A Grain of Wheat Ministries

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CAP 8 – COMPROMISSO

O adesivo mais comum que os homens usam hoje para manter
unido o Corpo de Cristo é o compromisso. Quasi todo grupo ou “igreja”
deseja que os crentes se encontrem com eles para assumir um
compromisso com aquele grupo particular. Isto pode incluir um
compromisso com a posição doutrinária, com o líder ou outra figura de
autoridade, com alguma prática religiosa, compromisso com um propósito
ou “visão” ou com um grande número de coisas.
A variedade de itens com os quais os crentes são exortados a se
comprometer é sem fim, mas varia muito pouco o modo como isto
funciona. Os cristãos são, com freqüência, vigorosamente exortados a se
comprometer com alguma “igreja”, grupo ou segmento do Corpo de
Cristo de maneira a serem separados do resto.
O compromisso desses indivíduos com o grupo é o adesivo usado
para manter os membros unidos. É a insistência neste compromisso que
os líderes usam para capturar e conservar os membros de seu grupo.
Uma vez que alguém é convencido da exatidão de seu caminho, doutrina
ou prática e se compromete com isto, passa a ser considerado “membro”
daquele grupo específico.
Para ser livre para deixar o grupo, os membros necessitam
desfazer este compromisso. Em algumas instituições isto é bastante fácil.
Em outras, o compromisso requerido é muito forte e alguns acham
extremamente difícil se desprender dele quando desejam sair. Em vez de
cada um ser livre para seguir a única Cabeça verdadeira, estes crentes
caíram na escravidão imposta por uma organização humana.
Frequentemente os participantes de um grupo são desencorajados
de várias maneiras a ter qualquer relacionamento de intimidade com
outros grupos. Eles são exortados a permanecer fiéis à “igreja” com a
qual eles têm um compromisso. São ensinados a não ser como “grilos de
igrejas”, que pulam de um encontro a outro. Espera-se que estes
membros participem das atividades do grupo em que estão, evitando os
outros, que podem ser vistos como competidores. Dessa forma, a
liberdade de viver e experimentar a única igreja verdadeira é limitada
para estes crentes.
Por ser este tipo de compromisso a base para a unidade de tantos
grupos cristãos, vamos usar um pouco de tempo para, juntos, investigar
este assunto.

DOIS TIPOS DE COMPROMISSO

A Bíblia nos ensina dois tipos de compromisso. O primeiro é que
deveríamos ser totalmente compromissados com Deus. Ele nos pede
isso e Ele é digno de nossa total fidelidade. Nós lemos: “Vós deveis amar
o Senhor vosso Deus de todo o vosso coração, com toda a vossa alma
e com todo o vosso entendimento” (Lc 10:27). Certamente isto quer dizer
um compromisso total de nosso ser para com nosso Criador.
Você não pode amar alguém com todo o seu ser, desta maneira tão
completa, sem ao mesmo tempo comprometer-se totalmente com Ele.
Além disso, somos exortados a nos oferecer como “um sacrifício
vivo” em Seu altar (Rm 12:1). Isto também fala de um tipo de compromisso
que é completo, sem deixar nada reservado. Certamente cada leitor pode
concordar que Deus está nos chamando para este completo
compromisso de nossos corações e que Ele é digno de recebê-lo.
Estamos falando aqui de amor e compromisso ao mesmo tempo,
porque eles estão intimamente relacionados. Você não pode ter um sem
possuir o outro. Um exemplo disto é o matrimônio. Duas pessoas podem
ter um relacionamento sexual sem a aliança do casamento, mas o
verdadeiro amor envolve um tipo de compromisso profundo e vitalício.
Se dizemos que amamos alguém e, ainda assim, não desejamos ter
com ele algum compromisso, então nossas palavras são mentirosas. Isto
mostra que amamos mais a nós mesmos do que a outra pessoa e que a
estamos usando para o nosso próprio entretenimento ou gratificação.
Sem tal compromisso, a qualquer momento em que o outro cesse de nos
agradar, dando-nos o tipo de sentimentos ou serviços que desejamos,
somos livres para deixá-lo. Assim, após ter usufruído de tudo o que ele
tinha para nos dar, nós o deixamos abandonado quando cessa de nos
satisfazer. A idéia de amor sem compromisso é uma farsa.
Isto também é verdade em nossa atual discussão. Se dizemos que
amamos a Deus, mas não temos com Ele um total compromisso, então
nosso amor é imperfeito. Na mesma proporção em que O amamos,
devemos nos entregar a Ele. Quando nos guardamos de entregar
incondicionalmente a Ele o nosso inteiro coração, revelamos que o
nosso amor por Ele também é incompleto.
Nosso amor por Jesus é o que realmente nos liga a Ele em
absoluto abandono de tudo o que somos, de tudo o que temos e de tudo
o que esperamos. É o nosso amor por Ele que nos faz abrir-nos para
Ele sem reservas, de maneira que Ele possa controlar todos os nossos
pensamentos, sentimentos e decisões. É esta profunda paixão pelo
Senhor que nos leva a viver em completa transparência e abertura para
Ele. Este é o compromisso do verdadeiro amor. É este compromisso que
é a base de nossa união ou unidade com Deus.

