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Venha Teu Reino

UMA BREVE CRONOLOGIA

Capítulo 3

Venha Teu Reino, livro por David W. Dyer

Publicacao Grao de Trigo

Escrito por David W. Dyer

ÍNDICE

Capítulo 1: VENHA O TEU REINO

Capítulo 2: OS DOIS REINOS

Capítulo 3: UMA BREVE CRONOLOGIA (Capítulo Atual)

Capítulo 4: O DIA DO SENHOR

Capítulo 5: NO PRINCÍPIO

Capítulo 6: A ORDEM DE DEUS – A FALHA DO HOMEM

Capítulo 7: O REINO DE DEUS ESTÁ NO MEIO DE VÓS

Capítulo 8: “SENHOR, SENHOR”

Capítulo 9: UMA JUSTA RECOMPENSA

Capítulo 10: PERDÃO E JULGAMENTO

Capítulo 11: O FILHO VARÃO

Capítulo 12: VIVENDO EM VITÓRIA

Capítulo 13: OBRAS DE FÉ

Capítulo 14: UMA PALAVRA DE ENCORAJAMENTO



Capítulo 3: UMA BREVE CRONOLOGIA


Cronologia é “a ciência da averiguação dos determinados períodos em que eventos passados ocorreram e de sua organização na ordem de ocorrência” (Dicionário Webster).

Cronologia bíblica é, então, a ciência que coloca juntos, em ordem de ocorrência, os eventos e as datas encontrados na Bíblia. Este capítulo é uma simples verificação do quadro de horários de Deus para o Seu trabalho nesta Terra e a localização de onde, aproximadamente, nós estamos nele.

Na Bíblia nós lemos: “...porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a Terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou.” (Êx 20:11). O trabalho de Deus, de criação e de restauração desta terra atual, consistiu de seis dias, seguidos de um sétimo dia de descanso. Deus não decidiu levar semanas, meses ou bilhões de anos para executar Sua obra (o fato da Geologia e de outras ciências parecerem indicar uma Terra mais velha será tratado no capítulo 5).

Nosso Deus é capaz de fazer qualquer coisa. Ele poderia ter criado o Universo em seis minutos, se o tivesse desejado. Devemos imaginar que o próprio tempo é uma invenção de Deus, o qual Ele está usando para cumprir os Seus propósitos. O fato de estarmos sujeitos ao tempo não significa que Ele também esteja. Ele existe eternamente e é Todo-Poderoso; não há Nele qualquer limitação que seja.

Entretanto, nosso propósito real, aqui, é examinar a razão pela qual Deus fez os céus e a terra em seis dias, descansando no sétimo. Por que Ele fez as coisas deste modo? Por que não fez em oito, em cinco ou mesmo em cinqüenta dias? Já que não existe nada acidental registrado na Bíblia, ou nada que não tenha algum sentido para nós, talvez haja algo que podemos deduzir daí sobre Deus e sobre a Sua criação. Dessa forma, o restante deste capítulo será uma investigação dos sete dias de Deus.

Há um outro versículo significante na Bíblia que também fala sobre “dias”. Pedro, em sua segunda epístola, coloca a questão do final dos tempos e da segunda vinda do Senhor. Neste contexto, ele diz: “Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para com o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia.” (2 Pe 3:8).

Neste versículo, está a chave para compreender os seis dias da criação. Ele contém um fato que o escritor considerou muito importante e que desejava que os crentes não ignorassem. Aqui, encontramos uma equação simples: um dia é igual a mil anos, e mil anos são iguais a um dia. Para ir um pouco mais além, podemos dizer que um dia da criação representa mil anos do tempo que Deus outorgou ao homem nesta terra, e mil anos correspondem a um dia da criação. Com receio de que alguns de vocês acreditem que estou indo longe demais, vamos investigar alguma cronologia bíblica.

