. As sábias tinham óleo extra em suas vasilhas (versículo 4), enquanto que as tolas tinham somente um pouco em suas lâmpadas.

Essas “vasilhas” deviam ser um recipiente extra de óleo, que elas trouxeram para reabastecer suas lâmpadas, quando houvesse necessidade. Esse óleo que elas possuíam é um tipo do Espírito Santo. No Velho Testamento, os sacerdotes foram instruídos por meio de Moisés a produzir o óleo da unção (Êx 30:22-25) simbolizando o Espírito Santo, que Deus, então, derramava. Das dez pessoas, todas tinham o óleo. Todas compartilhavam do Santo Espírito. Então, é evidente que todas eram filhas de Deus, nascidas de novo.

Note também que cada uma das lâmpadas foi acesa. As Escrituras dizem: “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, a qual esquadrinha todo o mais íntimo do corpo.” (Pv 20:27). O espírito do homem é onde o Santo Espírito de Deus mora em uma pessoa nascida de novo.

1 Coríntios 6:17 diz: “...aquele que se une ao Senhor é um espírito com Ele.” A união do Espírito de Deus ao espírito do homem resulta nos gravetos que acendem uma chama espiritual em cada crente, começando a lhes dar uma luz sobrenatural. Seguramente, as virgens que tinham óleo em suas lâmpadas, lâmpadas que se acendiam, eram pessoas regeneradas, crentes nascidos de novo.

Uma outra coisa que nos mostra que elas eram crentes é que elas estavam esperando pelo noivo. Nenhum descrente está esperando a vinda do noivo. Somente aqueles que O conhecem e O amam estão esperando por Ele. Lemos, no versículo 5, que o noivo demorou-se, e todas elas adormeceram. Simbolicamente, todos aqueles crentes morreram, enquanto estavam esperando pelo Senhor.

Mas, à meia noite ouviu-se um grito: “Eis que o noivo está vindo!”, e elas acordaram. Quando o Senhor voltar, esses crentes serão ressuscitados, se erguerão dos mortos para encontrar o noivo. Essa é uma outra prova positiva de que todas aquelas “virgens” eram cristãs reais: somente os cristãos ressuscitarão quando Jesus voltar.

Por favor, preste cuidadosa atenção a isso, já que é uma verdade muito importante, de forte impacto para a apropriada compreensão das Escrituras: não cristãos não serão arrebatados! Não haverá não cristãos acidentalmente ressurretos quando Jesus vier de novo. Portanto, não há nenhuma possibilidade de um descrente tentar entrar na festa do casamento. Nenhum descrente poderia estar do lado de fora, batendo à porta e gritando: “Senhor, Senhor”, tentando entrar. Aqueles que não creram só irão ressuscitar depois de mil anos, no chamado “Julgamento do Grande Trono Branco” (Ap 20:11). Portanto, aquelas virgens só podem representar os crentes.

NOSSA VERDADEIRA CONDIÇÃO

Vemos que, depois de acordarem, ou depois da ressurreição, algumas das virgens começaram a notar sua verdadeira condição espiritual. Elas tinham um problema. Faltava-lhes o óleo, e as lâmpadas estavam se apagando. Elas não haviam pago o preço de ir e comprar, enquanto ainda estavam acordadas, ou vivendo. Evidentemente, todas tiveram a oportunidade, mas cinco delas eram tolas.

Sem dúvida, enquanto viviam sua vida aqui na Terra, escolheram agradar a si mesmas. Não procuraram a face do Senhor e nem fazer Sua vontade. Elas não pagaram o preço necessário para serem cheias do óleo do Espírito Santo. Sua tolice fez com que elas fossem desobedientes, negligentes e desperdiçassem seu tempo e energia.

Assim, quando o noivo veio e entrou na festa de casamento, essas cinco virgens foram deixadas para fora. Aquelas que foram obedientes, que procuraram conseguir o azeite necessário, tiveram a permissão de entrar. Mas aquelas que foram desobedientes, infiéis e preguiçosas em seus procedimentos, foram instruídas pelas outras a ir e comprar, a ir e a pagar o preço solicitado. Enquanto elas foram, a porta foi fechada, e, quando voltaram a bater, não foram admitidas.