A EXPERIÊNCIA DA IGREJA

Isto é a base para uma genuína experiência da igreja. Sem
qualquer força externa tal como figuras de autoridade ou estruturas
organizacionais colocando exigências sobre nós, somente o nosso
amor por Deus é a única coisa que nos faz caminhar em Seus caminhos.
Se nós O amamos, iremos servi-Lo. Se nós O amamos, iremos
segui-Lo e iremos procurar por Ele. Os resultados de nosso amor por
Deus são: meditação em Sua Palavra, tempos de oração e de buscar a
Sua face, procurando qualquer oportunidade de servir aos outros em
Seu Nome e até mesmo manifestar Sua vida e natureza. Nosso estilo de
vida e o nosso viver diário revelam nosso relacionamento com Ele.
A experiência da igreja verdadeira somente pode ser sentida por
aqueles que amam a Deus ao extremo. Esta é uma verdade
extremamente importante. Qualquer coisa menor que um compromisso
integral com Ele, não irá funcionar. Tudo o que a igreja é, flui Dele. Ele é a
fonte da vida da igreja. Portanto, se não andarmos constantemente em
intimidade com Ele, este fluir de vida e de direção será interrompido. A
menos que permaneçamos ligados à videira, o fluxo desta fonte será
esporádico ou faltará. Isto fará com que nossa experiência com Seu
Corpo também será parcial e defeituosa.
Se nosso coração é aprisionado por outras coisas, iremos
procurar por elas em vez de ou paralelamente a nosso relacionamento
com Jesus. Com o passar do tempo, estas outras coisas que amamos
irão nos afastar Dele. Para continuar com a caminhada espiritual,
precisamos continuamente nos arrepender e desistir de qualquer coisa
que possa competir com o nosso amor por Jesus. Somente caminhando
em amor e total compromisso com Cristo é que poderemos experimentar
a plenitude da realidade de Seu Corpo.
Dimas era um homem com o coração dividido. Ele era um dos
colaboradores de Paulo (Cl 4:14, Fil 24). Dimas havia trabalhado alguns
anos com Paulo para implantar o Reino de Deus. Mas, dentro dele havia
um desejo secreto. Escondido dentro do seu coração estava o amor
pelo mundo. E então, um dia, quando este desejo floresceu, ele
abandonou a obra do Senhor e foi tentar satisfazer seu desejo de bens,
riquezas e, talvez, fama. Lemos: “Porque Dimas me abandonou, tendo
amado o presente mundo” (2ª Tm 4:10).
Se o nosso coração está totalmente dedicado a Ele, nós seremos
impelidos a procurar o Senhor a cada dia, estaremos procurando um
modo de satisfazê-Lo através de servir ao Seu Corpo. Estaremos
gastando o nosso tempo, dinheiro e energia pela construção da Sua
morada eterna.
Se não temos esta dedicação, terminamos servindo apenas a nós
mesmos. Consequentemente, não experimentaremos a verdadeira igreja
que é conduzida por Jesus e cheia da Sua presença. Muitas outras
motivações e desejos irão comandar nosso tempo, energia, dinheiro e
atenção.
Quando somos libertos da escravidão de outros capatazes que
nos fazem exigências, o que é que nós fazemos? Onde está o nosso
coração? Se está faltando um compromisso nosso com Jesus, isto irá
impactar nossa habilidade em experimentar a realidade espiritual da
verdadeira igreja.