Embora muitas pessoas não imaginem, através dos anos, alguns homens de Deus eruditos têm estudado a cronologia bíblica. Entre eles, estão: Teófilo Antíoco (Séc. III d.C.), Clemente da Alexandria (Séc. III d.C.); Eusébio (265-340 d.C.); Wm. Hales (1809 d.C.); J. N. Darby; e Martin Anstey, só para citar alguns.

Uma publicação que pode ser do interesse dos leitores é “Chronology of the Old Testament”, de Martin Anstey, publicada por Kregel Publicações, em Grand Rapids, MI.

Estes homens, e outros tantos, têm traçado freqüentemente uma fina linha de datas através das Escrituras, para chegar a uma ideia correta de quantos anos se passaram desde a criação de Adão e Eva, até a data de eventos importantes, tais como a aliança de Deus com Abraão e a vinda de Cristo. Embora não haja dois destes homens concordando plenamente sobre cada data, é interessante que, quase sem exceção, suas conclusões estão muito próximas entre si. Dentro de uma margem razoável de “erro científico”, e considerando a grande idade dos documentos e datas com as quais eles trabalharam, eles essencialmente concordaram. A diferença aproximada entre as contagens feitas por um e outro fica em torno de apenas cem e duzentos anos.

Agora, para uma pessoa simples como eu, tal estudo profundo da história antiga está um pouco além do meu alvo. A breve cronologia de Pedro, o pescador, está mais de acordo comigo. A coisa surpreendente, entretanto, é ver como Pedro e os eruditos concordam. O estudo deles e a revelação de Pedro não se contradizem. Então, já que os eruditos concordam entre si e com Pedro, de uma maneira razoável, estou inclinado a aceitar sua erudita opinião. A investigação intelectual honesta serve somente para confirmar mais ainda a Palavra de Deus.

Você imagina que, de acordo com a Bíblia, a Terra atual existe há seis mil anos? Desde os seis dias da criação, até agora, cerca de seis mil anos se passaram. Uma outra coisa interessante é que, desde o princípio deste mundo, até Abraão, se passaram dois mil anos; de Abraão, até Cristo, mais dois mil anos; e do nascimento de Cristo, até hoje, dois mil anos.

Isto não é coincidência. O plano de Deus e o Seu modo de executá-lo desde a Criação são muito metódicos. Não há nada casual ou incoerente neles. As coisas estão acontecendo conforme Ele pretendia que ocorressem e, conforme o tempo passa, Seu plano perfeito se desenrola.

Vamos admitir que, quando Pedro escreveu sobre um dia ser como mil anos, ele queria dizer algo específico e não estava simplesmente sendo um poeta. Imagine por um momento que, quando Deus falou essas palavras por intermédio de Pedro, Ele estava nos revelando algo que poderia ser usado para compreender Seu quadro de horários, e que Ele estava nos falando sobre o final dos tempos. Para ir mais além, vamos crer apenas no que a Bíblia diz e prestar atenção a isto. Deus escolheu fazer a terra, o céu, o mar e tudo o que neles há em seis dias, porque Ele já havia decidido que o tempo do homem sobre a terra seria de seis mil anos (claro que não vamos nos esquecer do sétimo). Como o “Eu Sou” da Criação conhece tanto o princípio, como o final, Ele planejou fazer as coisas dessa forma. Muito mais tarde, Ele revelou isso ao Apóstolo Pedro, para nossa edificação e benefício.

Todas essas observações apontam para uma coisa: nós estamos rapidamente nos aproximando do final dos tempos. Estamos muito próximos do momento de sua conclusão. Estamos no limiar da segunda volta de Cristo e do estabelecimento do Seu Reino Milenar (mil anos) sobre esta Terra. E tudo isto corresponde exatamente aos seis dias da criação e ao sétimo dia do sábado de descanso.