Essa passagem corresponde exatamente à outra que já citamos, que diz que nem todo aquele que chama Jesus de Senhor entrará no Reino, mas aqueles que fazem a vontade do Pai. Aqui está uma verdade imensamente importante. É algo que todo crente deveria considerar seriamente. Se em nossas vidas individuais somos infiéis e desobedientes, o Filho do Homem poderá vir em um tempo em que não estaremos procurando por Ele (Lc 12:46) e nos achará despreparados.

Já que vimos que nem todo cristão conseguirá entrar, como o conhecimento disto afetará nossa vida? Minha esperança é imaginar que isso irá sensibilizar alguns que estão preocupados com o próprio prazer, e com os próprios interesses, e leválos ao arrependimento e fazê-los começar a viver para o Seu Rei, a partir deste momento.

“NÃO CONHEÇO VOCÊ”

Não há dúvida de que deveríamos discutir uma frase que é usada nessa parábola e que pode trazer algum engano. É aquela em que o Senhor é ouvido dizendo: “...não vos conheço”. Estas palavras são encontradas na passagem que lemos em Mateus 7:21-23, que afirma que nem todos entrarão no Reino, e também na parábola das dez virgens.

Alguns dizem que as pessoas a que esses textos bíblicos se referem não podem ser filhos de Deus, já que Jesus afirma que não as conhece. Eles alegam: “Como poderia Ele dizer ‘Não vos conheço’, se Ele os havia gerado?” Por favor, preste atenção cuidadosa à resposta, pois ela é muito significativa. Há muitas razões que explicam a afirmação do Senhor.

Para começar, a palavra “conheço”, palavra grega que é usada aqui, é traduzida em outro lugar como “aprovo”. Em Romanos 7:15, Paulo diz: “Porque o que faço não o aprovo” (VRC). De acordo com W. E. Vine, em seu Expository Dictionary of New Testement Words em inglês, esta palavra também pode ser traduzida como “atesto”. Usando estas traduções possíveis, Jesus então poderia ter sido ouvido dizendo: “Eu não atesto vocês, ou eu não aprovo vocês. Vocês não atingiram o padrão e, portanto, não foram garantidos ou aprovados.”

Os indivíduos que foram tolos, infiéis e que não fizeram a vontade de Deus enquanto estiveram vivos, não serão atestados ou aprovados por Jesus quando Ele voltar para estabelecer Seu Reino Milenar. Obviamente, Deus conhece cada um que viveu sobre a Terra. Ele conhece todas as pessoas que Ele criou e sabe seus nomes. Mas, quando Ele vier para herdar o Seu Reino, Ele só vai aprovar (conhecer) aqueles que foram fiéis e obedientes.

O Senhor Jesus negaria conhecer alguns de Seus próprios filhos? Sim, Ele o faria. É uma de Suas solenes promessas, que você pode considerar verdadeira. Ele diz seguramente que “...aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante do Meu Pai...” (Mt 10:33). Isto significa que Ele vai negar que nos conhece. Ele negará ter nos conhecido, porque O negamos. E o que significa negá-Lo? Significa que por nossas vidas, incluindo nossas atitudes, palavras, ações e decisões, nós negamos Sua soberania, Seu domínio e Sua autoridade sobre nós. Em resumo, fomos filhos desobedientes.

Você não precisa dizer com suas palavras “Eu nego Jesus!” para negá-Lo. Tudo o que você tem a fazer é ignorá-Lo e negar que Ele tenha qualquer direito de autoridade sobre sua vida. Nossa negação de Jesus pode ser verbal e exterior, mas também pode ser não verbal e interior, manifestando-se em teimosia, desobediência e vida egoísta. As pessoas que conduzem suas vidas dessa maneira são aquelas para as quais Jesus vai dizer: “Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade.” (Mt 7:23).

Essa situação poderia ser comparada a uma mulher que tinha um filho. Ela amava muito esse filho e exaltava-o o máximo que podia. Mas, quando ele cresceu, tornou-se desobediente. Vamos imaginar que ele tenha se tornado um assassino, um ladrão, um estuprador, um traficante de drogas e se envolveu com todo tipo de maldade. Sua mãe, naturalmente, se envergonhava dele.

Suponhamos que, depois de muitos anos, ele voltasse para casa e dissesse: “Ei, mãe, como vai? Você pode me emprestar algum dinheiro?” Essa mulher, provavelmente, diria: “Eu não conheço você. Não reconheço que você seja meu filho. Eu me envergonho de você, por causa de sua desobediência, rebeldia e más obras, e estou negando qualquer relacionamento com você. Você não é admitido dentro da minha casa.” É exatamente assim que acontecerá no dia da volta do Senhor, com todos aqueles que agiram tola e injustamente.