A FALTA DE COMPROMISSO

A ausência de um compromisso total com o Senhor é uma doença
comum na igreja de hoje. Quando cada membro do Corpo de Cristo não
está procurando e seguindo Sua liderança a cada dia, a igreja viva não
pode funcionar. Quando a conexão íntima com a Cabeça é quebrada,
interrompe-se o fluxo de vida e de direção.
Assim com um corpo humano não pode funcionar apropriadamente
quando os membros não estão conectados à cabeça, assim também é
com o Corpo de Cristo. A menos que cada um mantenha um
relacionamento íntimo e constante com Jesus, Ele não pode guiá-los e
nem Se expressar através deles. Assim a manifestação do Seu Corpo –
que é a única igreja verdadeira – não pode ser vista ou é vista de uma
maneira bem limitada.
Esta falta de compromisso se torna manifesta quando não ocorre
nada de significância espiritual. Quando esta falta é evidente, muito pouco
evangelismo é feito. A ministração da vida de Deus de uma pessoa para a
outra é totalmente ausente. O uso dos dons, o auxílio, a doação e todas
as outras evidências da obra do Espírito Santo são bem pouco supridas.
Quando os membros são resistentes ou estão fora do alcance do toque
de sua verdadeira cabeça, a vida do corpo não flui através deles. Assim,
a expressão da verdadeira igreja é limitada.
O resultado desta deficiência é que os homens frequentemente
tentam empregar organizações e estruturas humanas para compensar
esta falta. Alguns sentem necessidade de mais ação. Eles compreendem
que a igreja está num estado inerte. Faltando uma visão celestial,
começam a usar métodos terrenos para tentar corrigir o problema.
Começam a tentar agrupar os crentes ao redor de alguma doutrina,
direção ou líder. Começam a organizar atividades e encontros para
tentar estimular os cristãos a fazer o que eles acham que deveria ser
feito.
Uma infinidade de métodos naturais é usada para tentar fazer com
que o Corpo pareça fazer o que deveria estar fazendo naturalmente e
automaticamente. Os líderes e as organizações começam a manipular as
atividades dos membros para tentar alcançar o que está faltando. O
resultado de tais esforços é uma imitação mecânica da igreja viva.
Em vez de curar o problema, geralmente tais métodos humanos
apenas servem para esconder a lacuna. Inumeráveis crentes hoje estão
sendo levados adiante por organizações religiosas, mesmo tendo muito
pouco compromisso com Jesus, se é que eles têm algum. A estrutura do
grupo lhes fornece encontros e atividades que lhes dão uma aparência
de servidores de Jesus.
Suas consciências – que deveriam lhes causar preocupações
devido à resistência à verdadeira liderança de Deus – são suavizadas
pelo grupo, que os consideram como “bons membros”. Sua participação
no grupo se torna uma substituta para a verdadeira caminhada com o
Deus invisível. Isto se torna uma espécie de muleta para a sua
cristandade. Os adeptos são providos com um veículo que os carrega
dia a dia, mas que realmente não resolve o problema mais profundo do
coração. Tal estrutura religiosa não expõe qualquer resistência oculta ao
governo total de Deus na vida das pessoas.
Frequentemente tais organizações se tornam um tipo de deus para
os membros amarem e seguirem. Tornam-se substitutas para a verdadeira
liderança de Jesus. Alguns começam a amar tanto a “sua” igreja que se
torna impossível ouvir de Deus a verdade concernente à igreja Dele. Não
é incomum que tais participantes religiosos resistam, lutem contra e até
odeiem alguém que possa sugerir que Deus tem algo melhor para eles.
A organização religiosa deles providenciou lhes uma outra maneira
de assegurar-lhes que eles estão bem com Deus, em vez de eles
realmente estarem bem com Deus. Consequentemente, eles se apegam a
isto com todo a sua força. Eles estão experimentando a justificação pela
igreja.

A CURA VERDADEIRA

A cura para aqueles que não têm uma completa consagração a
Jesus não é fornecer um substituto. Não é preencher suas vidas com
atividades religiosas. Não é aplicar a eles uma pressão humana, natural
para fazê-los se conforma ou participar. É ajudá-los a vir a Ele,
arrependerem-se do que possa estar atrapalhando e então se
entregarem totalmente a Deus.
É absolutamente necessário que cada cristão chegue à completa
renúncia do controle de suas vidas para entregá-lo a Jesus Cristo. Até
chegarem a este ponto de comprometimento com o Seu Senhor, os
crentes não podem realmente experimentar a verdadeira igreja em toda a
sua plenitude.
Já que a verdadeira experiência de igreja é algo que flui do “lado”
de Jesus, somente aqueles que estão constantemente bebendo Dele
serão capazes de aproveitar todos os benefícios. A menos que
estejamos conectados a esta divina fonte de vida nós não podemos
conhecer os resultados sobrenaturais. Quando nossos corações e
nossas mentes estão distraídos ou fascinados por outras coisas, então o
fluir de Sua Vida é restrito. Consequentemente, nossa experiência da
única igreja verdadeira também será limitada.
A verdadeira igreja é uma entidade espiritual. Portanto, para
participar dela, nós devemos constantemente “estar no Espírito”.
Precisamos continuamente estar cheios do Espírito Santo de Deus e ser
dirigidos por Ele. Isto requer um completo compromisso de nosso
coração, de nossa vida e de nossa alma, para com Ele. Se estamos
andando na carne, – isto é, sendo levados por nossos pensamentos e
sentimentos, – então acharemos difícil aproveitar verdadeiras
experiências espirituais.
Estando presos à Terra pelos desejos de nossos corações,
seremos impedidos de conhecer e de aproveitar as realidades espirituais.
Apenas oferecendo continuamente a Deus o nosso ser completo,
podemos andar em Sua plenitude e, portanto, aproveitar tudo o que Ele
está fazendo em Seu Corpo. A experiência da igreja não enfraquecida
só é conhecida por aqueles que estão completamente apaixonados por
Jesus.
Consequentemente, é da maior importância que nós trabalhemos
para trazer todos os crentes a este compromisso. É essencial que a
nossa ministração aos outros inclua este ingrediente tão importante. Se
desejamos trabalhar junto com Deus para construir Sua morada eterna,
precisamos buscá-Lo para saber como podemos atrair os outros a uma
completa entrega de tudo o que eles são para Jesus.