A simples cronologia de Pedro é correta e é confirmada por todas as outras Escrituras. As palavras proféticas da Bíblia, incluindo as palavras de Jesus referentes à restauração de Jerusalém para os judeus (Lc 21:24) e o vindouro Reino Milenar de Cristo (Ap 20:4), apontam para este fato: estamos rapidamente nos aproximando do final dos seis dias, a conclusão das épocas.

Nós dissemos tudo isso para chegar a uma conclusão: está chegando o sétimo dia, um período de mil anos, que é o Reino Milenar de Jesus Cristo. Deus ainda não terminou Seu trabalho na Terra. Se Jesus voltasse hoje, ainda restariam pelo menos mil anos para que esta terra permanecesse. O próximo passo para o povo de Deus não é o céu. Aqueles que já estão com o Senhor voltarão com Ele e o ajudarão a estabelecer Seu Reino Celestial na Terra (Jd 14).

Deus ainda tem algum trabalho a fazer aqui neste mundo. E o Seu povo tem o privilégio de ajudá-Lo a realizar isto. Jesus vai agir, junto com os crentes preparados, para subjugar toda a Terra. Todas as nações, as pessoas que vivem nelas e até mesmo os animais e o meio ambiente serão colocados sob o domínio Dele. Este é o Reino dos Céus vindo à Terra. Esta é a resposta do Pai à primeira parte da oração do “Pai Nosso”: “Venha o Teu Reino...assim na Terra como no Céu.” (Mt 6:10). Vamos agora fazer um breve sumário. Deus sempre existiu e sempre existirá, eternamente. Assim, antes que a Terra fosse criada, Ele já existia, sem que o tempo existisse, no que pode ser chamado de “eternidade passada”. Em um determinado momento, Ele criou a Terra e, depois de uma conferência consigo mesmo, decidiu fazer o homem e colocá-lo aqui (Gn 1:26). No processo, Ele também criou o que chamamos “tempo” e sujeitou o homem a ele.

O processo de criação durou seis dias, mais um de descanso, o que corresponde ao tempo que Deus permitiu ao homem morar na Terra e cumprir Seu propósito. Esses sete dias são uma prefiguração dos sete mil anos, durante os quais o homem deve habitar esta Terra atual. Então, depois dos últimos mil anos que constituem o Reino de Cristo, Deus dissolverá a ambos, o velho céu e a velha Terra.

Haverá, então, novo Céu e nova Terra. Isto é o que a maioria das pessoas chama de “eternidade”. Para os nossos propósitos, vamos chamá-la de “eternidade futura”. Então, foi permitido ao homem viver na Terra por um período de sete mil anos entre as duas “eternidades”, passada e futura.

É no final dos últimos mil anos, que a Nova Jerusalém, a Noiva de Cristo, é vista descendo do Céu, vinda de Deus (Ap 21:10). Esta cidade santa se localizará na Nova Terra que Deus irá criar. A Nova Jerusalém e a Nova Terra são aquilo a que as pessoas se referem quando falam em passar a eternidade no “céu”. Na realidade, não é o céu atual, mas uma nova criação completa.

Claro que a nova criação será celestial em sua natureza. De fato, será muito melhor do que o atual céu, já que este que existe agora foi poluído pelos anjos caídos e passará completamente (Mc 13:31). Se o céu de hoje fosse o que Deus considera perfeito, não haveria necessidade de destruí-lo (2 Pe 3:10-13). Não, o que Deus preparou para aqueles que O amam é realmente glorioso. É uma criação inteiramente nova, que não pode penetrar nas mentes humanas, mas que Deus revelou aos Seus servos (1 Co 2:9-10).

Agora, uma palavra de alerta: embora essa pequena cronologia de eventos seja muito simples, também não podemos ter certeza dos exatos momentos de cada evento. Fomos avisados sobre a ordem das coisas que virão, mas não exatamente sobre quando elas ocorrerão.