O EVANGELHO DO REINO, SEGUNDO PAULO

Agora, vamos continuar lendo outras passagens das Escrituras, que nos dizem especificamente quem irá ou quem não irá herdar o Reino de Deus. Em 1 Coríntios, capítulo 6, encontramos Paulo, o apóstolo, escrevendo: “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o Reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o Reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus.” (1 Co 6: 9-12).

O que Paulo está dizendo àqueles crentes é que, se eles continuassem a viver na rebelião e no pecado em que viviam antes de vir para Jesus Cristo, eles não herdariam o Reino de Deus. Ele os estava lembrando que, já que sabiam que quem praticava essas coisas não herdaria o Reino, eles não deveriam esperar herdá-lo, se continuassem a fazê-las. Embora as fizessem antes, agora eram limpos e não deveriam voltar a fazê-las.

Por que outro motivo ele escreveria essa passagem àqueles cristãos? Certamente todos já sabiam que os não crentes não herdariam o Reino de Deus. Mas ele estava falando especificamente sobre crentes que, contínua e repetidamente, praticavam vários pecados. Já que era assim, deveriam tomar cuidado para não viver da velha maneira, porque, se o fizessem, não herdariam o Reino. Sinceramente, oro para que nenhum cristão se permita enganar quanto a isso. Ninguém que estiver vivendo uma vida insubmissa entrará no Reino.

Uma passagem, em Gálatas 5, começando no verso 19, diz essencialmente a mesma coisa: “Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como outrora já vos preveni, que não herdarão o Reino de Deus os que tais coisas praticam.” (Gl 5:19-21).

Você conhece algum cristão que está envolvido com esses tipos de pecado? Você, mesmo, pratica essas coisas? Se o faz, então você pode estar certo de que não herdará o Reino. Você não tomará posse daquilo que Deus preparou para você. Embora sempre pensemos que não são crentes os que praticam tais coisas, de fato, há muitos cristãos que as praticam, o que é uma vergonha admitir.

Vamos pensar, por exemplo, na primeira palavra do verso 21: “inveja”. Quantos de nós invejam os outros e são ciumentos do que eles têm e do que eles são? Quantos de nós têm ódio no coração por alguém? Ou quantos de nós amam contender sobre certos ensinamentos de doutrina? Será que alguns de nós podem estar “servindo a Cristo” com algum tipo de ambição egoísta, como motivação? Você não sabe que aqueles que praticam tais coisas não herdarão o Reino de Deus? Estou escrevendo isto para alertar você, para dizer-lhe que nem todos entrarão, mas apenas aqueles que são obedientes.

Não só existem crentes que contendem, invejam e odeiam, mas também percebo que há milhares de cristãos, homens e mulheres, que cometem regularmente fornicação e outros pecados sexuais. Há ainda inumeráveis pessoas que professam conhecer Jesus, mas que passam horas incontáveis em bares, bebendo e participando da atmosfera de jogos e de conversação mundana.

A coisa mais triste é que muitos dos indivíduos que vêm à Igreja no domingo, durante a semana fazem outras coisas que levantariam os cabelos de uma pessoa que ama genuinamente o Senhor. É até mesmo verdade que há um número crescente de crentes que usam maconha e outras drogas, dizendo que elas intensificam a sua experiência “espiritual”. Esta é uma mentira do inferno. E é sobre esse tipo de atitudes que a Bíblia fala. Ninguém que faça essas coisas entrará no Reino, mas somente aqueles que fazem a vontade do Pai.

A HISTÓRIA DE ESAÚ

Talvez você se lembre da história de Esaú. Ele era o filho primogênito de Isaque e, por isso, herdeiro natural de tudo o que seu pai possuía. Entretanto, um dia, retornando de uma caçada, estava cansado e faminto. Seu irmão Jacó havia cozido uma deliciosa sopa de lentilhas. Então, Esaú fez uma troca com Jacó. Ele negociou seu direito de primogenitura, isto é, o direito de ser o primeiro a herdar tudo de seu pai, trocando-o por comida.