CRESCIMENTO ESPIRITUAL

Este mesmo compromisso total de nosso coração e de nossa alma
com Jesus faz-se necessário para experimentar o verdadeiro
crescimento espiritual. Até que estejamos realmente prontos para que Ele
trabalhe em nós completamente, nosso progresso será limitado. Isto
acontece porque, quando o Espírito Santo começa Sua obra
transformadora em nós, Ele deseja fazer uma obra completa. Ele quer
transformar por inteiro o nosso ser. Quando encontra qualquer
resistência, Sua obra dentro de nós se interrompe. Deus nunca irá um
centímetro além de nossa vontade. Quando temos áreas em nossos
corações que não estão prontas para se abrir a Ele, Ele não poderá se
mover.
Deus nunca força ninguém a aceitá-Lo. Ele nunca fará algo para
nós ou em nós que não desejemos cem por cento que Ele faça. Portanto,
nosso crescimento espiritual é interrompido por nossa falta de
consagração. Quando Ele encontra qualquer resistência de nossa parte,
Ele simplesmente espera até que nossos corações mudem. Embora Ele
certamente trabalhe para nos atrair ao tipo de compromisso total
necessário para que Sua obra continue, Ele não violará nossa vontade,
de maneira alguma.
Uma vez conheci uma pessoa cuja vida era um testemunho desta
experiência. Esta pessoa (não eu) recebeu a nova vida de Jesus e
nasceu de novo. Entretanto, estava cheia de resistência à obra de Deus.
Teimosias, medos, orgulho e muitos outros problemas estavam à espreita
nesta criança espiritual. O pensamento de uma entrega total e
desembaraçada de seu coração a Deus trouxe pânico à mente deste
cristão.
Isto trouxe a ela muitos conflitos emocionais e stress, mas nenhum
crescimento espiritual. O Espírito de Deus estava sempre tentando levar
esta pessoa à total submissão, mas esta pessoa lutou contra este tipo de
transparência com unhas e dentes. Esta condição se prolongou por 20
anos.
No entanto, pela Sua misericórdia, um dia o amor de Deus
começou a conquistar este indivíduo. O coração deste crente foi
vagarosamente enternecido por Sua graça. Então um dia esta pessoa
decidiu dar um passo muito importante – a completa abertura de seu
coração para Deus. Naquele momento a salvação sobrenatural começou
a se concretizar.
O processo de transformação que havia sido tão truncado
começou a se desenvolver realmente. Depois de feita uma consagração
total, mudanças reais e tangíveis começaram a se manifestar nesta vida.
Todos os benefícios da verdadeira submissão a Jesus começaram a se
tornar reais para esta pessoa. A sua real caminhada com o Senhor e a
experiência de Sua completa salvação, somente começaram com um
total compromisso com o Senhor.
A experiência deste crente não é única. Com o passar dos anos, vi
inúmeros casos similares. O verdadeiro progresso espiritual somente
pode ser levado a cabo por aqueles que entregaram completamente
suas vidas a Ele. Este compromisso, então, é a base para a genuína
caminhada com o Senhor e também a base para a verdadeira
experiência da igreja. Sem ele, estamos apenas nos enganando, sendo
frequentemente levados adiante em nossa vida cristã por muitos
adereços artificiais e religiosos e artifícios que nada fazem para
transformar realmente nossas vidas.