Na verdade, as Escrituras nos dizem claramente que ninguém sabe o dia ou a hora (Mt 24:36). Especificamente, não sabemos exatamente quando nosso Senhor Jesus Cristo voltará e anunciará o Reino Milenar. Deus nos deu as profecias e o calendário de seis mil anos, mas ninguém sabe perfeitamente quando as coisas ocorrerão.

Já foi mencionado que os estudiosos da cronologia bíblica parecem concordar sobre a contagem dos anos, com uma diferença em torno de cem a duzentos anos apenas. Mesmo eles, ainda que sendo sábios, não podem estar certos da data. Sabemos que será cerca de dois mil anos depois da primeira vinda de Cristo. Mas quando devemos começar a contar? Devemos contar a partir de Sua morte ou de Seu nascimento? Conforme você sabe, nosso calendário se inicia aproximadamente na data de Seu nascimento (de fato, três a cinco anos depois).

Só porque a história secular escolheu esta data como ponto de referência, isto não significa que Deus a tenha escolhido. Um argumento muito poderoso pode ser o de que a morte de Cristo no Calvário é o verdadeiro ponto central da história e o ponto decisivo da humanidade.

O que estou dizendo é que, muito embora o ano 2.000 d.C. tenha chegado e passado, e Jesus não tenha voltado ainda, você não deve desistir de sua fé. Deus não é lento, conforme os homens consideram. Apenas, Ele não deseja que ninguém pereça (2 Pe 3:9). Se fôssemos calcular os dois mil anos a partir de Sua morte e ressurreição, não deveríamos esperá-Lo antes do ano 2.030 d.C. Na realidade, o versículo em 2 Pedro, sobre o qual temos falado, foi escrito para focalizar esse problema.

As pessoas que têm estado esperando o Senhor e aguardando a Sua vinda se desapontarão e se desiludirão. Mais para o final, alguns começarão mesmo a zombar e a perguntar: “Onde está a promessa de Sua vinda?”. Não há dúvida que muitos estarão questionando assim, se Ele se demorar muito mais do que achamos que deveria.

Alguns mestres da Bíblia começarão a inventar novas doutrinas para explicar a demora do Milênio e/ou da Segunda Vinda. Muitos cristãos podem até mesmo deixar de seguir Jesus, porque suas esperanças foram elevadas, tantas e tantas vezes, por pregadores profetizando o advento de Cristo e, então, frustradas quando isto não aconteceu. Nos dias atuais, quando a perversidade é abundante, há uma grande tentação para que o nosso amor pelo Senhor se esfrie. Enquanto os outros estão aproveitando os prazeres do pecado por uma temporada, Jesus está nos pedindo para negar a nós mesmos e segui-Lo.

Se a Sua vinda não coincide com as nossas expectativas, podemos ser tentados a descrer e apostatar da fé. Eu mesmo, quando era jovem em Cristo, esperei que a volta de Jesus fosse no século XX. Mas, já que Ele ainda não veio, pela Sua misericórdia, não vou abandonar a minha fé, e nem você deveria deixar a sua. Nossa fé não deveria se basear em um calendário, mas sim Nele.

Na verdade, as Escrituras ensinam que deveríamos viver cada momento como se Ele fosse voltar hoje. Nossas vidas e nossos corações deveriam estar prontos para Ele. A atitude que devemos cultivar é a de constantemente observar e esperar. Se fizermos isso, então estaremos prontos.

Então, Ele nos encontrará fazendo a Sua vontade. Conforme nós, voluntariamente, nos sujeitamos à Sua liderança e vivemos em Seu reino, hoje, não haverá problema amanhã. “Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim.” (Lc 12:43).

Final do Capítulo 3

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Capítulo 8: “SENHOR, SENHOR”

Capítulo 9: UMA JUSTA RECOMPENSA

Capítulo 10: PERDÃO E JULGAMENTO

Capítulo 11: O FILHO VARÃO

Capítulo 12: VIVENDO EM VITÓRIA

Capítulo 13: OBRAS DE FÉ

Capítulo 14: UMA PALAVRA DE ENCORAJAMENTO