Ele trocou algo de valor extremo por uma temporária gratificação terrena, física. Mais tarde, pensando a respeito, mudou de ideia e quis os seus direitos de volta. Ele chorou e gritou, mas já era muito tarde. Já havia vendido sua primogenitura por um preço muito pequeno.

Esta história ainda nos fala, hoje. Hebreus 12: 15-16 nos exorta: “Cuidai que ninguém se prive da graça de Deus...Nem haja algum imoral ou profano, como Esaú, que por uma única refeição vendeu os seus direitos de herança como filho mais velho.” (NVI). Este é um retrato exato de como será quando Jesus voltar. Há muitos crentes na Igreja, hoje, que estão trocando seu direito de herdar o Reino junto com Cristo, por prazeres terrenos. Eles estão satisfazendo sua carne com vários tipos de pecados e imaginam que amanhã poderão reinar e governar com Cristo. Entretanto, esses indivíduos serão excluídos do Reino. Não serão admitidos, mesmo que gritem com lágrimas de arrependimento. “Ali haverá choro e ranger de dentes.” (Mt 25:30).

Note bem que o escritor de Hebreus enfatiza especialmente os pecados sexuais. Como é fácil pensar que essas coisas não importam! Quão pequena pode parecer aos nossos olhos uma leve indulgência sexual! Entretanto, quando a tentação vier, quando a nossa carne clamar com cada célula por gratificação sensual, devemos nos lembrar do que está por vir. Nosso destino depende de nossas escolhas. Para muitos, naquele dia “haverá choro e ranger de dentes” (Mt 8:12).

Não estou dizendo que não há espaço para arrependimento. Certamente, há: hoje! Mas, quando os céus se abrirem, e Jesus aparecer em glória, será tarde demais. Portanto, aproveite a oportunidade agora mesmo e arrependa-se completamente de tudo aquilo em que você está envolvido, que não glorifica a Deus. Mude os seus pensamentos e as suas atividades para conformar sua vida à vontade Dele. Deste modo, e apenas deste modo, você estará pronto quando Ele voltar e estará apto a entrar com Ele em Seu Reino e em Sua glória.

Agora vamos ler juntos o capítulo 5, de Efésios, começando com o versículo 1. Aqui, Paulo está se dirigindo a crentes:

“Portanto, sede imitadores de Deus como filhos amados e vivam em amor, como Cristo também nos amou e se entregou por nós, como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus. Entre vocês não deve haver nem sequer menção de imoralidade sexual, como também de nenhuma espécie de impureza e de cobiça; pois essas coisas nao são próprias para os santos. Não haja obscenidade, nem conversas tolas, nem gracejos imorais, que são inconvenientes, mas, ao invés disso, ações de graças. Porque vocês podem estar certos disto: nenhum imoral, ou impuro, ou ganancioso, que é idólatra, tem herança no Reino de Cristo e de Deus.” (Ef 5: 1-5).

Creio que estes versos falam por si mesmos. É verdade que em Jesus Cristo fomos limpos dos pecados e que o Seu sangue está disponível a nós, hoje, para nos purificar. Entretanto, eu gostaria de enfatizar que essa dávida só está disponível para aqueles que se arrependem e confessam os seus pecados a Deus, sendo, por isso, purificados (1 Jo 1:9).

Aqueles que são infiéis, rebeldes, desobedientes e continuam cometendo seus pecados, sem arrependimento, serão considerados responsáveis por eles. Eles podem ser crentes verdadeiros, que escaparam da ira de Deus e do julgamento eterno, mas as Escrituras dizem que eles não herdarão o Reino Milenar.

QUEM IRÁ ENTRAR?

Quem, então, irá entrar no Reino de Deus? Aqueles que submeteram completamente suas vidas a Jesus Cristo e permitiram a Ele que expressasse Sua vida e natureza por meio deles. Jesus ensinou: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus.” (Mt 5:3); “Bem-aventurados os humildes, porque eles herdarão a Terra.” (Mt 5:5.); “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus.” (Mt 5: 10). As pessoas que são humildes de espírito, que são mansas, que são obedientes e se submetem à soberania celestial de Jesus Cristo, são aquelas que possuirão a Terra, quando Ele voltar. São aquelas para as quais Ele vai dizer: “Muito bem, servos bons e fiéis, entrem na alegria de Seu Senhor” (Mt 25: 21).