O SEGUNDO COMPROMISSO
AMOR FRATERNAL

O segundo tipo de compromisso que a Bíblia nos ensina é o
compromisso de um com o outro. Somos ensinados a amar “ao próximo
como a nós mesmos” (Lc 10:27). Este amor também fala de compromisso.
Precisamos ter a obrigação de cuidar do nosso vizinho como cuidamos
de nós mesmos. Esta responsabilidade é especialmente verdadeira na
igreja, entre os crentes.
Deus nos exige que tenhamos “o mesmo cuidado uns com os
outros” (1ª Co 12:25). Somos exortados a “amar uns aos outros
ardentemente, com coração puro” (1ª Pedro 1:22). Em todo lugar no
Novo Testamento somos exortados a exercitar o amor fraternal. Assim,
conforme estivemos vendo, isto é, um compromisso com os outros. O
Novo Testamento é tão repleto de exortações referentes a este tipo de
compromisso de amor para com os outros membros do Corpo de Cristo
que é quase impossível listar e estudar todas elas.
Mas, como é possível amar todas estas pessoas tão diferentes que
Jesus resolveu colocar em Seu Corpo? Algumas vezes parece que Ele
escolheu as pessoas mais difíceis de serem amadas. Entretanto, Ele
requer que nós as amemos “tanto quanto Ele tem nos amado”. Lemos:
“Um novo mandamento eu vos dou, que vos ameis uns aos outros, assim
como eu vos amei, que vos amei uns aos outros.” (Jo 13:34) Esta parece
ser uma tarefa impossível, no entanto é um elemento essencial na
experiência da única igreja verdadeira.
A fonte de tal amor sobrenatural é o próprio Deus. Deus sente um
amor profundo e apaixonado por Seu povo, a Sua igreja. Antes que o
mundo começasse, Deus deve ter olhado para o futuro e observado a
Sua noiva. Enquanto a olhava, um amor profundo e apaixonado deve ter
nascido dentro Dele. O intenso amor que Ele sente por ela tem sido Sua
motivação para toda a obra que Ele tem feito na humanidade e pela
humanidade através das eras. Este é “...o amor de Deus que está em
Cristo Jesus” (Rm 8:39), quando Ele veio para a Terra para morrer por
ela.
Desta forma, quando estamos caminhando a cada dia em
comunhão íntima com Ele, nós sentimos Seu amor por cada um de Seus
filhos. Nossa camaradagem com Ele irá resultar em absorver e, então,
expressar Seus mais ternos sentimentos. Conforme O conhecemos
melhor a cada dia, este incomensurável amor que Ele sente por Seu
povo começará a encher os nossos corações. É o próprio Deus quem
nos ensina a amar uns aos outros (1ª Tess 4:9). Com o passar do tempo,
este amor começará a se tornar uma grande parte de nossa motivação
em nossa obra junto com Jesus.
Então descobrimos que existe um segundo compromisso que
devemos fazer. É bíblico e essencial. É um compromisso firme e total de
amar todos os outros membros do Corpo de Cristo. É necessário que
cada um de nós faça um compromisso claro e consciente com Deus, de
amar a todos os Seus filhos. Quando assumimos este compromisso, nos
colocamos em posição de receber o amor de Deus pelos outros.
Conforme concordamos com Deus em Sua atitude para com o Seu
Corpo, isto abre caminho para que Seu amor flua através de nós.
Sem tal compromisso é bem possível que prevaleçam nossas
reações humanas às outras pessoas. É provável que o nosso homem
natural comece a se expressar. Para que possamos viver na igreja
verdadeira e realmente experimentá-la, este profundo compromisso
precisa ser feito. Se não o fizermos, mais cedo ou mais tarde acontecerá
algo – alguém irá fazer ou dizer algo para nos ferir ou ofender – que nos
fará parar de amá-los e de ficar próximos a eles e nos retirar. Então
daremos as costas a eles e ocorrerá uma divisão no Corpo de Cristo.
O amor natural humano nunca passará no teste. Quando andarmos
junto com outros crentes, muitos problemas e ofensas irão ocorrer (Mt
18:7). Inúmeras coisas acontecem para desafiar nosso amor pelos
outros. Muitos cristãos ainda são pecadores, orgulhosos, egoístas,
teimosos, cheios de opinião e, portanto, um desafio para o amor.
Conforme vivemos no Corpo de Cristo, sem dúvida sofreremos muitas
coisas vindas dos outros crentes. Eles podem se aproveitar de nós,
usando-nos para seus propósitos. Podem mentir para nós, nos iludir,
abusar do nosso amor, nos compreender mal e muitas outras coisas.
Somente o amor de Deus irá resistir a tais testes.
Se o quisermos fluindo dentro de nós o amor divino em todas as
circunstâncias, temos que assumir um compromisso diante de Deus. Este
é o compromisso de amar a todos os Seus filhos. Então, quando nossos
recursos se esgotarem, como certamente irão, quando não mais
pudermos amar, quando não pudermos suportar o tema – sentiremos a
Sua provisão de amor sobrenatural. Quando estamos comprometidos
com os outros, Ele sempre nos supre com o Seu amor. Já que Seu amor
nunca falha, está sempre disponível para nós o experimentarmos.
Se está faltando nosso compromisso com Deus e com o Seu Povo.
Quando não chegamos ainda à verdadeira compreensão do que requer
viver o Evangelho de Jesus. Portanto, não seremos capazes de entrar na
plenitude de tudo o que Ele tem para nós. Não experimentaremos muitos
benefícios espirituais e nem o prazer de Sua casa. Nossa falha nessa
área irá nos roubar muitos gozos espirituais e a maturidade espiritual.
Aqueles que perdem estas coisas preciosas estão em um tipo real
de perigo. Eles, muito provavelmente, irão procurar um substituto. Se
falharem em cumprir os dois compromissos que estivemos discutindo,
eles também irão se frustrar em suas vidas espirituais. A experiência deles
com a casa viva de Deus será imperfeita. Faltando esta experiência, é
possível que eles procurem preencher a lacuna com algum tipo de
organização, liderança ou estrutura religiosa. Se a verdadeira realidade
não é a nossa experiência, a tendência natural é procurar externamente
por algo mais fácil.
Então compreendemos que, para experimentar a realidade da
verdadeira igreja, há um segundo compromisso envolvido. É o
compromisso com nossos irmãos e irmãs em Cristo. Não é um
compromisso com uma instituição, um grupo, um método, um líder ou um
caminho, mas um compromisso com outros indivíduos. Precisamos nos
comprometer a amá-los totalmente, absolutamente e completamente. Isto
inclui indivíduos de todos os tipos, tanto os mais agradáveis quanto
aqueles que demonstram ser muito difíceis de amar.

A QUEM DEVEMOS AMAR?

A Igreja de Jesus hoje é muito grande. Há milhões de crentes que
fazem parte dela. Temos entendido que Deus requer de nós amar a todos
os crentes. No entanto, amar milhões de pessoas ao mesmo tempo é
alguma coisa teórica e não prática. Embora nossa atitude de coração
possa ser correta diante de Deus, tendo vontade de amar a todos, não
há um caminho simples para expressar esse amor de forma real.
Na cidade onde vivemos, pode haver milhares ou até mesmo
milhões de outros cristãos. É impossível encontrarmos com todos eles,
ministrar a todos eles, servi-los a todos, ou cuidar de cada um.
Obviamente, nossa capacidade, como seres finitos que somos, é limitada.
Então, como devemos fazer para exercitar esse amor?
Jesus nos ensinou a amar o nosso próximo (Mt 22:39), mas quem
é esse próximo? É aquele outro cristão que Deus traz para participar de
nossas vidas. Porque andamos com o Senhor, Ele nos leva a ter contato
com outros crentes. Se e quando nós somos sensíveis a Ele, nós
saberemos quando é que Ele está orquestrando esses contatos.
Seremos hábeis para perceber que é Deus quem está trazendo pessoas
para se juntarem a nós. Lemos que “...Deus dispôs cada um dos membros
no corpo, segundo a sua vontade” (NVI).
Como vimos nos capítulos anteriores, Jesus é o único que está
construindo o Seu Corpo. Ele é o único que sabe como fazer essa
construção. Nossa parte é estar sensível a Ele e corresponder ao que
Ele está fazendo.
Nem sempre virão pessoas de nossas escolhas; nem pessoas de
quem nós necessariamente gostamos, que nos dão prazer; ou até
mesmo que consideramos de fácil relacionamento. O que é importante é
que Deus estará trazendo alguém para se juntar a nossas vidas. E isso
pode ser para o benefício e o crescimento delas. Possivelmente, elas
precisem de algum tipo de ministração que nós podemos lhes dar. Talvez,
iremos aprender com elas também, ou da porção que elas já têm de
Cristo, ou crescer em paciência e suportar sofrimentos pela falta da
presença de Cristo em suas vidas. Mas, certamente, cresceremos em
experiência, seja por meio de bênçãos ou dificuldades.
Quando Deus traz alguém a nós, somos então chamados a amar
esta pessoa. É nossa obrigação nos entregar ao serviço dela. Não
somos livres para eleger ou escolher a quem iremos amar e servir.
Como servos de Deus, devemos obedecer a Ele em nosso compromisso
com aqueles que Ele coloca diante de nós. Nosso papel é expressar o
amor de Deus a toda e qualquer pessoa que Ele traga para estar ao
nosso lado.
Podemos confiar que Deus sabe o que Ele está fazendo. Ele é o
arquiteto e o construtor de Sua Casa. Ele sabe que relacionamentos são
estratégicos para os Seus propósitos. Ele compreende quais partes são
importantes para cada um de Seus objetivos. Ele sabe como cada
relacionamento espiritual funcionará em conjunto para edificar o todo.
Deus nos trará cooperadores.
Ele nos trará também pessoas com muitos problemas e
necessidades; Ele nos trará alguns que necessitam da nossa porção de
Cristo; alguns que até nos desapontarão; outros que também irão
provocar mudanças em nós; alguns que nos abençoarão; e outros que
nos ajudarão também. Nossa responsabilidade é simples: nos
comprometer a amá-los com o amor de Deus.
Nossa responsabilidade de amar os outros não se restringe
somente àqueles que concordam conosco. Não é tampouco limitada
àqueles com quem nos encontramos regularmente, aqueles que gostam
de nós, aqueles cuja companhia apreciamos ou aqueles que imaginamos
podem ser convencidos por nossas posições, doutrinas ou práticas
cristãs.
Qualquer pessoa que Deus trouxer até nossas vidas, exigirá de
nós um amor e um serviço humilde, deixando os resultados com o
Senhor. Enquanto fazemos isso, Jesus construirá Sua Igreja por meio de
um invisível e oculto caminho, e ela um dia será revelada em todo o seu
glorioso esplendor.