Uma passagem, em 2 Pedro, também nos fala claramente sobre esse assunto. Começando com o versículo 9, do capítulo 1, lemos: “Pois aquele em quem não há estas coisas é cego, nada vendo ao longe, havendo-se esquecido da purificação dos seus antigos pecados. Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” (2 Pe 1:9-11 VRC). Aqui, o Reino é chamado “eterno”, e certamente será, porque, mesmo depois do milênio, o reinado de Deus vai continuar.

Aquele a quem faltam essas coisas é alguém tolo, alguém preguiçoso e irresponsável em seu relacionamento com Jesus. Pedro nos explica que, se fazemos a vontade do Pai, nossa entrada no Reino estará assegurada. Glória a Deus! Que dia glorioso será aquele em que todas as pessoas que amam o Senhor Jesus Cristo, que aguardam a Sua vinda e que O serviram durante suas vidas, entrarão na alegria e na abundância que Ele está preparando! Oh, aleluia! Que glória será ver todos aqueles santos fiéis, alguns dos quais perderam a própria vida pelo Reino de Deus, entrando na maravilhosa experiência de mil anos, para reinar e festejar com Ele.

OS FILHOS DE ISRAEL

Tudo o que está escrito na Palavra de Deus foi escrito para nosso benefício. Portanto, pode ser bom passarmos um tempo pensando na história dos filhos de Israel. Após centenas de anos de escravidão no Egito, Deus os resgatou. Ele mandou Moisés e os livrou de sua pesada carga de escravidão e dos caprichos de um rei terreno.

Depois de libertá-los miraculosamente, Ele os conduziu pelo deserto, em direção à Terra Prometida. Nesta terra, eles finalmente teriam descanso e viveriam uma vida de bênção e fertilidade. Entretanto, a maioria deles continuamente se rebelava contra Deus. Recusavam Sua Palavra e eram desobedientes. Portanto, Deus fez um juramento de que eles nunca iriam entrar naquele “descanso” e que eles morreriam no deserto.

O autor de Hebreus se refere a essa parte da História demoradamente, para estabelecer algo sério e importante. No início do capítulo 3, ele começa a citar as Escrituras do Velho Testamento, e desenvolve um paralelo entre o que aconteceu com os filhos de Israel e o que vai acontecer também com os crentes. Ele usa a história judaica para mostrar um ponto extremamente importante.

Ali, o escritor fala do descanso futuro, o sétimo dia de descanso: o Reino Milenar (Hb 4: 4-5). Ele está se referindo ao Dia do Senhor, o dia do descanso que está chegando. Ele diz no capítulo 4, versículo 1: “Temamos portanto, que, sendo-nos deixada a promessa de entrar no descanso de Deus, suceda parecer que algum de vós tenha falhado”.

Este “vós”, mencionado aqui deve se referir aos crentes, já que é para eles que o autor escreve. O versículo 9 diz: “Portanto, resta um repouso para o povo de Deus”. O versículo 11 afirma: “Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo o mesmo exemplo de desobediência.”

Aqui, temos elucidada para nós, clara e cuidadosamente, a mesma verdade que temos estado estudando. Isto é, que é possível uma pessoa ser “nascida de novo”, ser um filho de Deus, mas não ser admitida no Reino Vindouro, o descanso que virá. As razões para não entrar são as mesmas que impediram o povo de Israel de entrar na terra de Canaã e desfrutar o descanso prometido por Deus: descrença e desobediência.

Sugiro que todos vocês leiam os capítulo 3 e 4 de Hebreus, cuidadosamente, e vejam, à luz de todas as coisas sobre as quais temos falado, como essa passagem se aplica especificamente ao Reino Vindouro. Esse trecho mostra claramente como o descanso, a vitória sobre o inimigo e o gozo de Cristo em sua glória vindoura, são coisas que, se quisermos desfrutar no futuro, precisamos colaborar com Cristo, agora.

Nossa entrada no Reino requer diligência e fidelidade. Está claramente escrito que é possível não corresponder ao ideal ou, em outras palavras, não ser capaz de entrar. Até mesmo podemos perceber nas Escrituras que nossa atitude deve ser de um certo temor, um santo e sagrado medo de não atingir o padrão estabelecido por Deus.

QUANDO JESUS VIER

Interessante é que, quando Jesus vier, será a nossa condição que vai determinar se vamos ou não entrar no Reino Milenar de Cristo. Pode ser que tenhamos sido fiéis ao Senhor por muitos anos. Sempre fomos servos fiéis. Mas, conforme fomos ficando mais velhos, certas tentações apareceram.

Por exemplo, talvez pensemos que Deus irá nos perdoar se nos divorciarmos de nossa velha, enrugada e pouco atraente esposa, e nos casarmos com alguma lindinha bem jovem, alguém mais “espiritualmente sensível” às nossas necessidades. Talvez esperemos que isso não seja visto como “tão mau”, já que, depois de tantos anos de serviço, poderemos considerar que tenhamos o direito de nos deliciar um pouco. Afinal, poderemos imaginar, a benignidade de Deus é grande e Ele compreende nossas fraquezas.

Ezequiel 18:24 fala muito claramente sobre esse tipo de situação: “Mas, desviando-se o justo da sua justiça e cometendo iniqüidade, fazendo segundo todas as abominações que faz o perverso, acaso viverá? De todos os atos de justiça que tiver praticado não se fará memória; na sua transgressão com que transgrediu e no seu pecado que cometeu, neles morrerá”. Não é suficiente ter sido fiel no passado. Devemos permanecer fiéis até o fim.

Paulo diz em Filipenses 3:12: “Não que já tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus.” (VRC). Naquele tempo, ele não tinha a confiança de já ter “alcançado”. Veja você, Paulo tinha definitivamente a vida eterna. Certamente, ele já havia nascido de novo. Entretanto, ele não tinha a certeza de herdar o Reino. Ele estava constantemente prosseguindo para o alvo (Fp 3:14). Em 1 Coríntios 9:27, Paulo diz: “Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado”.

Não acho que Paulo temia perder a vida eterna. Ele sabia que nada poderia separá-lo do amor de Deus (Rm 8:39). Mas ele estava preocupado com a possibilidade de ser “desqualificado”para alguma coisa. Ele sabia que, para herdar o Reino, precisaria continuar fiel até o fim.

Mais tarde, perto do final de sua vida, uma vida cheia de fé e de frutos, ele recebeu confirmação do Reino. Em 2 Timóteo 4: 7-8, afirma: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada...”.

A “coroa”, aqui, se refere a reinar no Reino. Assim, vemos que é somente através de uma vida de fé que podemos ter certeza de herdar o Reino com Jesus Cristo. Embora seja possível que alguém, outrora fiel, venha a se tornar descrente, também é possível para alguém que viveu uma vida de pecado, arrepender-se, tornar-se obediente ao Senhor e ser bem sucedido em entrar no Reino de Deus.

Em Deus, há lugar para arrependimento. Nosso pecado pode ser perdoado, e nós podemos mudar o curso de nossa vida. Nosso Deus é amoroso e perdoador e permite que retornemos a Ele. Não é o que fizemos no passado, mas como estaremos vivendo quando Jesus voltar, que irá determinar nossa entrada em Seu Reino.

Se você imagina que não está agradando o Senhor, exatamente agora é a oportunidade de se voltar de novo para Ele, arrepender-se e permitir que Ele reine sobre cada aspecto de sua vida. Mais uma vez, Ezequiel nos fala, escrevendo: “Mas se o perverso se converter de todos os pecados que cometeu e guardar todos os meus estatutos, e fizer o que é reto e justo, certamente, viverá; não será morto.” (Ez 18:21-22).

Aleluia! É possível um pecador filho de Deus retornar a Ele, fazer a vontade Dele e ser capaz de herdar o Reino!

Final do Capítulo 8

Ler outros capitulos online:

Capítulo 1: VENHA O TEU REINO

Capítulo 2: OS DOIS REINOS

Capítulo 3: UMA BREVE CRONOLOGIA

Capítulo 4: O DIA DO SENHOR

Capítulo 5: NO PRINCÍPIO

Capítulo 6: A ORDEM DE DEUS – A FALHA DO HOMEM

Capítulo 7: O REINO DE DEUS ESTÁ NO MEIO DE VÓS

Capítulo 8: “SENHOR, SENHOR” (Capítulo Atual)

Capítulo 9: UMA JUSTA RECOMPENSA

Capítulo 10: PERDÃO E JULGAMENTO

Capítulo 11: O FILHO VARÃO

Capítulo 12: VIVENDO EM VITÓRIA

Capítulo 13: OBRAS DE FÉ

Capítulo 14: UMA PALAVRA DE ENCORAJAMENTO