A COLA DA IGREJA VERDADEIRA

O amor fraternal, então, é a cola que mantém unida a igreja
verdadeira. É este verdadeiro amor de um pelo outro que irá nos fazer
manter nossa camaradagem. É este amor eterno que irá nos estimular a
servir o Corpo de Cristo. É este amor infalível que irá nos induzir a
renunciar às nossas vidas, para que outros possam crescer até chegar a
ser tudo o que Jesus é. É o amor a Deus e aos outros que irá nos fazer
manter relacionamentos, desejar encontrar outros para louvor, edificação
e oração e para usar nossos dons e ministérios para construir o Corpo.
Aqui não há necessidade de autoridade posicional ou institucional.
Não há lugar para algum tipo de estruturas substitutas ou de
“compromisso” de tentar manter as pessoas juntas. Isto não é algo
artificial. Não há nada que o homem não possa produzir ou mesmo
imitar. Isto não é algo que tenha sido feito por mãos humanas. É o lugar
onde Deus mora e onde irá morar por toda a eternidade.
A evidência da realidade da verdadeira igreja é o amor fraternal.
Este amor eterno sendo derramado através de Seu Corpo e para Ele é a
prova de que o próprio Deus está trabalhando. É o sinal seguro de que
Ele é quem está no controle e que Ele é quem fez esta obra. O homem
não pode imitá-la.
Tal amor produz a mais aprazível das “igrejas”. As Escrituras dizem:
“Ó quão bom e quão agradável é que os irmãos vivam em união! É como
o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de
Arão, e desce para a gola de suas vestes. É como o orvalho de Hermom,
que desce sobre os montes de Sião. Ali ordena o Senhor a s Sua
bênção e a vida para sempre.” (Salmo 133).
A intimidade de se viver junto e relacionado com os outros no amor
de Deus é uma das mais sublimes experiências humanas. É uma das
mais verdadeiramente prazerosas coisas que podemos conhecer. A
intimidade entre um e outro que esta experiência produz, a
transparências das vidas e dos relacionamentos que surgem, é
simplesmente maravilhosa.
Não há nada que se possa comparar com o viver entre as pessoas,
no amor de Deus. Este é o objetivo. Esta é a experiência da única igreja
verdadeira. Este é o tipo de vida para a qual Jesus está nos chamando. A
nossa fiel obediência a Jesus é parte de nossa recompensa. Cada
cristão deve ser capaz de participar e de aproveitar completamente esta
comunhão espiritual de uns com os outros.
Se falhamos em participar deste tipo de relacionamento com Jesus,
o qual produz este amor, também falharemos em experimentar a única
igreja verdadeira. Se nós – cada um de nós e todos nós – não andamos
em comunhão com o Pai, nunca seremos bem sucedidos em conhecer a
realidade de Seu Corpo. O amor de Deus é o único adesivo que irá
funcionar quando estivermos construindo a genuína casa de Deus.
Qualquer outro método para tentar manter o povo de Deus unido é
falso. É uma imitação. É um esforço humano para tentar produzir algo
que deveria ser um fruto automático de uma espiritual. Se realmente
conhecemos Deus intimamente, iremos amar aos irmãos. Este amor é a
única substância que pode ser usada para manter o povo de Deus
reunido de uma maneira legítima e eterna.
Portanto, é uma grande parte do nosso trabalho, incitar um ao outro
para amar como Cristo ama (Hb 10:24). É nosso privilégio demonstrar
através de nossas vidas este amor divino, de maneira que outros tenham
um exemplo a seguir. É parte de nosso trabalho para o Senhor exortar e
encorajar cada irmão e irmã a conhecer este amor e a expressá-lo. Este
é o chamado mais elevado e mais santo.

APENAS DONS NÃO IRÃO TER SUCESSO

Muitas pessoas hoje estão tentando construir a igreja e mantê-la
unida com os seus dons espirituais. Eles estão fazendo o melhor
possível para edificar os outros crentes. Mas, alguns cometem o engano
de pensar que isto será suficiente. Eles tentam construir a igreja atraindo
os outros pelo uso de seus dons (espirituais) e então tentam levá-las a
um compromisso com eles e com o ministério deles, como um meio de
manter estes crentes unidos.
Queridos irmãos, não é suficiente simplesmente ter algum tipo de
dom espiritual. Não é suficiente ter um ministério “ungido”. Simplesmente
ser capaz de pregar ou ensinar, curar os enfermos, predizer o futuro ou
expulsar os demônios, não é suficiente para construir a verdadeira igreja.
Todas estas coisas podem ser feitas por aqueles que não sabem
como viver no amor de Deus. Inacreditavelmente, elas podem ser
efetuadas por alguns que não estão vivendo em intimidade com Jesus,
Aqui as Escrituras são bem claras. Se nosso “ministério” é simplesmente
um exercício de nosso dom e não o resultado do fluir do amor eterno em
nós e através de nós, é uma coisa vã e vazia. Na verdade, é “nada” (1ª
Co 13:2).
Não é raro encontrar na igreja atual, homens e mulheres que estão
usando os dons recebidos de Deus para se promover. Estão exercendo
as habilidades espirituais que receberam para impressionar os outros e,
portanto, exaltar a si próprios. Querem ser vistos e ouvidos. Querem que
os outros pensem que são verdadeiramente espirituais. No entanto, tudo
isso é simplesmente evidência de sua imaturidade. Estão falhando no
amor de Deus. O amor verdadeiro não se comporta desta forma. Ele não
“se ufana”, não “se ensoberbece” (1ª Co 13:4). Aqueles que são
motivados pelo amor de Deus não são egoístas. Seus motivos são
apenas ministrar a vida e a natureza de Deus para os outros crentes e
para um mundo decadente.
O exercício dos dons espirituais sem amor é um exercício
religioso vazio. É como o som de um sino ou de um trompete que
rapidamente desaparece (1ª Co 13:1). O tipo de ministério que irá
produzir resultados eternos é o ministério feito em amor. É o resultado do
amor do amor de Deus fluindo em nós e através de nós que irá construir
a habitação eterna do Altíssimo.

COMPROMISSO COM O GRUPO

Mas, conforme mencionamos no princípio deste capítulo, há um
terceiro tipo de compromisso sobre o qual tantos insistem hoje. É o
compromisso de um crente com uma certa “igreja”, grupo ou ministério. O
que dizer da idéia da dedicação de nossas vidas a um grupo específico?
As Escrituras nos ensinam que devemos nos comprometer com
determinada igreja, ministério ou caminho? Não, absolutamente! Pelo
contrário, tal compromisso é proibido.
Nosso alinhamento com qualquer grupo que não seja o Corpo de
Cristo como um todo, é expressamente proibido. É o que a Bíblia chama
de “divisão”. É a causa de “facções” dentro do Corpo. É o tipo de
atividade que é destrutiva para a causa de Cristo. Paulo repreende os
crentes de Corinto por praticarem tal coisa. Lá eles estavam se alinhando
com certos líderes. Diziam: “...sou de Paulo, eu sou de Apolo e eu sou de
Cefas” ou “eu sou de Cristo” (1ª Co 1:12).
Paulo nos ensina que tal comprometimento a um subgrupo de
crentes é carnal e infantil. Isto demonstra que aqueles cristãos ainda eram
longe do alvo. Ainda não tinham maturidade para ver as coisas do ponto
de vista de Deus. Não tinham uma visão celestial da Sua verdadeira
Igreja. Em nenhum lugar da Palavra de Deus somos exortados a dar
nossa fidelidade a qualquer grupo, igreja ou ministério, além da simples
exortação de amar uns aos outros.
O alinhamento de nosso compromisso com uma igreja ou um
grupo específico é claramente contrário aos ensinamentos do Novo
Testamento. Quando fazemos isto, automaticamente estabelecemos um
tipo de barreira entre nós e os outros cristãos. Nossa fidelidade a
qualquer coisa além de Jesus Cristo e seu Corpo inteiro, cria uma
espécie de delineamento ou "denominação".
Literalmente, denominação é uma distinção e separação de algo
pelo uso de nomes. Por exemplo, damos às pessoas nomes ou mesmo
apelidos para diferenciar umas das outras. Quando formamos grupos
separados dentro da igreja e damos nomes a eles para separá-los do
resto, criamos “denominações”.
Em maior ou menor grau, tais práticas nos removem do ministério
que o resto do Corpo tem para nos oferecer. Reciprocamente, nós
também limitamos nossa disponibilidade para os outros com a nossa
porção. Tais divisões no Corpo de Cristo limitam o fluir do Seu amor.
Elas inibem a ministração da Vida que os membros dão uns aos outros.
Quando os crentes se juntam em grupos que são separados do resto do
Corpo, eles limitam grandemente o trabalho de Deus. Por esta razão, tais
compromissos são contrários à Sua vontade.
Nós não temos necessidade de confiar em tais compromissos para
tentar manter o grupo unido. Não devemos olhar para tais métodos e
meios humanos de tentar segurar os membros manter os crentes em
nosso grupo. O amor de Deus fará isto. Lembre-se que é Ele quem
coloca os membros do Corpo conforme Lhe apraz (1ª Co 12:8).
Podemos confiar na habilidade Dele em fazer isto de uma maneira que
irá beneficiar a todos. Se vivemos no amor, o próprio Jesus irá fazer Seu
Corpo crescer e prosperar.
O compromisso dos crentes com um grupo ou uma organização
frequentemente substitui os dois compromissos essenciais que estivemos
discutindo. Comprometendo-se com um grupo, os cristãos
frequentemente negligenciam seu compromisso com Cristo e com os
outros. Conforme vimos nos capítulos anteriores, tais compromissos
carnais são, geralmente, mais fáceis de fazer e de manter do que os
espirituais que estivemos discutindo aqui.
Um compromisso carnal com um grupo pode ser assumido e
mantido sem nenhum compromisso de amar a Deus completamente e de
amar aos irmãos como amamos a nós mesmos. Qualquer coisa que
possa se tornar uma substituta para o melhor modo de Deus deve ser
evitada.